Porto Alegre, 13 de novembro de 2017 – O apetite chinês pela carne bovina
brasileira não dá sinais de arrefecimento. E ele vem compensando amplamente as
quedas de vendas para os países integrantes da União Europeia, devido a
Operação Carne Fraca, e a não confirmação da abertura do mercado
norte-americano sobre o qual se alimentavam muitas expectativas.
Até outubro, segundo informações da Associação Brasileira de
Frigoríficos (ABRAFRIGO), que compilou os dados fornecidos pelo Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), através da
SECEX/DECEX, estas importações cresceram 16,5% somadas as movimentações
realizadas pela cidade estado de Hong Kong e as feitas diretamente pelo
continente, passando de 375.000 toneladas no mesmo período de 2016 para 449.180
mil toneladas até outubro de 2017, o que significou 37,2% do total exportado
pelo país.
Para se ter uma ideia do impacto que a China está causando no setor, em
2014 as importações chinesas de carne bovina significavam 25% do que o Brasil
comercializava com o exterior e em 2005 apenas 4%. Segundo a ABRAFRIGO, estas
importações têm potencial de crescimento ainda maior porque calcula-se que o
crescimento da demanda por carnes bovina, suína e de aves na China devido ao
recente movimento de urbanização do país e a mudança nos hábitos
alimentares é superior a 300 mil toneladas por ano. E o Brasil acabou de
receber a autorização para que 22 novas plantas frigoríficas possam exportar
para aquele mercado e há ainda outras 36 plantas na fila para exportar, em
processo de habilitação.
Conforme a ABRAFRIGO, estas vendas para a China e a retomada de grandes e
tradicionais compradores como a Rússia, Egito, Irã, e Arábia Saudita,
garantiram que 2017 será melhor que 2016 para o setor. No acumulado do ano, as
exportações já alcançaram a 1.209.252 toneladas e a receita com elas a US$
4,929 bi, contra 1.145.905 toneladas e US$ 4,491 bilhões em 2016, num
crescimento de 6% em toneladas e de 10% nos preços obtidos, o que pode levar ao
cumprimento da meta de crescimento estimada em 10% para o ano.
O resultado ainda está um pouco distante do recorde brasileiro de 2014,
quando o Brasil exportou 1.545.000 toneladas obtendo uma receita de US$ 7,149
bilhões, mas o país caminha para recuperar este patamar nos próximos anos,
segundo a ABRAFRIGO. Com informações da assessoria de imprensa da ABRAFRIGO.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
Copyright 2017 – Grupo CMA
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 28/11/2024 10:30