safras

CARNE SUINA: ABCS une cadeia e vence desafios em 2016

26 de dezembro de 2016
Compartilhe

Porto Alegre, 26 de dezembro de 2016 – O ano de 2016 para a Associação
Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) foi marcado pelas adversidades
enfrentadas por todos os elos que compõem a cadeia da suinocultura. Em um
período destacado pela alta do dólar e a escassez de milho no mercado interno,
os produtores acenderam o alerta para o aumento nos custos de produção e as
dificuldades que isto traria para o setor.

Apesar do cenário desafiador, dados da Associação Brasileira de
Proteína Animal (ABPA) registram o crescimento da atividade neste ano, com a
produção chegando a 3,7 milhões de toneladas e a exportação alcançando 720
mil toneladas, apresentando uma elevação de 30% em relação ao registrado no
ano passado. Para 2017, a expectativa é de crescimento de 2% na produção
nacional e elevação de até 5% nas exportações.

Em um ano em que a economia e a política passaram por momentos de
instabilidade, a prioridade foi trabalhar para que soluções estratégicas
trouxessem efetivamente resultados para o setor, o que refletiu no trabalho da
ABCS em 2016. Ao todo foram realizadas 431 ações, 35% a mais do que no ano
passado, distribuídas em produção, indústria, política e marketing em prol
do desenvolvimento do setor, resultado do trabalho desenvolvido em parceria com
o Sebrae Nacional, produtores, associações filiadas, empresas do setor e
indústria por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS).

Política

Os altos custos de produção não refletiram durante o ano na alta no
preço de venda do suíno vivo, uma vez que este valor é regido pela oferta e
demanda da carne suína no mercado interno, deixando o produtor preocupado
durante todo o 2016. Em busca de medidas para lidar com as intempéries, a ABCS
intensificou sua atuação junto à Frente Parlamentar Mista da Suinocultura e
participou de uma Audiência Pública para apresentar as principais demandas do
setor no cenário de crise. Como resultado, conseguiu estabelecer novas regras
para a renegociação dos vencimentos dos custeios e investimentos pecuários
para suínos junto ao Banco do Brasil, e aprovar com a CTNBio a importação de
milho dos Estados Unidos.

De acordo com o diretor executivo da ABCS, Nilo Chaves de Sá, essas
medidas oportunizam maior tranquilidade ao produtor para passar por este
período turbulento e voltar a ter rentabilidade no próximo ano. Além disso, o
consumo interno se manteve estável nos últimos meses e a carne suína fez
parte do dia a dia do brasileiro. ” O mercado interno historicamente consume
cerca de 80% da produção nacional e em 2016 tivemos uma resposta positiva do
consumidor brasileiro, destacando o potencial do nosso produto”, explica de
Sá.

Ações de Marketing

Com a recessão econômica e redução do poder de compra do brasileiro, as
ações de marketing foram fundamentais esse ano para que a carne suína não
perdesse espaço na cesta do consumidor. As ações junto ao varejo foram
intensificadas e houve inovação no trabalho junto aos multiplicadores da área
da saúde. Conquistar um espaço na gastronomia brasileira para expansão da
proteína nesse segmento foi um passo inédito deste ano.

Entre as principais ações, destaca-se o Festival Suíno no Ponto,
realizado em São Paulo. Ao todo, foram 48 casas servindo pratos com carne
suína, com 20% de desconto durante dez dias. O sucesso foi comprovado com
número de vendas: mais de 3,2 mil pratos e a permanência de 15 novos pratos em
cardápios de restaurantes que antes não trabalhavam com a proteína.

Atenta a influência dos chefs brasileiros junto aos consumidores, cada vez
mais interessados no tema, a entidade contou com figuras importantes para
chamar a atenção da versatilidade, da qualidade e do sabor da carne suína,
como o chef e apresentador da emissora SBT, Carlos Bertolazzi. A parceria
resultou na criação da série de vídeos “Escolha + Carne Suína Por Carlos
Bertolazzi”. O chef explorou o sabor de cortes como filé-mignon, copa-lombo,
ossobuco, pernil e lombo – receitas versáteis e que atendem diversos nichos:
leve, churrasco, dia a dia, gourmet e petiscos.

Outro resultado relevante foi a Semana Nacional da Carne Suína (SNCS),
parceria de sucesso consolidada entre ABCS e GPA, que ganhou neste ano a sua
quarta edição. Realizada no mês de setembro, a 4 SNCS inovou com o
treinamento de vendas e campanha educativa, além da realização de 102
oficinas gastronômicas com mais de 2 mil clientes. Com 26% de aumento de
vendas, quando comparado ao mesmo período em 2015, a carne suína provou ser um
bom negócio.

A ABCS também investiu no desenvolvimento de materiais e realização de
ações específicas sobre a saudabilidade da carne suína para estudantes,
nutricionistas, médicos e profissionais de educação física. Em 2016, foram
49 palestras com nutricionistas em 10 estados brasileiros, sendo cinco delas com
a participação do preparador físico Marcio Atalla, além de 300 visitas a
consultórios de nutricionistas e quatro Fóruns Nutricionais realizados em São
Paulo. Juntas, as ações atingiram mais de 8 mil multiplicadores.

Segundo Marcelo Lopes, presidente da ABCS, o trabalho de marketing
desenvolvido ao longo do ano foi importante para o posicionamento da carne
suína como proteína competitiva no mercado brasileiro. “Nossa estratégia tem
sido mostrar ao brasileiro, em diferentes frentes de atuação, o potencial da
carne suína e assim incentivar o seu consumo. Os resultados alcançados, sem
dúvida, são referentes ao esforço que toda cadeia produtiva vem fazendo para
trazer ainda mais sustentabilidade para o nosso setor”, afirma.

Produção e Indústria

A ABCS também dedicou esforços na capacitação e profissionalização
dos produtores e colaboradores de granjas e frigoríficos, que este ano contaram
com os cursos de Bem-Estar Animal (BEA), originados da série de cartilhas
inéditas de BEA desenvolvida em parceria com o Sebrae Nacional e instituições
do setor. As capacitações foram divididas nos módulos granja, transporte e
frigorífico, e totalizaram 35 cursos com quase dois mil participantes nas
principais regiões produtoras do país.

Mapeamento do Suinocultura Brasileira

Fechando com chave de ouro o ano de 2016, a ABCS lançou no mês de
novembro, na cidade de São Paulo, o inédito Mapeamento da Suinocultura
Brasileira.Com objetivo de fortalecer ainda mais a cadeia e mostrar a
representatividade do setor na economia nacional, o estudo apresenta dados
atualizados de plantel, volume produzido, bem como os sistemas e modelos de
produção de Norte a Sul do país. O projeto teve como base entrevistas com
suinocultores, especialistas em produção, associações de classe e
frigoríficos. Segundo os dados levantados, a suinocultura brasileira registrou
em 2015 o Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 62,57 bilhões e gera 126 mil
empregos diretos e mais de 900 mil indiretos.

O material foi produzido pela ABCS, com apoio do Sebrae Nacional, em
parceria com a Markestrat, empresa especializada em estudos de segmentos
agroindustriais. A publicação contou ainda com o apoio da Associação
Brasileira de Proteína Animal (ABPA), da Confederação da Agricultura e
Pecuária do Brasil (CNA), do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar),
do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan) e do
Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) e
apoio institucional da Embrapa e do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA). Também colaborou com o levantamento de dados a
Associação Brasileira das Empresas de Genética de Suínos (Abegs).

O portfólio de ações realizadas ao longo do ano não deixa dúvidas
quanto a efetividade da ABCS para suinocultura. Por meio da colaboração
financeira ao FNDS por parte dos produtores e afiliadas da ABCS, além dos
recursos arrecadados junto às Empresas Amigas e ao Sebrae Nacional, foram
desenvolvidas ações distribuídas em toda a cadeia produtiva, atendendo às
necessidades políticas, de produção, indústria e marketing.

Para o presidente da ABCS, em 2017 a busca da entidade será por resultados
ainda melhores e pelo aperfeiçoamento das atividades. “A caminhada prossegue
em 2017. Atendendo à nossa cadeia, precisamos estar atentos às principais
mudanças na nossa sociedade e no mundo. Isso nos ajuda a moldar nosso produto,
inovar e aplicar novas medidas para oferecer o que o mercado consumidor exige
cotidianamente”, finaliza Marcelo Lopes. As informações partem da assessoria
de imprensa da ABCS.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Copyright 2016 – Grupo CMA

Cotação semanal

Dados referentes a semana 20/06/2025

Suíno Independente kg vivo

R$ 8,43

Farelo de soja à vista tonelada

R$ 1.750,00

Casquinha de soja à vista tonelada

R$ 1.300,00

Milho Saca

R$ 66,25
Ver anteriores

Preço base - Integração

Atualizado em: 26/06/2025 13:30

AURORA* - base suíno gordo

R$ 6,60

AURORA* - base suíno leitão

R$ 6,70

Cooperativa Majestade*

R$ 6,60

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 7,00

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 7,00

Alibem - base creche e term.

R$ 5,75

Alibem - base suíno leitão

R$ 6,60

BRF

R$ 7,30

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 6,40

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 6,40

Pamplona* base term.

R$ 6,60

Pamplona* base suíno leitão

R$ 6,70
* mais bonificação de carcaça Ver anteriores

Parceiros da Suinocultura Gaúcha

Parceria