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CARNE BOVINA: Retomada de exportação à China deve resultar em recuperação dos preços e negociação intensificada

31 de março de 2023
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Porto Alegre, 31 de março de 2023 – Após completar um mês de suspensão, as autoridades
chinesas anunciaram no dia 23/03 a retomada das importações do Brasil. De acordo com o estudo
Agroinfo Q1 2023, realizado pelo Rabobank, com os embarques retornando nos próximos dias, o volume
de negociação deve se intensificar e resultar em recuperação dos preços do boi gordo, já que o
boi-China é o gado mais valorizado no mercado atual.

Dados parciais das exportações em março até a terceira semana indicam queda nos embarques
diários de 10,1% com relação ao mesmo período do ano passado, ou cerca de 6,9 mil toneladas. O
preço médio também segue pressionado com forte desvalorização de 17,6% no mesmo período,
chegando a USD 4.863/ton. No acumulado do primeiro bimestre, cerca de 327 mil toneladas foram
vendidas ao mercado externo com um faturamento de USD 1,5 bilhões, queda de 1,3% e 12,9% com
relação ao mesmo período de 2022, respectivamente. Projetamos mais um recorde nos embarques, com
aumento de 3 a 5% em volume, com relação ao ano anterior.

Expectativas de retomada das exportações para China de forma mais célere que 2021 já era
esperado pelo mercado por conta de um cenário mais favorável aos exportadores brasileiros em
comparação com o último evento. Alguns fatores explicam este cenário: maior dependência do
Brasil nas importações de carne bovina chinesa (24% em 2019 para 41% em 2022), recuperação do
consumo local com a queda nos novos casos de Covid-19 e a necessidade dos importadores de retomar as
compras a preços mais baixos já que os estoques acumulados estão atrelados a preços maiores do
final do ano anterior. Com relação aos preços do boi gordo, após a queda de 11% pós-suspensão
dos embarques, a cotação se estabilizou na casa dos R$ 275-278/@. Resultado de uma combinação de
frigoríficos praticamente fora das negociações, sem querer assumir riscos de acumular estoques
(como ocorreu em algumas regiões em 2021) e pecuaristas com volume de gado engordado a pasto pronto
para negociar, mas optando por manter esses animais no campo a espera de preços melhores.

Para o curto prazo, maior atenção para a tendência de aumento de oferta que deve ocorrer nos
próximos dias, já que com a chegada das estações mais secas, os produtores de bezerros tendem a
elevar o descarte de vacas com a intenção de reduzir custos. Atenção também para o
desenvolvimento da safrinha do milho, pois deve impactar diretamente nos preços da ração e na
atratividade dos sistemas de confinamento para a segunda metade do ano. Projetamos novo aumento na
produção entre 2 e 3% com relação ao ano anterior.

Segundo o estudo do Rabobank, os principais pontos de atenção são:

– Retomada das exportações para China devem resultar em recuperação dos preços do boi gordo em
um primeiro momento, mas tendência de aumento no descarte de fêmeas deve ser fator de pressão
negativa nas cotações em termos de fundamento.

– Forte avanço da gripe aviária na América do Sul elevam os riscos de possível entrada do vírus
em território brasileiro. Medidas de prevenção tem sido intensificada, mas o poder disruptivo
desse evento é alto por ser a proteína animal mais consumida do país e, o Brasil ser o maior
exportador do mundo dessa proteína.

As informações são do estudo Agroinfo Q1 2023, realizado pelo Rabobank.

Revisão:Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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Suíno Independente kg vivo

R$ 8,43

Farelo de soja à vista tonelada

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Milho Saca

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AURORA* - base suíno gordo

R$ 6,60

AURORA* - base suíno leitão

R$ 6,70

Cooperativa Majestade*

R$ 6,60

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 7,00

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 7,00

Alibem - base creche e term.

R$ 5,75

Alibem - base suíno leitão

R$ 6,60

BRF

R$ 7,30

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 6,40

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 6,40

Pamplona* base term.

R$ 6,60

Pamplona* base suíno leitão

R$ 6,70
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