Porto Alegre, 28 de novembro de 2018 – Uma missão técnica da China
realiza auditorias em unidades frigoríficas de todo o país. Em Mato Grosso,
duas indústrias foram vistoriadas na última semana, sendo uma de aves e uma de
bovinos. A expectativa é que nas primeiras semanas do próximo ano os
técnicos encaminhem os relatórios referentes às auditorias e, a partir de 20
de janeiro de 2019, se inicie o processo de habilitação. A última missão
técnica chinesa é do início do ano 2000.
As informações foram confirmadas pelo Secretário de Defesa Agropecuária
(SDA) do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Luís
Eduardo Rangel. De acordo com o executivo, a missão vem sendo planejada desde
2015, quando as indústrias nacionais deram início ao preenchimento dos
questionários exigidos pela China para se tornarem aptas à exportação.
“Esta missão era para ter acontecido ano passado, mas devido à uma
reestruturação do órgão responsável pela aduana chinesa acabou sendo
adiada. Este era um processo muito aguardado e que teve início em 2015.
Trabalhamos para viabilizar a missão e temos condições de habilitar mais
unidades”, afirma Luís Eduardo Rangel.
A unidade de abate e processamento de bovinos visitada em Mato Grosso está
instalada no município de Tangará da Serra (a 240 km da capital). Esta
indústria será a primeira planta ter o sistema de verificação de origem do
Instituto Mato-Grossense da Carne (IMAC) em operação. O presidente do
Instituto, Guilherme Linares Nolasco, explica que a ampliação das
exportações de carne para a China vem sendo trabalhada pelo IMAC também.
“Este ano assinamos um protocolo de intenções com Centro Nacional de
Melhoramento da Carne da China, da província de Shaanxi, para a habilitação
de mais indústrias instaladas em Mato Grosso. É uma prerrogativa do IMAC
divulgar a carne de Mato Grosso e se aproximar dos mercados consumidores”,
explica Guilherme Nolasco.
A auditoria realizada pela China é por amostragem, ou seja, foram
selecionadas algumas unidades que deverão representar todas as 78 indústrias
em processo de habilitação. De acordo com Luís Eduardo Rangel, neste momento
somente frigoríficos de aves e de bovinos passaram por auditorias e que as de
suínos deverão passar por inspeção futuramente.
Somente depois da conclusão deste processo de certificação para
exportação para a China, um novo programa deverá ser aberto para as
indústrias que não preencheram os questionários desta edição possam
requerer a habilitação.
Mercado chinês
China e Hong Kong foram responsáveis por 33% do comércio internacional da
carne mato-grossense de janeiro a outubro deste ano, o equivalente a US$ 299,18
milhões de um total de US$ 893,2 milhões. Ano passado, os dois destinos
somaram US$ 340,76 milhões.
“A China tem este peso nas nossas exportações com apenas uma unidade
industrial habilitada, o que indica que podemos ampliar muito este mercado. O
IMAC trabalha justamente para garantir comprados para nossa carne, agregando
valor à produção em todas as etapas”, afirma Guilherme Nolasco, presidente
do IMAC. Atualmente somente uma indústria instalada em Barra do Garças (a 515
km da capital) exporta carne bovina para a China. As informações partem da
assessoria de imprensa do IMAC.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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