Porto Alegre, 26 de julho de 2018 – O diretor do Departamento de Saúde
Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e
representante do Brasil na Organização Mundial de Saúde Animal (OIE),
Guilherme Marques, informou que o Centro Pan-Americano de Febre Aftosa
(Panaftosa) está coordenando, por determinação dos países membros da
Comissão Sul Americana da Luta Contra febre aftosa (Cosalfa), um plano de
vacinação contra a doença no rebanho bovino e bubalino da Venezuela, durante
dois anos, podendo ser prorrogados por mais dois anos. O comunicado do Panaftosa
foi feito na semana passada.
A decisão da Cosalfa foi tomada pelos 13 países membros na 45a reunião
da comissão, que ocorreu em maio. Para tanto, buscará a criação de um fundo
privado para empregar nas ações de defesa, como a contratação de
vacinadores, aluguéis de carros para campanhas de vacinação, compra de
pistolas para aplicação das vacinas e estruturação da cadeia de frio para a
conservação das vacinas. Os países buscarão apoiar as ações com o envio de
profissionais e doação de vacina contra a doença.
Segundo Guilherme Marques, que também preside o Comitê Veterinário
Permanente do Cone Sul (CVP), os serviços sanitários sul americanos estão se
reunindo com a iniciativa privada de seus países, para iniciar em novembro
campanha de vacinação na Venezuela. “É um projeto que o Brasil tem interesse
estratégico por causa da fronteira, e todo o investimento feito pelo Brasil na
erradicação da aftosa e principalmente para obtermos maior segurança na
região.”, explicou o diretor.
A previsão é que sejam doadas 39 milhões de doses de vacinas/ano à
Venezuela, das quais 32 milhões serão aplicadas em duas campanhas (todo o
rebanho), e 7 milhões para serem direcionadas em uma campanha intermediária,
voltada apenas aos animais com idade de até 24 meses.
A Venezuela não produz vacinas contra a febre aftosa há vários anos.
“No momento em que houver a vacinação, deverão ser recadastradas as
propriedades e os rebanhos, com inspeção clínica dos animais e coleta de
amostras, para erradicarmos a aftosa de todo o continente”, explicou Marques.
“Nós temos que interromper a circulação do vírus da aftosa na região
(Colômbia e Venezuela). E, obviamente, dar condições ao setor privado e ao
serviço veterinário oficial da Venezuela para realizarem trabalho de longo
prazo na erradicação e prevenção da doença”, completou. O diretor
esclarece que o Brasil historicamente tem 50 milhões de vacinas contra aftosa
em seu estoque emergencial. As informações partem da assessoria de imprensa do
Mapa.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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