Porto Alegre, 18 de agosto de 2016 – Dados divulgados pela Associação
Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) indicam aumento de 15,4% na venda
de sêmen Angus no Brasil. O relatório contabiliza a comercialização de
4.268.968 doses (Angus e Red Angus) em 2015 frente a 3.697.501 de 2014. Nos
últimos seis anos, a raça teve crescimento de 150%, bem acima da média do
gado de corte que ficou em 50%.
O resultado, pondera o presidente da Associação Brasileira de Angus,
José Roberto Pires Weber, reflete a consolidação da raça na pecuária
brasileira e o avanço significativo do cruzamento industrial. “A Angus
responde por mais da metade do sêmen de bovinos de corte vendido do país
(51%). Estamos em crescimento e isso é reflexo de um trabalho sério e que traz
resultados ao pecuarista”, pontuou. Em 2015, as raças de corte negociaram
8.274.084 doses no Brasil.
Segundo Weber, mais de 30% das vendas realizadas no país, ou seja, mais de
1,4 milhão de doses são produzidas com genética Nacional, um crescimento de
21%. “Os usuários da genética Angus no Brasil têm tido excelentes resultados
com a utilização de sêmen nacional, desmitificando a questão do importado.
Hoje, produzimos Angus de excelente qualidade nas cabanhas brasileiras, com a
vantagem de ser genética adaptada às condições nacionais de produção e
provada em nosso meio ambiente e mercado”, finalizou o presidente.
“O crescimento na venda de sêmen expressa os bons resultados que o
cruzamento entre Angus e Nelore vem apresentando no Brasil Central”, completou
o diretor do Programa Carne Angus, Reynaldo Salvador. Segundo o dirigente, a
forte demanda por novilhos Angus jovens e bem terminados por parte da indústria
reflete a preferência dos consumidores brasileiros e internacionais pela carne
Angus. “No primeiro semestre de 2016, os abates do programa Carne Angus
cresceram 38% frente à retração do volume total abatido no país. Isto mostra
a forte demanda de nossa carne pelo mercado” complementou o dirigente.
No primeiro semestre de 2016, a Asbia indica leve retração de vendas com
queda de 1% entre as raças de corte (-1%), um total de 2.662.547 doses nos
primeiros seis meses. As maiores compras vieram dos Estados Mato Grosso (22%),
Mato Grosso do Sul (16%) e Goiás (11%). O Rio Grande do Sul absorveu 7% das
doses. “Não há um único motivo para essa queda nas vendas neste primeiro
semestre. São um conjunto de fatores, além de toda a instabilidade econômica
que o Brasil vive.”, explica o presidente da Asbia, Carlos Vivacqua Carneiro
da Luz, que encerra seu mandato em outubro. Com informações da assessoria de
imprensa da Associação Brasileira de Angus.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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