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CARNE BOVINA: Vacinação contra febre aftosa inicia amanhã em Minas Gerais

30 de abril de 2021
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Porto Alegre, 30 de abril de 2021 – Começa neste sábado (1/5) a primeira
etapa anual de vacinação contra a febre aftosa em Minas. Devem ser imunizados
bovinos e bubalinos de todas as idades. O Instituto Mineiro de Agropecuária
(IMA), vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Seapa), é o responsável pelo gerenciamento e fiscalização da campanha junto
aos pecuaristas. Nesta etapa, a expectativa é que sejam imunizados cerca de 23
milhões de animais em todo o estado com o objetivo de preservar a sanidade dos
rebanhos e manter o compromisso com o agronegócio mineiro.

A campanha vai até 31 de maio. Para mais segurança e comodidade em razão
do enfrentamento da Covid-19, o produtor pode comprovar a vacinação dos
animais usando o formato eletrônico de declaração que estará disponível em
www.ima.mg.gov.br ou, caso tenha cadastro, acessando o Portal de Serviços do
Produtor, no próprio site do IMA. Caso não tenha o cadastro, saiba como
obtê-lo neste link:
https://www.mg.gov.br/servico/obter-cadastro-no-portal-de-servicos-do-produtor-r
ural

Uma outra opção será o envio da declaração para o e-mail da unidade do
IMA responsável pela jurisdição do município. O e-mail de cada unidade
consta em http://ima.mg.gov.br/atendimento/nossas-unidades. Nos municípios que
as unidades estiverem abertas, classificadas como onda verde do Minas
Consciente, as declarações poderão ser realizadas de forma presencial.

O prazo para comprovar a vacinação (declaração) termina em 10 de junho.
Para facilitar a localização da propriedade, recomenda-se o envio do
Cadastramento Ambiental Rural (CAR) na realização desse procedimento.

Saúde do rebanho

O coordenador estadual do Programa de Vigilância para a Febre Aftosa,
fiscal do IMA Natanael Dias, defende a necessidade da vacinação para manter a
saúde do rebanho e o reconhecimento internacional de zona livre com
vacinação, obtido pelo estado junto à Organização Mundial de Saúde Animal
(OIE).

“Este status favorece o agronegócio e o acesso a mercados
internacionais, contribuindo de forma significativa para o Produto Interno Bruto
(PIB) mineiro”, lembra Dias reforçando a importância da vacinação
correta, de forma a garantir eficácia na imunização dos animais.

“A vacina deve ser adquirida em estabelecimento da iniciativa privada
credenciado para a revenda. Lembrando que a dose da vacina é de 2 ml. Além
disso, a vacina deve ser conservada em temperatura entre 2 e 8 graus
centígrados, do momento da compra até a vacinação dos animais. Recomenda-se
também programar a aplicação para os horários mais frescos do dia”,
aconselha.

A febre aftosa é causada por um vírus, altamente contagioso e que pode
trazer grandes prejuízos econômicos para os produtores, pois afeta o comércio
internacional.

“A doença é transmitida pela saliva, aftas, leite, sêmen, urina e
fezes dos animais doentes, e também pela água, ar, objetos e ambientes
contaminados. Uma vez doente, o animal pode apresentar febre, aftas na boca,
lesões nas tetas e entre as unhas”, detalha.

Dias alerta que se forem verificados animais com estes sintomas, o produtor
rural deve imediatamente comunicar ao IMA em notifica@ima.mg.gov.br ou no
Sistema Brasileiro de Vigilância e Emergências Veterinárias (e-Sisbravet),
uma plataforma digital que integra os órgãos de defesa agropecuária do Brasil
para notificações de doenças que acometem animais de produção no campo,
agilizando atendimentos às emergências sanitárias em prol da prevenção e
combate às doenças. Clique aqui:
http://ima.mg.gov.br/defesa-animal/notificacoes-informacoes-epidemiologicas
Neste link, tem um passo a passo.

Trânsito e comercialização de animais

O produtor rural pode transitar e comercializar seus animais logo após a
vacinação e declaração. O prazo de carência exigido até ano passado pela
legislação chegava até 15 dias, se fosse a primeira vacinação do animal.
Agora, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio
da Instrução Normativa n 48/2020, permite ao produtor rural a emissão da
Guia de Trânsito Animal (GTA) imediatamente após vacinar e declarar a
imunização de bovinos e bubalinos de seu rebanho.

Gerente de Defesa Sanitária Animal do IMA, Guilherme Negro esclarece que,
desde 2020, com a publicação da Instrução Normativa n 48/2020, do Mapa,
responsável por aprovar as diretrizes gerais para a vigilância da febre
aftosa, houve algumas alterações na execução do Programa Nacional de
Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA).

“É importante ressaltar que não existe mais prazo de carência para a
movimentação de animais após a vacinação contra febre aftosa. Além disso,
durante a etapa de vacinação e até noventa dias após seu término, os
animais destinados diretamente ao abate ficam dispensados da obrigatoriedade da
vacinação contra febre aftosa”, complementa Negro.

Evite multas

O produtor que não vacinar os animais estará sujeito a multa de 25
Unidades Fiscais do Estado de Minas Gerais (Ufemgs) por animal, o equivalente a
R$ 98,6 por cabeça. A declaração de vacinação também é obrigatória e o
produtor que não o fizer até 10 de junho poderá receber multa de 5 Ufemgs, o
equivalente a R$ 19,7 por cabeça.

Fiscalização remota

A diretora-técnica do IMA, Cristiane Santos, lembra o sucesso da
vacinação em 2020. Mesmo na pandemia, a primeira etapa da campanha ocorrida em
maio no ano passado alcançou 97% de cobertura vacinal em Minas. Mais de 350
mil produtores rurais imunizaram cerca de 23 milhões de animais nos rebanhos
mineiros.

“O IMA monitora diariamente a campanha em todo o estado. Os novos
procedimentos digitais servem de suporte para a gestão com a prática da
fiscalização remota, que foi regulamentada pela portaria n 1977, de 4 de
maio de 2020. Ela se dá principalmente pela análise de documentos e dados dos
sistemas oficiais e sua confrontação com as normas sanitárias”,
exemplifica.

Parcerias e novo status sanitário

O diretor-geral do IMA, Thales Fernandes, sinaliza o futuro novo status
sanitário, cenário que vai abrir ainda mais as fronteiras para a carne
mineira, reforçando a parceria dos pecuaristas e das entidades representativas
do setor.

“A sinergia com entidades do setor privado, associações de criadores e
a Faemg é essencial para conquistarmos esse marco tão importante para o
estado, que abrirá novos mercados para a exportação da carne. Pedimos o apoio
dos produtores rurais mineiros pois, atualmente, a vacinação é essencial
para manter o rebanho do estado sadio e livre de focos da doença. É muito
importante cumprirmos o calendário oficial da vacinação”, reafirma.

Com envolvimento e participação de toda a cadeia produtiva da pecuária,
Minas será livre de febre aftosa sem vacinação. A conquista do novo status
sanitário será um resultado de trabalho do IMA, vinculado à Seapa, e em
conjunto com importantes entidades do agronegócio que compõem a equipe gestora
do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa.
As entidades são: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
Associação Brasileira dos Criadores de Girolando; Associação Brasileira dos
Criadores de Zebu; Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas
Gerais; Associação de Frigoríficos de Minas Gerais, Espírito Santo e
Distrito Federal; Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais;
Conselho Regional de Medicina Veterinária; Associação dos Criadores de
Caprinos e Ovinos do Estado de Minas Gerais; Sindicato das Indústrias de
Laticínios do Estado de Minas Gerais; Conselho Regional de Engenharia e
Agronomia de Minas Gerais; Associação dos Avicultores de Minas Gerais; e
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais.

“Vamos juntos cumprir o calendário oficial de vacinação para que
possamos futuramente suspender a imunização em todo o estado”, convida
Fernandes.

Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa

O Plano Estratégico do PNEFA tem como objetivo principal criar e manter
condições sustentáveis para garantir o status de país livre da febre aftosa,
ampliando zonas livres da doença sem vacinação e protegendo o patrimônio
pecuário nacional. Está alinhado com o Código Sanitário para os Animais
Terrestres, da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), e com as diretrizes
do Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA), convergindo
com os esforços para a erradicação da doença na América do Sul.

Minas compõe o Bloco IV junto com Bahia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso,
Goiás, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Sergipe, São Paulo, Tocantins e
Distrito Federal. Esses estados buscam a retirada da vacinação contra a febre
aftosa em seus rebanhos. Atualmente, Minas é zona livre de febre aftosa com
vacinação e possui reconhecimento da Organização Mundial de Saúde (OIE), o
que mantém importante acordos internacionais.

“O IMA trabalha há anos para conter qualquer ameaça da febre aftosa aos
rebanhos mineiros. Foi necessária uma longa trajetória, com muito trabalho
somado às ações e conscientização do setor produtivo para que o estado
alcançasse e mantivesse o status atual de livre de febre aftosa com
vacinação. Agora, o trabalho é avançar e seguir com o rigor para o
reconhecimento de Minas como livre da doença sem vacinação. Estamos próximos
de celebrar o novo status sanitário com o setor produtivo da pecuária e
outros órgãos de defesa agropecuária do Brasil que têm a mesma missão:
retirar a vacinação nos seus rebanhos”, argumenta o diretor-geral do IMA,
Thales Fernandes. As informações partem da assessoria de imprensa do
Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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