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CARNE BOVINA: GIPS auxilia na gestão e melhoria continua da cadeia

4 de maio de 2018
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Porto Alegre, 4 de maio de 2018 – O GTPS – Grupo de Trabalho da Pecuária
Sustentável, entidade que integra representantes de todos os elos da cadeia de
valor da pecuária bovina brasileira, desde o produtor rural até os varejistas
e restaurantes, conduziu um debate na tarde do dia 26/04 sobre a evolução da
cadeia de valor e os benefícios da aplicação do Guia de Indicadores da
Pecuária Sustentável (GIPS), como importante ferramenta de coleta e
gerenciamento de dados em propriedade rurais.

Dividido em três painéis, o evento reuniu representantes de todas as
categorias de associados: produtores, indústria, insumos e serviços, varejo,
sociedade civil e instituições financeiras. O tema central das discussões
norteou a aplicação do GIPS, um material compilado de indicadores, construído
por diferentes segmentos para demonstrar adoção de boas práticas de manejo,
processamento e comercialização de produtos da pecuária.

Os termos ‘sustentabilidade’ ou ‘produção sustentável’ ainda
são pouco associados a ferramentas de gestão de produtividade, capacitação
de mão-de-obra, adequação legal ou relacionamento com a comunidade local. No
entanto, em grande parte dos casos, a falta de gestão desses itens é o que
inviabiliza, ou seja, torna insustentável a produção rural. “E é neste
sentido que a ferramenta do GIPS veio auxiliar, na coleta e interpretação de
dados que darão um panorama da propriedade rural e na melhoria continua da
pecuária brasileira”, destacou Ruy Fachini, presidente do GTPS.

O uso de indicadores como ferramenta de apoio à melhoria contínua de
qualquer atividade é uma tendência que aumenta a cada ano. Com o uso mais
frequente de tecnologias acessíveis ao produtor rural, tem se tornado cada vez
mais fácil coletar e gerenciar dados da propriedade rural que permitirão uma
melhor gestão e consequente evolução da agropecuária. Em um projeto
financiado pela Fundação Moore, dentro de um escopo de trabalho do CFA
(Collaboration for Forests and Agriculture) através do WWF US, o GTPS
desenvolveu a plataforma do GIPS, onde é possível ter acesso a todo material e
aplicação do questionário através de aparelhos eletrônicos como:
smartphones, tablets ou PC.

Representando a comissão que desenvolveu o Guia, Breno Félix, Diretor
Técnico Comercial da Agrotools, explica que a ferramenta permitirá disseminar
os conceitos e práticas do GIPS, que podem servir até mesmo como ‘um livro
de cabeceira do produtor rural’. “O Guia é resultado de anos de trabalho e
esforço em conjunto de todos os elos da cadeia produtiva, por isso, reflete a
maturidade de propor ações que são possíveis e atendem as necessidades de
todos os setores”, reforça.

Uma das primeiras entidades a começar utilizar o Guia como ferramenta de
gestão, foi o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) do Mato Grosso do
Sul, por meio do programa Mais Inovação, que tem objetivo de oferecer
inovação tecnológica para pequenos e médios produtores de bovinocultura de
Corte. A utilização do GIPS teve início na temporada 2017/18, onde 152
propriedades receberam a aplicação do questionário.

Mariana Urt, Coordenadora da Unidade Técnica do Sistema FAMASUL e
responsável pelo projeto, conta que o GIPS foi um importante passo na busca por
evolução das fazendas. “Aplicando a ferramenta percebemos que muitos
produtores já estavam no caminho certo, mas não sabiam. Além disso, foi
possível traçar um panorama de como estava cada propriedade rural e, a partir
disso, os técnicos de campo terão base para aperfeiçoar as áreas que ainda
precisam de melhorias”, diz.

Também no Mato Grosso do Sul, o GIPS é utilizado desde o ano passado,
como mais uma ferramenta de avaliação e mensuração das fazendas
participantes da Associação Novilho Precoce. Aplicando o questionário no
critério de produção animal, juntamente com outros meios de avaliação
próprios da entidade, os pecuaristas são classificados nas categorias de
gestão, ambiental e sistema produtivo. Esses dados servem de base para orientar
as demandas de cursos, treinamentos e orientações de associados.

“A ferramenta é uma ótima oportunidade de termos informações precisas
sobre nossa produção. Agora em 2018 nossa meta é aplicar o questionário em
52 fazendas, que totalizam uma área de 140.000 hectares, sendo 27.000ha de
reserva e 3.700ha de APP (Área de Preservação Permanente). Além de oferecer
treinamento para 365 colaboradores em aproximadamente 70 cursos”, ressalta
Nedson Pereira, Presidente da Associação dos Produtores de Novilho Precoce.

Como resultado da parceria GTPS e WWF/CFA, além do desenvolvimento da
plataforma digital do GIPS e criação de material de apoio para consultas e
orientações no preenchimento do Guia, o projeto também treinou mais de 300
técnicos para aplicação do questionário, em parceria com 15 instituições,
em seis estados da federação. Ao todo já são mais de 332 preenchimentos do
Guia na plataforma, sendo que atualmente sete projetos utilizam o GIPS parcial
ou integralmente em suas atividades. Ainda nesse ano, o GTPS vai percorrer
60.000km, em 20 eventos regionais, alcançando mais de 3.000 técnicos e
produtores e 150 fazendas durante o Rally da Pecuária 2018.

O Guia pode ser um parceiro não só para melhoria continua das
propriedades rurais, mas também serve de parâmetro para instituições
financeiras, indústrias e varejistas conseguirem mapear e ter garantias de
rastreabilidade em seus produtos e serviços. “Como banco, precisamos que o
GIPS seja aplicado, para que tenhamos um cenário da produção pecuária no
Brasil e, de cada propriedade, para que consigamos oferecer linhas de crédito
diferenciadas, por exemplo”, explica Cristiane Ana de Jesus, Assessora de
Agronegócios na Gerência de Assessoramento Técnico do Banco do Brasil em São
Paulo.

Na ponta final da cadeia, o GIPS “pode ser um aliado para esclarecermos o
conceito de ‘sustentabilidade’, especialmente porque o consumidor nem
sempre sabe o que significa ter uma carne sustentável e a importância da
produção ambientalmente responsável”, lembrou Leonardo Lima, Diretor
Corporativo de Desenvolvimento Sustentável da Arcos Dorados.

O evento aconteceu na McDonald’s University (HU). Entre os convidados
estavam: Marcelo Posonski, Gerente de Projetos de Sustentabilidade Proforest;
Taciano Custodio, Gerente Executivo de Sustentabilidade da Minerva Foods e Caio
Penido, do Grupo Roncador, que participaram uma mesa redonda sobre os desafios
para a implementação em larga escala de indicadores de sustentabilidade na
pecuária.

Sobre o GTPS

Em formato de Mesa Redonda, o Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável
(GTPS) é a primeira associação mundial sobre práticas sustentáveis na
cadeia da carne bovina e referência para países como Argentina, Uruguai,
México e Austrália. O GTPS, formado por representantes de diferentes segmentos
que integram a cadeia de valor da pecuária bovina no Brasil, tem como missão
promover o desenvolvimento da pecuária sustentável por meio da articulação
da cadeia, melhoria contínua e disseminação de informação. As informações
partem da assessoria de imprensa do GTPS.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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