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CARNE BOVINA:Senar/MS divulga resultado do Mais Inovação em reunião do GTPS

6 de junho de 2016
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Porto Alegre, 6 de junho de 2016 – O Senar/MS – Serviço Nacional de
Aprendizagem Rural estará presente no Seminário Anual do GTPS – Grupo de
Trabalho da Pecuária Sustentável realizado no próximo dia 7 de abril, no
Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo. O evento abordará temas ligados à
atividade pecuária da atualidade, com apresentação de três painéis, entre
eles o ‘Desafios para Intensificação da Pecuária’, no qual serão
apresentados os resultados do primeiro programa de assistência técnica e
gerencial idealizado pela regional de Mato Grosso do Sul – o Mais Inovação.

Implantado a partir de 2012 em parceria com o Sebrae/MS – Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, o programa é uma das
vertentes da metodologia de ATeG – Assistência Técnica e Gerencial do
Senar/MS e atua com um modelo que apresenta ao produtor rural novas tecnologias
de manejo, além de incentivar práticas de produção sustentáveis,
empreendedorismo e foco no aumento da produtividade e renda das propriedades
assistidas.

Atualmente 195 produtores rurais são atendidos em 29 municípios do Estado
e os resultados obtidos nas consultorias reforçam a eficácia de se promover
melhorias na gestão e com a implantação de sistemas produtivos integrados
como ILPF – Integração Lavoura, Pecuária e Floresta, IPF – Integração
Pecuária e Floresta e ILP – Integração Lavoura e Pecuária. As técnicas
sugeridas e orientadas pela equipe de técnicos de campo contribuem para
melhorar a eficiência produtiva no uso dos recursos naturais, possibilitando a
adaptação do setor agropecuário com a necessidade de se produzir com
sustentabilidade.

Na avaliação do superintendente do Senar/MS, Rogério Beretta, o trabalho
iniciado pelo Mais Inovação é uma grande contribuição para agropecuária
na região Centro-Oeste. “É um projeto pioneiro de assistência técnica em
Mato Grosso do Sul e tem a finalidade de incorporar tecnologias que
possibilitarão melhoria de renda e lucro na atividade pecuária. Um dos pontos
mais importantes desse trabalho foi desenvolver ações que demonstram
consonância com a agricultura de baixo carbono e consequentemente, com a
redução de gases de efeito estufa”, detalha.

Beretta reforça que, apesar do programa ser conhecido como de atendimento
a pecuária de corte, isso não impede que possa ser utilizado em outros
segmentos do setor rural. “A metodologia do Mais Inovação oferece
inovações tecnológicas que podem atender também o produtor de leite, o
agricultor e os interessados em implantar o sistema de recuperação de
pastagens, o ILPF e o plantio de Florestas artificiais”, argumenta.

Equipe afinada

O agrônomo Leandro Machado da Silveira atua no Mais Inovação desde o
início das atividades e presta assistência para 30 produtores rurais, em
diversas regiões. Ele relata que o maior reconhecimento do seu trabalho é
fazer a comparação da produção do início até os dias atuais. “Iniciei os
atendimentos com foco na recuperação e reforma de pastagens degradadas e
acompanhando os resultados de cada propriedade, verifiquei que o crescimento na
lotação de animais por área chegou a cinco vezes mais”, revela.

O maior desafio encontrado por Silveira nesses quatro anos de orientação
técnica foi a resistência encontrada junto aos produtores que ficavam receosos
de modificar manejos que já estão adaptados, mas que não atendem mais as
necessidades produtivas atuais. “Procuro sempre explicar ao produtor a
importância de se mudar o comportamento e demonstrar o que podemos aplicar.
Sempre proponho que façam a experiência em uma pequena área da propriedade e
quando eles comprovam o resultado ficam bastante satisfeitos”, acrescenta o
profissional que atua na região Leste de Mato Grosso do Sul.

Segundo o zootecnista Daniel Dantas, que atende 30 produtores na região
Sudoeste do Estado, um dos fatores mais gratificantes no trabalho é observar a
mudança de comportamento dos produtores e seus funcionários. “É motivo de
realização profissional acompanhar a satisfação e vontade de aprender do
produtor ao perceber que, seguindo as recomendações, obterá sempre resultados
positivos. A motivação do proprietário é visível e reflete em todos os
colaboradores que demonstram interesse em aprender mais”, pontua.

Dantas dá exemplo de dois produtores que transformaram significativamente
a atividade pecuária depois de aderirem ao Mais Inovação. “O primeiro é o
senhor Massao que, literalmente, abriu as portas de sua propriedade para
experimentos com lavoura (ILP) e que foram demonstrados em um dia de campo para
150 pessoas, no município de Miranda. Ele iniciou o projeto com plantio de soja
e agora investiu no milho para alimentação do rebanho”, detalha.

O segundo caso vem de Anastácio, na propriedade do senhor Raimundo que se
dedica à atividade de pecuária de corte. “Quando chegamos ao local
comprovamos que a área de pastagem estava totalmente degradada. Com as
modificações no manejo montamos oito pastos que aumentaram a lotação de 0,5
para 3 animais por hectare”, conclui.

Sustentabilidade

Cabe destacar que o programa Mais Inovação é desenvolvido com
orientações que tem como objetivo principal a produção sustentável obtida a
partir do desenvolvimento de diferentes culturas na mesma área, aumento da
produção animal em menor espaço, redução na emissão de gases de efeito
estufa (GEE) e fixação de carbono via fotossíntese e matéria orgânica do
solo.

Sobre o Sistema Famasul

O Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS) é um
conjunto de entidades que dão suporte para o desenvolvimento sustentável do
agronegócio e representam os interesses dos produtores rurais de Mato Grosso do
Sul. É formado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar),
Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural (Funar), Associação dos
Produtores de Soja (Aprosoja/MS) e pelos sindicatos rurais do Estado.

O Sistema Famasul é uma das 27 entidades sindicais que integram a
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Como representante do
homem do campo, põe seu corpo técnico a serviço da competitividade da
agropecuária, da segurança jurídica e da valorização do homem do campo. O
produtor rural sustenta a cadeia do agronegócio, respondendo diretamente por
17% do PIB sul-mato-grossense. As informações partem da assessoria de
comunicação do Sistema Famasul.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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