Porto Alegre, 29 de março de 2018 – A Cooperativa Central Aurora Alimentos
torna público que dará férias coletivas à unidade industrial de abate de
processamento de aves de Abelardo Luz (SC) no período de 1 a 30 de junho
deste ano.
A referida planta industrial emprega 1.391 trabalhadores e abate 33,5
milhões de frangos por ano, o que representa 13,4% do abate total da Aurora. A
empresa informa que não está prevista a demissão de trabalhadores.
Em face da complexidade da cadeia produtiva, a partir desta semana, a
empresa começa a adotar os procedimentos para implementar a medida, pois são
necessários cerca de 63 dias para diminuir a geração de ovos férteis, a
produção de pintainhos, o alojamento e o abate, harmonizando essas fases com a
suspensão das atividades da unidade que entrará em férias coletivas.
A medida tornou-se necessária em razão do difícil momento que vive o
setor de produção de proteína animal no Brasil desde agosto do ano passado.
Muitas indústrias avícolas – pertencentes a várias companhias
brasileiras – foram desabilitadas a exportar para a Europa desde o último
bimestre de 2017. No mesmo período, a Rússia, que representava um grande
comprador de produtos cárneos, suspendeu as importações. A conjugação
desses dois episódios produz o efeito de oferta excessiva e deterioração de
preços.
Por outro lado, o suprimento do milho, um dos principais insumos da
avicultura industrial, passa por um período de retenção especulativa, cujo
efeito é o inflacionamento artificial de seu preço. Essa situação agrava as
dificuldades do setor e força as agroindústrias a obter no exterior o milho
para a manutenção dos quase 520 milhões de aves alojadas em todo o País.
Em consequência desse cenário, grande parcela da produção nacional
destinada à exportação acabou permanecendo no mercado doméstico. Nesse
estágio, a capacidade de armazenagem à frio, própria e de terceiros, chega ao
seu limite, tornando-se imperiosa a necessidade de reduzir temporariamente a
produção.
A Aurora Alimentos avaliará e decidirá em junho se haverá necessidade de
colocar uma segunda planta industrial em regime de férias coletivas. Enquanto
isso espera que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e
o Ministério das Relações Exteriores obtenham sucesso na defesa técnica e
política do setor da proteína animal, buscando o restabelecimento dos fluxos
comerciais internacionais tão duramente conquistados pela indústria brasileira
da carne. Com informações da assessoria de imprensa da Cooperativa Central
Aurora Alimentos.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 08/05/2025 09:40