Porto Alegre, 9 de dezembro de 2016 – O pecuarista gaúcho José Roberto
Pires Weber foi reeleito para presidir por mais dois anos a Associação
Brasileira de Angus. A eleição ocorreu na manhã desta quinta-feira (8/12), em
assembleia geral realizada em Porto Alegre (RS). A nova diretoria do biênio
2017/2018 também conta com a experiência do mineiro Paulo Marques como
vice-presidente.
Otimista, Weber assume confiante de que a crise que atingiu a economia
brasileira está com os dias contados. “O grande divisor de água deverá ser
a próxima safra agrícola. Se tivermos uma boa colheita, vamos passar por um
mar tranquilo”, salientou, lembrando que o agronegócio sempre ponteou o
processo de desenvolvimento do Brasil.
Apesar das dificuldades e da falta de estabilidade no cenário político,
Weber confia que, no segundo semestre de 2017, a economia brasileira deve voltar
a crescer. “É claro que a pecuária também está sujeita às influências
da crise no poder de consumo da população, mas a raça Angus vem tendo um
crescimento assustador. A venda de sêmen Angus passou de 4 milhões de doses e
o Programa Carne Angus também segue uma curva ascedente”, ressaltou durante
solenidade de final de ano realizada na Associação Leopoldina Juvenil em Porto
Alegre.
Segundo ele, 2016 deve terminar com abate de 500 mil cabeças certificadas,
o que eleva a confiança sobre o futuro da produção. A previsão de atingir 1
milhão de cabeças ano em 2020 deve ser atingida bem antes disso, projeta
Weber. “Evidentemente que vamos incrementar a exportação, mas para isso
precisamos do produtor. Para exportar é necessário rastreabilidade e isso
implica em conscientização e visão de cadeia do produtor”. Estamos fazendo
todo o possível para difundir a carne Angus brasileira no exterior e já
estamos colhendo frutos com exportações que crescem a taxas geométricas
principalmente para Europa e países árabes.
Em relação ao mercado externo, o presidente da Angus mostrou-se confiante
nas promessas do governo norte-americano de aquisições mais expressivas de
cortes, movimento que também contribuiu com o aceno do Japão de fomentar as
compras da carne brasileira. “É importante abrir mercado no Japão, que
sempre foi o sonho de todo produtor de carne do Brasil. São mercados
sofisticados, mas que pagam preços diferenciados”.
Questionado sobre os principais desafios da raça para os próximos anos,
Weber foi enfático: precisamos mostrar aos criadores nacionais a qualidade
genética do rebanho local. “O grande desafio é passar ao produtor que o
Angus do Brasil é muito bom e talvez melhor do que muita genética importada.
Aqui temos animais aclimatados, testados, com carne de qualidade. Não
precisamos insistir tanto em importar genética estrangeira, que, as vezes é
bem inferior do que a que temos no Brasil”. E ainda lembrou da importância de
profissionalizar a gestão e enxugar custos de forma a trabalhar com modelos
mais eficientes em um momento delicado na economia e na política.
Durante a assembleia desta quinta-feira, Weber ainda destacou a ampliação
do corpo técnico da Associação, com trabalho de qualificação e treinamento
realizado ao longo de 2016. “Nunca houve um treinamento dessa ordem. Foram
118 inscritos e tivemos menos de 10% aprovados”, frisou. Entre as metas para
2017 está o fortalecimento da campanha Touro Angus Registrado que busca
conscientizar os criadores sobre as vantagens de usar animais confirmados. Com
informações da Associação Brasileira de Angus.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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