Porto Alegre, 6 de maio de 2021 – Enquanto o consumo de carne bovina teve
redução, o frango ganhou espaço na mesa das famílias brasileiras durante a
pandemia. Em média, cada brasileiro consumiu 45,27 quilos de carne de frango no
último ano, quase três quilos a mais do que em 2019 (Relatório ABPA/2021).
Entre os fatores que contribuem para o alto consumo deste alimento no País
estão a disponibilidade, o custo-benefício, a facilidade e versatilidade de
preparo, assim como sua qualidade nutricional.
Para o médico-veterinário Ricardo Moreira Calil, presidente da Comissão
Técnica de Alimentos do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de
São Paulo (CRMV-SP), a produção de carne de frango no Brasil é bastante
significativa, tanto em relação à oferta de alimentos para a população,
quanto às oportunidades geradas no campo.
“O grande salto na produtividade aliado à qualidade nutricional da carne
de frango – considerada pelos consumidores mais saudável em comparação com
a suína e a bovina – alavancaram o consumo per capita deste alimento ao
longo dos anos”, avalia Calil.
A zootecnista Paola Rueda, que integra a Comissão Técnica de Bem-estar
Animal do CRMV-SP, explica que a carne de frango é rica em vitaminas, minerais
e proteína com baixa gordura saturada, pois a gordura se concentra na pele e
pode facilmente ser retirada.
“Quando o frango é criado em sistemas com altos níveis de bem-estar, é
ainda melhor a qualidade organoléptica, ou seja, as características
percebidas pelos sentidos humanos. Além disso, na crise financeira é uma
opção mais barata de proteína”, analisa Paola.
Impactos do frango na economia
Por trás desse importante alimento presente na dieta das famílias, há um
grande setor que gera emprego e renda para o Brasil. Segundo a Associação
Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o setor emprega, direta e indiretamente,
3,5 milhões de trabalhadores. São mais de 100 mil produtores integrados e
independentes em todo o País.
A alta produtividade e os avanços tecnológicos da cadeia produtiva
fizeram com o que o Brasil atingisse o posto de maior exportador mundial de
carne de frango, conquistando até os mercados mais exigentes em relação à
qualidade e à segurança sanitária dos produtos.
Em 2021, a produção brasileira de carne de frango poderá alcançar até
14,5 milhões de toneladas. As exportações devem chegar a 4,35 milhões de
toneladas, superando em até 3,6% o total exportado pelo Brasil em 2020.
De acordo com a zootecnista Paola Rueda, é provável que, com a melhora no
cenário da pandemia nos países importadores, as exportações brasileiras
aumentem ainda mais.
Para manter o bom desempenho no mercado externo, Paola reforça a
necessidade de o País continuar atento às exigências dos consumidores,
principalmente quanto à sanidade e ao bem-estar animal. “Se continuarmos
focando nesses pontos, poderemos nos manter competitivos a médio e longo prazo
nos diferentes mercados”, avalia.
Calil comenta, ainda, que o aumento no consumo da carne de frango não é
observado só no Brasil, mas em muitos outros países. “Isso indica que este
tipo de alimento deverá seguir em alta nos próximos anos, contribuindo para
melhorar a vida do produtor no campo e servindo como uma opção saudável na
dieta da população”, conclui o médico-veterinário. As informações partem
da assessoria de imprensa do CRMV-SP.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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