Porto Alegre, 22 de junho de 2016 – A Agência de Defesa Agropecuária do
Paraná (Adapar) faz novo alerta aos avicultores paranaenses para que façam o
registro dos aviários de corte, conforme instrução normativa do Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A intenção é aumentar a
biosseguridade das propriedades e diminuir os riscos de introdução de doenças
na avicultura industrial.
Os produtores rurais devem procurar a unidade local da Adapar para fazer o
registro. As informações estão no site adapar.pr.gov.br. A preocupação da
agência é com a possibilidade de ocorrência da gripe aviária, especialmente
nos próximos meses, com a proximidade dos Jogos Olímpicos, que trarão pessoas
de diversos países ao Brasil.
“A doença é causada por vírus, atinge humanos e aves e é muito
perigosa pelo seu fácil contágio e difícil controle”, destaca o gerente de
Saúde Animal da agência, Rafael Gonçalves Dias. Nas aves, a doença é
devastadora, provoca lesões sérias no sistema respiratório, digestivo,
nervoso e reprodutivo.
O Brasil é um dos principais produtores de frango do mundo e não tem
registro da gripe aviária em seu território. Porém, existe risco da
introdução da doença, por exemplo, pela importação de material genético e
também porque o País é rota de aves migratórias. “Outro fator preocupante
é a concentração de aviários em algumas regiões do Estado, o que
dificultaria o controle de um eventual foco da doença”, avalia Dias.
Existem aproximadamente 23.000 aviários no Paraná e cerca de 70% estão
sem o certificado de registro. Para sensibilizar os avicultores a cumprirem as
normas, a Adapar adotou algumas medidas para desburocratizar o processo e espera
que o índice de adesão aumente nos próximos meses.
BIOSSEGURIDADE
Para fazer o registro o produtor tem que adequar seu aviário às normas de
biosseguridade, que orienta para a instalação de composteiras, telas de
proteção adequada, local de enterro de aves mortas, aná
“São medidas que exigem algum investimento, mas que representam pouco diante
dos prejuízos que uma doença pode causar”, comenta Dias.
O crescimento e modernização da indústria avícola têm exigido mais
atenção a respeito da saúde dos plantéis. O Brasil exporta para mais de 150
países e o Paraná é o maior produtor nacional, responde por 35% da
exportação brasileira. Os principais mercados da carne de frango foram Arábia
Saudita (22%), União Europeia (13%), China (11%), Japão (9%) e Emirados
Árabes (9%). Segundo dados da Federação da Agricultura do Estado do Paraná
(Faep), existem no Estado 19 mil avicultores, entre integrados e cooperados.
A cadeia paranaense da avicultura abate cerca de 1,8 bilhão de aves por
ano e gera 60 mil empregos diretos e cerca de 600 mil indiretos no Estado. São
36 frigoríficos, a maioria na região Oeste, com uma produção de 3,6 milhões
de toneladas.
A avicultura tem uma grande responsabilidade na economia paranaense,
participando com 16% do Valor Bruto de Produção (VBP), perdendo apenas para
soja, que responde por 22%. O VBP é o índice que mostra a evolução do
desempenho das lavouras e da pecuária ao longo do ano e corresponde ao
faturamento bruto dentro da propriedade. As informações partem da assessoria
de imprensa da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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