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CARNE BOVINA: Workshop “Fronteiras da América” debate produção de qualidade

13 de fevereiro de 2017
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Porto Alegre, 13 de fevereiro de 2017 – Discutir com diversos
representantes da cadeia produtiva da pecuária os rumos da atividade e como
superar as chamadas fronteiras da produção de qualidade foi o objetivo do
Workshop “Fronteiras da América”, promovido no dia 7 de fevereiro, em
Londrina (PR).

Participaram do evento os pesquisadores Sergio De Zen e Thiago Carvalho, do
Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – CEPEA-Esalq/USP, o
professor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnista da USP Ed
Hoffmann, o consultor Antonio Chaker, o pecuarista Renato Medeiros, Eduardo
Grandal, responsável pelo projeto da raça Rubia Gallega no Brasil e o médico
veterinário Reuel Gonçalves, da Biogénesis Bagó, uma das empresas líderes
na América Latina na produção de soluções para a saúde animal, que
promoveu o Workshop como parte da programação de sua Convenção Nacional. As
duas primeiras horas do evento foram transmitidas ao vivo pelo canal Terraviva.

“Estamos focados em desenvolver produtos inovadores e capacitar nossa
equipe para ajudar os pecuaristas a superar suas fronteiras de produção. Por
isso, trouxemos nomes de peso para discutir tendências e apresentar dados e
desafios, porém não quisemos que toda essa riqueza de informações ficasse
restrita à nossa equipe. Ao transmitir o evento ao vivo para milhares de
pessoas, procuramos dar uma contribuição a esse movimento em prol da melhoria
da atividade para atingir a Fronteira Produtiva nesse Brasil de muitas
oportunidades”, afirma o Gerente de Marketing da Biogénesis Bagó, Carlos
Godoy.

Ao traçar o cenário macroeconômico atual, o pesquisador do Cepea –
Esalq/USP Sergio De Zen ressaltou que a insegurança política, econômica e
jurídica pela qual passa o Brasil, ao mesmo tempo que o País vive um processo
de maturidade institucional, coloca o setor à prova. “Mas o agronegócio
aguenta! A pecuária, especialmente, que é uma atividade de médio e longo
prazo, vai se fortalecer frente à demanda crescente em quantidade e qualidade
de proteína animal. Os desafios da pecuária hoje são maiores do que 10 anos
atrás. Hoje boa parte da população já compra carne; o desafio é conseguir
comprar A carne e produzir essa carne com o menor custo possível”, analisa o
pesquisador.

“A modernização do agronegócio abre porteiras e mercados. A carne
macia de um animal mais jovem advém da modernização, que passa por toda a
cadeia, dentro e fora da porteira. Infraestrutura, capital humano e tecnologia
são o caminho para crescermos e uma tendência sem volta para a pecuária
latinoamericana. O que precisamos é de uma política brasileira para vender
carne e derrubar barreiras comerciais, ter mais acordos bilaterais. Precisamos
ser bons vendedores da nossa carne no mercado internacional”, salienta o
economista Thiago Carvalho, pesquisador da área de proteína animal do Cepea
– Esalq/USP.

Para atingir as fronteiras de produção é fundamental coletar dados e
analisar os índices atuais e os alcançáveis para a América Latina. “Tudo o
que é medido pode ser melhorado. Por isso, é fundamental que se busque sempre
mais conscientizar o produtor sobre a importância de coletar dados e utilizar
essas informações para gerir a atividade e buscar melhorias”, destaca o
zootecnista Antônio Chaker, consultor em projetos de gestão agropecuária.

O papel da pesquisa para superar as fronteiras produtivas foi ressaltado
pelo professor da área de reprodução animal da Faculdade de Medicina
Veterinária e Zootecnia da USP, Ed Hoffmann. “A lição de casa para a
pecuária é que o produtor deve olhar para o seu negócio sem fantasia. É só
nos lembrarmos de quando teve início o uso da IATF no Brasil. Quase ninguém
dizia que precisava disso, todo mundo achava que os índices de reprodução
estavam ótimos na fazenda. Hoje é inegável que temos com a IATF índices
muito superiores do que monta natura e inseminação artificial tradicional.
Enquanto as pessoas se autoenganarem não há evolução”, alerta o professor.
“Para superar fronteiras, temos que ser inovadores e fazer pesquisa. Temos
tudo para caminhar na direção correta”, acredita Ed Hoffmann.

Mais de 80% de taxa de prenhez em IATF, machos desmamados que vão direto
para o confinamento e são abatidos acima de 20@ com menos de 16 meses e fêmeas
que entram mais cedo na estação de monta adiantando a idade do primeiro parto
são os índices da Fazenda São Pedro, localizada em Coxim/MS, cujo
proprietário, o pecuarista Renato Medeiros participou do Workshop “Fronteiras
da América” representando os produtores. “Invisto em genética,
nutrição, sanidade e manejo. Com um ano difícil em vista, temos que segurar a
onda com produtividade”, assegura o pecuarista, que continua buscando as
fronteiras produtivas.

Alcançando a Fronteira Produtiva

Um programa integrado de ponta a ponta da cadeia, como o carne Rubia
Gallega no Brasil, é outro exemplo de superação das fronteiras produtivas.
Com quase 140 mil vacas inseminadas em 2016 e 22 fazendas participantes, o
programa fornece carne de animais da raça originária da região da Galícia,
na Espanha, em cruzamento industrial com Nelore para centenas de lojas do Grupo
Pão de Açúcar. Eduardo Grandal, responsável por trazer a raça ao Brasil e
pelo projeto, compartilhou com os participantes do Workshop a experiência de
integração de cadeia, com retorno de informações do varejo de volta aos
produtores. O projeto da Rubia Gallega trabalha com animais entre 6 e 18 meses
de idade com peso carcaça entre 150 e 280 kg, rendimentos de carcaça acima de
58 % e na desossa entre 82 e 85%. “A pecuária bovina é o setor com mais
tópicos a serem controlados, por isso integração e transparência no processo
são os pilares do sucesso”, afirma Grandal.

O representante da Biogénesis Bagó no Workshop, Reuel Gonçalves
salientou a importância da integração de todos os elos da cadeia produtiva
para atingir as Fronteiras Produtivas, inclusive os “invisíveis” que não
aparecem na tríade produtor – frigorífico – varejo, que são os
profissionais da indústria de insumos, do varejo agropecuário (revendas e
cooperativas), técnicos, consultores e pesquisadores. “Todos precisam
conversar. Temos ainda índices muito ruins, desde bezerros nascidos, desmamados
e terminados e a melhoria se dá com a participação de todos esses elos da
cadeia produtiva. Como o mercado internacional usa a barreira sanitária como
barreira comercial, ao cuidar da sanidade conseguimos quebrar esses paradigmas.
É preciso desenvolver planos sanitários adequados a cada propriedade,
incentivar os funcionários a coletar dados, dar-lhes feedback e premiá-los.
Reconhecimento é um impulso a buscar superar as Fronteiras Produtivas”,
afirmou o Coordenador de Serviços Técnicos da Biogénesis Bagó.

Multiplicar o movimento

Com o objetivo de multiplicar esse movimento que encoraja os produtores a
superar as Fronteiras Produtivas, a Biogénesis Bagó promoverá ao longo do ano
12 eventos nas diversas regiões do Brasil. Será oferecida uma palestra com um
pesquisador do Cepea e informações ao produtor para que ele possa identificar
seus atuais índices de produção e vislumbrar até onde ele pode chegar
utilizando os recursos e tecnologias disponíveis.

“Queremos levar ao maior número possível de pecuaristas toda essa
bagagem discutida no Workshop ‘Fronteiras da América’, encorajando-os a
melhorar seus índices de produtividade e superar as fronteiras produtivas”,
aposta o Gerente de Marketing da Biogénesis Bagó, Carlos Godoy. As
informações partem da assessoria de imprensa da Biogénesis Bagó.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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