safras

CARNE DE FRANGO: Setor busca medidas para reduzir impacto da alta dos grãos

13 de maio de 2021
Compartilhe

Porto Alegre, 13 de maio de 2021 – Entidades do setor produtivo avícola
iniciaram uma mobilização para discutir medidas para reduzir o impacto da
escassez e dos altos preços dos grãos (milho e soja), que representam 70% dos
custos de produção total da proteína.

Em reunião realizada na terça-feira (11), o Sindicato das Indústrias de
Produtos Avícolas do Estado do Paraná – Sindiavipar apresentou uma série de
ações emergenciais e estruturantes, em apoio às solicitações da
Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). As entidades fizeram um
apelo aos governantes para que o Presidente Jair Bolsonaro, a Ministra da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, e o Ministro da
Economia, Paulo Guedes, agendem uma audiência para discutir as iniciativas
requeridas pelo setor.

“Queremos trabalhar junto aos governos federal e estadual para aliviar a
pressão da alta dessa matéria prima, a soja e o milho, em nosso país. As
justificativas para esses pedidos são muito reais, os empregos e o
abastecimento da proteína estão em risco. Hoje, há um paradoxo, o importador
tem menos custo na compra do milho brasileiro do que o industrial do nosso
país. Isso porque na exportação o PIS e o COFINS são isentos, enquanto no
mercado interno não é”, afirmou o presidente do Sindiavipar, Irineo da Costa
Rodrigues.

A mobilização do setor acontece em um momento em que a produção de
carne de frango no Brasil está 43,4% mais cara, segundo dados do ICP Frango, da
Embrapa Suínos e Aves, em relação a abril do ano passado. No Paraná, por
exemplo, foi registrada alta de cerca de 115% no preço do milho, quando
comparado com o mesmo período no ano anterior, de acordo com dados da CEPEA –
ESALQ/USP. Ainda segundo a entidade, na soja, a alta do preço médio superou
98%. Já o valor do frango teve um aumento de apenas 14,4%, conforme números do
Indice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE. Sendo assim, o reajuste
não foi suficiente para cobrir os custos de produção.

O presidente executivo do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, que esteve
presente na reunião, destacou que a situação ocorre após o setor se
mobilizar e realizar investimentos para manter o abastecimento das famílias
brasileiras em meio à pandemia. “Temos que tratar como uma questão
emergencial porque isso pode afetar o mercado, o abastecimento, e causar
desemprego na iminência de menor produção. Fizemos nossa parte na pandemia,
agora isso não deixa de ser uma consequência do momento”, apontou.

Além das questões emergenciais, é importante desenvolver um programa com
foco em propostas estruturantes, conforme defende o presidente da Federação
da Agricultura do Paraná (FAEP), Ágide Meneguette. “Temos que ver não só o
problema emergencial, mas um programa onde se precisa captar recursos, com
juros condizentes. Vejo como oportuna a questão de tentar fazer um estudo de
longo prazo para o setor. Nunca vamos querer concorrer com Centro-Oeste, mas
temos que aproveitar o diferencial para ter um Paraná transformador no meio de
proteína animal”, relatou.

Sendo assim, as entidades apoiaram as sugestões ao governo e órgãos
competentes, que constam em ofício enviado pela Associação Brasileira de
Proteína Animal (ABPA) à presidência da República, com foco em ações
emergenciais e estruturantes:

* Autorização excepcional para importação de milho transgênico produzido
nos Estados Unidos, com a finalidade exclusiva de uso na ração animal;

* Suspensão temporária (até dezembro/21) da cobrança de PIS e COFINS sobre a
importação de grãos – para empresas que não operam na modalidade Drawback;

* Suspensão temporária da cobrança de PIS e COFINS incidentes sobre o custo
do frete nas operações interestaduais de transporte de grãos;

* Ampliação do acesso a crédito para construção de armazéns e armazenagem
de milho, voltado às agroindústrias e cooperativas de proteína animal do
Brasil;

* Instalação de programas de incentivo ao plantio de Cereais de Inverno, em
especial nos entornos dos polos produtores de proteína animal;

* Linhas de crédito favoráveis para o plantio de milho no verão, com juros
adequados, subvenção de seguro e aumento de limite por CPF.

Participação

Além dos nomes citados, estiveram presentes na reunião: Silvio Farnese,
diretor do DPCA/SPA/MAPA; Sergio de Zen, diretor da DIPAI/CONAB; Ricardo Santin,
presidente da ABPA; Robson Mafioletti, superintendente do Sistema Ocepar; Ronei
Volpi, assessor da FAEP; Ângelo Setim Neto, presidente do Sindicarne; Elias
José Zydek, diretor do Sindicarne, Arene Trevisan, diretor-executivo da Seara e
Vandeir D. Conrad, superintendente da Lar. Também participaram do encontro
Alexandre Monteiro, assessor técnico do Sistema Ocepar, Nelson Paludo,
presidente da Comissão de Grãos da FAEP, Erico Pozzer, presidente da
Associação Paulista de Avicultura (APA), Valter Vanzella, diretor presidente
da Frimesa, Rafael Santos, secretário do Sindiavipar, Roberto Kaefer,
tesoureiro do Sindiavipar e Inácio Afonso Kroetz, diretor-executivo do
Sindiavipar. As informações partem da assessoria de imprensa do Sindiavipar.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Copyright 2021 – Grupo CMA

Cotação semanal

Dados referentes a semana 08/08/2025

Suíno Independente kg vivo

R$ 8,28

Farelo de soja à vista tonelada

R$ 1.630,00

Casquinha de soja à vista tonelada

R$ 1.400,00

Milho Saca

R$ 69,00
Ver anteriores

Preço base - Integração

Atualizado em: 07/08/2025 09:10

AURORA* - base suíno gordo

R$ 6,60

AURORA* - base suíno leitão

R$ 6,70

Cooperativa Majestade*

R$ 6,60

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 7,00

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 7,00

Alibem - base creche e term.

R$ 5,75

Alibem - base suíno leitão

R$ 6,60

BRF

R$ 7,30

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 6,40

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 6,40

Pamplona* base term.

R$ 6,60

Pamplona* base suíno leitão

R$ 6,70
* mais bonificação de carcaça Ver anteriores

Parceiros da Suinocultura Gaúcha

Parceria