São Paulo, 17 de março de 2017 – A BRF pagou uma viagem ao exterior para
Maria do Rocio Nascimento, chefe do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos
de Origem Animal (Sipoa) no Paraná, e posteriormente foi pressionada a emitir
um recibo falso para evitar que ela perdesse o cargo, segundo despacho com as
decisões referentes à Operação Carne Fraca.
De acordo com o documento, Rocio viajou à Europa entre os dias 3 e 8 de
junho de 2011 com todas as despesas pagas pela BRF para que, em contrapartida,
“fosse aprovado o procedimento de aumento de velocidade de abate de aves por
hora, o que geraria enorme ganho financeiro” à companhia.
Rocio foi alvo de investigação criminal por causa da viagem e, segundo as
investigações, para livrá-la disso, Daniel Gonçalves Filho, fiscal
agropecuário que foi considerado o líder da organização criminosa descoberta
pela Carne Fraca, contatou Roney Nogueira dos Santos, gerente de Relações
Institucionais da empresa BRF.
Em um telefonema, Daniel diz a Roney que a companhia precisava providenciar
um recibo falso em nome de Rocio para parecer que ela mesma havia pago pelas
despesas da viagem, e disse que levaria o assunto a Abílio Diniz, se Roney não
conseguisse solucionar o problema.
O gerente da BRF, por sua vez, telefonou em seguida para Péricles Salazar,
presidente da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), afirmando
que Maria nunca reembolsou a empresa e que a BRF teme ter problemas se fizer o
falso recibo. Não ficou claro na denúncia se houve emissão do documento.
Contatada, a BRF disse que vai se posicionar sobre o assunto posteriormente.
As informações são da agência CMA.
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Atualizado em: 16/05/2024 14:00