Porto Alegre, 6 de setembro de 2021 – O consumo de carne suína tem
crescido de forma contínua e consistente no Brasil, especialmente nos últimos
anos, impulsionado pelas mudanças no mercado, que tornaram o custo-benefício
determinante na hora de selecionar quais produtos vão compor a cesta de
supermercado.
Esse cenário favorável se apoia em diversos fatores, como o aumento na
transferência de renda, que deu mais poder de compra ao público que já
consumia a carne suína, e também na conquista de novos consumidores, que vem
quebrando preconceitos, descobrindo novos cortes e novas maneiras de se consumir
carne suína, preferindo essa proteína pela seu sabor, saudabilidade,
versatilidade, praticidade e todos os benefícios que a Associação Brasileira
dos Criadores de Suínos (ABCS) vem comunicando há cerca de 10 anos.
Liderada pela ABCS, a iniciativa de ir até os consumidores, através do
varejo, não apenas levar informações, mas ouvir suas demandas, tem percorrido
um longo caminho e produzido bons frutos, assim como aponta o crescimento do
consumo per capita no Brasil a partir de levantamento com dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que fechou com recorde, atingindo
16,9 kg em 2020, e hoje já chega a 17,58 kg, um marco histórico para a carne
suína no Brasil.
Dados de mercado também mostram que a carne suína vem conquistando
consumidores de outras proteínas. De acordo com análise feita pela ABCS, desde
2015, o brasileiro mantém a média de cerca de 89 kg per capita de carne
consumidas ao ano, mas tem feito mudanças inteligentes para poder continuar
consumindo proteína com mais frequência a um custo mais acessível. Por isso,
a carne suína aumentou mais de 2,4kg até 2020, enquanto a carne bovina
diminuiu cerca de 3.9 kg per capita.
A expectativa é que em 2021, essa troca se torne ainda mais expressiva
devido às altas de preços do boi e ao momento econômico que o brasileiro vem
passando, o que trouxe oportunidades para mostrar ainda mais as vantagens de
inserir carne suína no dia a dia dos brasileiros.
O técnico de T.I, Felipe Alves, 26, conta que o consumo de carne suína em
sua casa aumentou consideravelmente no último semestre. “Acabamos trocando a
carne bovina por outras proteínas, especialmente a suína e temos gostado da
substituição. A carne suína é igualmente saborosa quando comparada a
qualquer outra carne, com os mais variados tipos de cortes e modos de preparo e
não deixa a desejar em nada.” Ele encara o cenário atual como uma porta de
entrada para a oportunidade de descobrir a carne suína, e declara que esses
hábitos vão continuar se mantendo. “Acho que a carne suína ganhou um
espaço maior e em definitivo no lar dos brasileiros e acabou sendo uma
oportunidade de a carne suína mostrar seu valor e acabar com qualquer
desinformação ou receio que impediam o consumo.”
O presidente da ABCS, Marcelo Lopes, avalia que a carne suína vem ganhando
espaço entre os consumidores, em detrimento de outras proteínas há cerca de
5 anos pela sua vantagem de custo benefício e seu sabor, mas principalmente
pelo trabalho sistêmico de educação que tem sido desenvolvido. “Podemos
considerar esse aumento fruto do árduo trabalho de todo o setor, que vem se
empenhando em produzir carne suína com o máximo de qualidade, aumentando a
produtividade, inovando na apresentação dos cortes, e também trabalhando a
divulgação de informações corretas junto aos consumidores.”
Dentro dessas ações a ABCS vem investindo em campanhas de marketing e
promoção da carne suína, como a Semana Nacional da Carne Suína (SNCS), que
acontece anualmente ao lado das maiores e melhores redes de varejo do país,
crescendo em número de redes, lojas, estados abrangidos, trabalhadores
capacitados e clientes impactados a cada edição. Este ano com a adição de 10
redes de varejo, que entram com 22 bandeiras de supermercados, hipermercados e
hortifrútis, 1.847 lojas presentes em todas as regiões do Brasil, a SNCS
aproveita o tema churrasco, como um gancho para inserir mais ainda a carne
suína na cultura dos brasileiros, mostrando que ela pode preencher a lacuna
para quem quer continuar aproveitando essa atividade com muita qualidade e
sabor.
Além disso, para se aproximar dos pequenos e médios varejistas e dos
públicos C, D e E, a ABCS protagonizou a campanha “Carne de porco: bom de
preço, bom de prato”, que vem atuando em parceria de todas as associações e
frigoríficos contribuintes com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Suinocultura (FNDS), desde o mês de Abril de 2021, e já resultou em quase R$1
milhão em venda de carne suína, com mais de 44 toneladas de carne vendidas em
5 estados e no Distrito Federal.
Além de grandes campanhas, o trabalho do marketing como ferramenta tem
sido fundamental para divulgar a carne suína, criando possibilidades para que o
consumidor possa ver a proteína como um universo de possibilidades, e não só
um prato para ocasiões tradicionalmente especiais. Através da criação do
conceito Escolha Mais Carne Suína, de cartilhas com receitas e de ações
realizadas ao longo de todo o ano, a ABCS e todas as associações que compõe o
Sistema, tem se empenhado em dialogar com nutricionistas, chefs de cozinha,
merendeiras, influenciadores, estudantes de gastronomia, nutrição e
veterinária, e todos os agentes que podem atuar como propagadores dessa ideia.
O estudante Rodrigo Gonçalves, 25, exemplifica essa importância, já que tem
aumentado bastante o consumo de carne suína durante o último ano, não apenas
pelo custo benefício, mas por indicação nutricional. “Na minha dieta
consumo 400 g de proteína diariamente, experimentei o filé mignon suíno pela
primeira vez por indicação do meu nutricionista. Por ter aumentado o consumo
da carne suína descobri mais dois novos cortes, a picanha e a alcatra. Gostei
muito do filé por ser uma carne magra, da picanha pela suculência e da alcatra
pelo sabor.” Ele destaca também que além de novos cortes, descobriu novas
formas de preparo, com destaque para carne suína ao molho e assada com batatas
e mostarda.
Para a diretora de marketing e projetos da ABCS, Lívia Machado, o trabalho
de promoção da carne suína está em agregar valor, criar oportunidades e
conquistar o direito da atenção dos consumidores através da jornada
estratégica que vem sendo trilhada pela ABCS, com apoio do FNDS. “Temos
crescido muito com ações e iniciativas para aumentar o consumo de carne suína
através de um trabalho sistêmico e investimentos de toda a cadeia. Esses
resultados nos mostram que estamos no caminho certo, que a suinocultura
brasileira ainda tem muito a crescer, e aponta também o potencial do conceito
Escolha Mais Carne Suína como uma plataforma de conexão com os consumidores,
que pode impulsionar ainda mais os bons resultados que já temos, assim como em
cases de benchmarking na União Europeia e nos Estados Unidos.” As
informações partem da assessoria de imprensa da ABCS.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 18/07/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,08Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.650,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1,300,00Milho Saca
R$ 65,50Preço base - Integração
Atualizado em: 17/07/2025 09:10