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CARNE BOVINA: Mercado pede cautela em Mato Grosso – Imac

16 de março de 2021
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Porto Alegre, 16 de março de 2021 – Em fevereiro de 2021, a diferença
entre o preço médio recebido no atacado pelos frigoríficos de Mato Grosso e o
valor pago pela indústria ao pecuarista foi de -1,44%, ou seja, a indústria
atuou com margens negativas no mês. Os dados são do Instituto Mato-grossense
de Economia Agropecuária (Imea) e mostram um cenário que não ocorria desde
abril de 2011.

“É um momento de atenção redobrada, pois as vendas no mercado interno
estão estagnadas e as exportações iniciaram 2021 em ritmo mais lento”
comentou o Diretor de Operações do Imac, Bruno de Jesus Andrade.

Além disso, o primeiro bimestre de 2021 apresentou um volume menor de
animais abatidos (717,8 mil) do que no primeiro bimestre de 2020 (879,9 mil) –
em uma redução de -18% na comparação. “A diminuição maior da oferta
exerceu pressão de alta nos preços da arroba do boi gordo”, analisa Andrade.

O mercado da carne bovina no estado experimenta ainda algumas incertezas
que podem impactar tanto no preço da carne como produto final como do boi
gordo. “A liberação do auxílio emergencial a partir de abril de 2021 pode
dar um fôlego e sustentar os preços da carne no mercado interno. A previsão
de melhoria nas exportações a partir do segundo quadrimestre de 2021 também
é esperada de forma positiva pelo setor”, observa o Diretor do Imac.

A redução de abate tem na diminuição no número de fêmeas abatidas seu
principal fator. No primeiro bimestre de 2020, foram terminadas 436,2 mil
fêmeas, ao passo em que de janeiro e fevereiro deste ano o número foi de 289,9
mil fêmeas – o que corresponde a uma redução de -33%. Essa queda é
reflexo dos bons preços das categorias mais jovens, o que tem incentivado a
retenção de fêmeas para ampliação do rebanho.

Outro indicador importante para o mercado da carne bovina de Mato Grosso é
a exportação. Neste primeiro bimestre, foram comercializadas 51,4 mil
toneladas do produto – desempenho -7% abaixo do obtido no mesmo período de
2020 (quando foram vendidas 55,3 mil toneladas). A receita com as exportações
também está em queda: diminuiu -6% em Mato Grosso.

Mesmo assim, Mato Grosso se mantém como segundo maior exportador
nacional, seja em volume como em faturamento, segundo dados da Associação
Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).

Essa curva descendente segue tendência nacional, já que o Brasil também
experimentou queda de -6% nas vendas e de -7% no faturamento no mesmo período
de análise.

“É tempo de cautela. O mercado da carne bovina mostra sinais de que o
primeiro semestre será difícil, com baixa oferta de animais para abate e
consumo doméstico e exportações não reagindo satisfatoriamente”, afirma
Andrade. As informações partem da assessoria de imprensa do Imac.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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