Porto Alegre, 8 de junho de 2021 – A Organização Avícola do Estado do
Rio Grande do Sul por meio das entidades membros, Associação Gaúcha de
Avicultura (Asgav) e Sindicato da Indústria de Produtos Avícolas do Estado do
Rio Grande do Sul (Sipargs), traz à tona mais um problema que pode afetar a
avicultura gaúcha: a área da logística, especificamente quanto à
disponibilidade de contêineres para exportações de carnes de aves, ovos e
derivados.
Os impactos já são sentidos pelas empresas, que estão escoando, em
média, 40% do fluxo normal de exportações. Uma pesquisa elaborada pelo setor
indica que a situação é crítica. Entre os pontos constatados, estão a falta
de contêineres, atraso dos navios (quem paga por isso é o exportador) e
produtos que vencem durante a espera pelo embarque. As entidades já se reuniram
com Conselho de Conselho de Comércio Exterior da Federação das Indústrias
do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) e com a Confederação Nacional da
Indústria (CNI) para apurar, apresentar as dificuldades citadas e expor a
gravidade da situação.
Os órgãos governamentais e instituições que representam a avicultura
também já estão cientes sobre os entraves na exportação. As exportações
têm sido o ponto de equilíbrio para manutenção da atividade. O setor
avícola gaúcho exporta em média 60 mil toneladas de carne de frango por mês.
O presidente executivo da Asgav, José Eduardo dos Santos, afirma, em tom
de preocupação, que os reflexos desses impasses na logística estão
garantidos na cadeia, pois não havendo a regularização do fluxo de logística
e disponibilidade de containers, a produção poderá ser impactada e
impulsionar mais ainda a redução que já vem acontecendo em algumas
indústrias.
“Os efeitos colaterais serão gravíssimos, pois o setor já está
enfrentando dificuldades no mercado interno, como o preço exorbitante do milho
e agora mais esse obstáculo que temos que solucionar”, ressalta.
O dirigente destaca que as pequenas e médias empresas estão sofrendo
maior impacto com essa falta de equipamentos. Estão agendados novos encontros
com empresas e indústrias do setor para pressionar pela resolução dessa
adversidade.
Problemas apurados na pesquisa sobre a logística de exportação na avicultura
gaúcha
– Armadores mudam de opinião, rota e serviço sem aviso prévio, gerando
dificuldades e prejuízos;
– Atraso de navio e quem paga os custos é o exportador; – Custos elevados em
estocagem terceirizada;
– Custos extras e taxas dentro do porto, visto que hoje, quando liberam
containers, é preciso retirá-los mesmo que se tenha mais dias no porto;
– Faturamento das empresas exportadoras sendo muito impactado, pois, há a
mercadoria produzida e não se consegue dar sequência ao fluxo de caixa; –
Mercadorias sendo direcionadas a outras regiões no mercado interno;
– Custos elevados devido ao direcionamento dos embarques do Porto de Rio Grande
para portos em Santa Catarina;
– Produtos ficando várias quinzenas nos armazéns e ficando com shelf
avançado (prejudicando a validade).
– Capacidade de estocagem está crítica; – Estocagem em terceiros com aumento
de custos;
– Dificuldade de agendar de carregamentos, visto que são programados
embarques, porém, com a falta de containers, os mesmos não acontecem, o que
dificulta a organização de estoque de faturamento;
– Altos valores de taxas gastos com portos, visto que estão cobrando uma
série de custos nos portos quando o navio não atraca;
– Fretes marítimos supervalorizados e com custos altíssimos que dificultam as
negociações.
– Empresas estão escoando, em média, 40% do fluxo normal de exportações;
– Redução de abate em 25% da produção.
As informações partem da assessoria de imprensa da OARS.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 08/05/2025 09:40