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CARNE BOVINA: Produção pode reduzir emissão de gases de efeito estufa

26 de abril de 2016
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Porto Alegre, 26 de abril de 2016 – O pesquisador Rafael Silva garantiu
presença na BeefExpo 2016, maior da Pecuária de Corte da América Latina, para
detalhar pesquisa que marcou época na questão ambiental: produzir carne
bovina pode ajudar a reduzir a emissão de gases do efeito estufa no Brasil.
Confirmaram presença os co-autores, Dr. Luís Gustavo Barioni, da Embrapa
Informática Agropecuária, e Prof. Dominic Moran, do Scottish Rural College.
Rafael e Barioni farão a apresentação em parceria.

Foi um furor no mundo inteiro. Um dos trabalhos mais originais e explosivos
dos últimos vinte anos, tanto no setor ambiental quanto na área de produção
de carne bovina. E que pôs por terra várias teorias que ligam,
equivocadamente, o consumo de carnes e a pecuária de corte ao desmatamento e
aumento na emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE).

O estudo “Increasing beef production could lower greenhouse gas emissions
in Brazil if decoupled from deforestation”, capitaneado por Rafael de Oliveira
Silva, ganhou as páginas do planeta neste ano ao demonstrar matematicamente
que, ao contrário do que se pensava, aumentar a produção de carne no Cerrado
pode diminuir as emissões de GEE. O assunto é polêmico porque o Brasil possui
o maior rebanho comercial do mundo, com 212 milhões de cabeças. E o processo
de digestão do gado bovino libera o gás metano (CH4), cujo potencial para
causar o efeito estufa é 25 vezes maior do que o CO2, por exemplo.

O governo brasileiro, lembra Rafael Silva, se comprometeu, durante a 15a
Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 15), a
reduzir, voluntariamente, as emissões de GEEs em cerca de 40% até 2020 e, mais
recentemente, na COP 21, o país anunciou como suas Contribuições
Pretendidas, Determinadas em Nível Nacional (INDCs) uma redução de 43%
menores que os valores de 2005.

Bacharel em Matemática Aplicada e Computacional, com Mestrado em
Matemática Aplicada pela Universidade de Campinas (Unicamp), Rafael é
pesquisador doutorando pela Universidade de Edimburgo e Faculdade Rural da
Escócia (SRUC), onde trabalha desenvolvendo modelos matemáticos para
aplicação em pecuária sustentável, mitigação de gases de efeito estufa
(GEE) e redução do desmatamento. Os estudos são conduzidos por ele junto a
SRUC, com bolsa do governo brasileiro (Programa Ciência sem Fronteiras) e em
parceria com seu orientador brasileiro, Dr. Luis Barioni, da Embrapa
Informática. A pedido no Ministério da Agricultura, Rafael também desenvolveu
análises que serviram de suporte para a formulação da contribuição da
pecuária para as INDCs.

No Simpósio Internacional da BeefExpo 2016, Rafael vai fazer a
apresentação em parceria com o Dr. Luís Gustavo Barioni com o título em
Português: “O aumento da produção de carne bovina pode reduzir as emissões
de gases de efeito estufa no Brasil se dissociado do desmatamento”. O cientista
enfatiza que a retórica da importância da redução do consumo de carne,
enfatizado por vários estudos recentes, pode ter um efeito contrário sobre o
meio ambiente e na verdade aumentar as emissões de GEE. “Já o aumento da
produção, desde que não cause aumento das taxas de desmatamento,
impulsionaria a intensificação do sistema, que, se feita por meio de
recuperação de pastagens degradas, aumentaria as taxas de sequestro de carbono
pelas brachiarias, reduzindo as emissões”, completa Rafael Silva.

Se a demanda for maior e o desmatamento for controlado, os pecuaristas
precisarão intensificar sua atividade, ressalta Rafael. Para isso, eles
precisarão recuperar as pastagens degradadas. A recuperação das pastagens
pode remover CO2 da atmosfera, que fica armazenado na matéria orgânica do
solo. O solo é capaz de absorver uma grande quantidade de carbono.

“Ainda teremos emissões de metano, mas elas serão compensadas pelos
gases retirados da atmosfera. A recuperação das áreas degradadas é essencial
para traçar o futuro da pecuária no Cerrado. Se a demanda por carne aumentar
30% até 2030, haveria uma redução de 10% das emissões, embora mais animais
sejam necessários para atender uma demanda maior e, portanto, mais emissões de
CH4, a intensificação de áreas degradadas mais do que compensaria este
aumento devido ao sequestro de carbono pelas brachiarias”, acrescenta o
pesquisador.

Ele ainda informa que quanto mais produtiva uma pastagem, mais carbono ela
sequestra. “Por outro lado, calculamos que se a demanda for 30% menor em 2030,
os produtores terão menos incentivo para recuperar pastagens, que se
degradariam, liberando carbono na atmosfera. No fim das contas, as emissões
seriam 10% maiores”, explica. O estudo insere-se no âmbito do projeto
internacional AnimalChange, cuja meta é estimular a pecuária sustentável,
reduzindo as emissões de GEEs no setor.

O AnimalChange é coordenado pelo Instituto de Pesquisa francês, com a
participação de diversos países, entre os quais o Brasil, por meio da
Embrapa, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Sobre a BeefExpo 2016

A BeefExpo 2016 & II Congresso Latino Americano de Pecuária de Corte é um
evento único e inovador, pois vai reunir palestras de gestão e inovação
tecnológica, conhecimento, relacionamento e festa no mesmo ambiente, além dos
maiores pecuaristas do Brasil e da América Latina para discutirem juntos a
Pecuária do futuro. A feira exclusiva de negócios contará com a presença das
principais empresas do segmento, abordando as inovações em Equipamentos,
Genética, Nutrição, Processamento, Reprodução, Instalações e de Saúde
Animal. Paralelamente à feira, serão realizados os painéis simultâneos: Beef
Management e o Beef 360.

O evento vai contar com tradução simultânea para o Espanhol, Inglês e
Português, pois são aguardados participantes de mais de 35 países. Além de
homenagear os melhores pecuaristas e profissionais do setor com o Prêmio
BeefWorld Melhores do Ano da Pecuária de Corte, projeto que tem como objetivo
premiar as pessoas que fazem a diferença na bovinocultura e que ajudam no
desenvolvimento do país. Os vencedores são escolhidos em votação popular com
características de Top of Mind, as pessoas mais lembradas, no site BeefWorld.

Ainda será promovido um Festival Gastronômico, a Churrascada, que irá
proporcionar uma grande confraternização, oportunidade única de celebrar o
campo e a pecuária em meio ao universo urbano que a cidade de São Paulo
representa.

Por que São Paulo?

A cidade de São Paulo (SP) foi eleita por ser o principal centro
financeiro, corporativo e mercantil da América do Sul. É a cidade mais
influente no cenário global, sendo considerada a 14 cidade mais globalizada
do planeta, recebendo a classificação de cidade global alfa, por parte do
Globalization and World Cities Study Group & Network (GaWC).

A BeefExpo 2016 acontecerá no Centro de Eventos Pro Magno, com total
conforto e projetado seguindo padrões internacionais de construção. A
estrutura foi projetada com o intuito de proporcionar encantamento e conforto,
facilitando a montagem e a desmontagem, além de ser arrojado e construído com
alto acabamento.

Apoios

São parceiras do maior e mais completo evento latino-americano da
pecuária de corte as principais empresas e associações de classe do Brasil e
do exterior, como a Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB),
Associação Nacional dos Criadores de Nelore Mocho (ACRIMOCHO), Associação
Brasileira de Angus (ABA), Associação dos Criadores de Nelore do Brasil
(ACNB), Asociación Rural Del Paraguay (ARP), Associação das Indústrias
Exportadoras de Carne (ABIEC), Associação Brasileira das Indústrias de
Suplementos Minerais (ASBRAM), Associação Nacional dos Confinadores (ASSOCOM),
Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (SINDIRAÇÕES),
Associação Brasileira de Marketing Rural & Agronegócio (ABMR&A), Associação
dos Criadores do Mato Grosso do Sul (ACRISSUL), Associação Brasileira do
Agronegócio (ABAG), Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos Senepol
(ABCB Senepol), Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA),
Sindicato dos Criadores de Bovinos, Bubalinos e Equídeos do Distrito Federal
(SCDF); Scot Consultoria, Grupo Publique, Programa Leilões, Rally da Pecuária,
Rabobank, Sistema Famato, @Nelorão, Somma + Consultoria Agropecuária,
Rurally, Aboissa óleos Vegetais, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia
da Universidade de São Paulo.

BeefExpo na mídia

Um grande evento como este não poderia deixar de aglutinar as principais
mídias especializadas no agronegócio, entre elas estão a Revista BeefWorld,
Norte Ganadero, Mexico Ganadero, Agrolink, Folha Agrícola, Publique,
Safras&Mercado, SBA (Sistema Brasileiro do Agronegócio) – Canal do Boi, Agron,
Mundo do Agronegócio, Grupo Agro, Boi Pesado, Rural Centro, Boi a Pasto,
SindiRural, Sou Agro, Revista Agro Revenda, Revista Agrícola, Assessoria
Agropecuária FFVelloso & Dimas Rocha, Magazine AgroFest, Notícias da
Pecuária, Rica Comunicação, Vet Smart Bovinos e Equinos, Tardaguila
Agromercados, Pecuaria Brasil, Revista AG, Brasil Agronegócio, Berrante
Comunicação, CPEA, Notícias Agrícolas, City Magazine, Programa Giro do Boi,
Revista Mais Leite & Mais Carne, Lund Negócios, Agronegociobage, Agrobrasil TV
e Remate WEB. As informações partem da assessoria de imprensa da BeefExpo
2016.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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