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CARNE SUINA: Aurora inaugura em Chapecó (SC) maior frigorífico do Brasil

16 de outubro de 2019
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Porto Alegre, 16 de outubro de 2019 – O conglomerado agroindustrial
Cooperativa Central Aurora Alimentos – terceiro grupo nacional do setor de
carnes – inaugurou nesta terça-feira em Chapecó (SC) a maior unidade
industrial de abate e processamento de suínos do Brasil. A solenidade contou
com a presença da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Tereza
Cristina e centenas de lideranças cooperativistas, empresariais e políticas do
Sul do País.

O ato foi presidido pelos diretores Mário Lanznaster (presidente), Neivor
Canton (vice-presidente), Marcos Antônio Zordan (diretor de agropecuária) e
Leomar Luiz Somensi (diretor comercial). Manifestaram-se na ocasião o gerente
da unidade Antônio Wanzuit Júnior, o presidente Lanznaster, o presidente da
Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) Márcio Lopes de Freitas, o
prefeito Luciano Buligon, a vice-governadora Deniela Reinehr e a ministra Tereza
Cristina.

No ato inaugural, o presidente Mário Lanznaster relatou a trajetória da
cooperativa central desde sua fundação em 1969 até sua transformação na
terceira maior empresa de proteína animal do Brasil. Explicou a importância do
sistema integrado de produção que envolve 65 mil famílias rurais, entre elas
3.500 produtores de suínos, 3.600 criadores de aves e 4.500 produtores de
leite. Enalteceu a cooperação com o Sistema S por meio do Sebrae, do Sescoop e
do Senar, e das cooperativas de crédito Sicoob e Sicredi. Observou que os
associados (cooperados) das 11 cooperativas que formam o Sistema Aurora
pertencem à agricultura familiar. “Mas é uma agricultora familiar que produz,
cresce e progride”, esclareceu.

O dirigente expôs que depois de um 2018 repleto de problemas, 2019 se
apresenta como um ano de excelentes resultados para a indústria brasileira da
carne, em razão do sucesso das exportações. Parte desse sucesso se deve a
ocorrência de doenças em outros países. Por isso, Lanznaster pediu à
ministra atenção especial com a sanidade e advertiu para o perigo do
bioterrorismo. Recomendou rigorosa fiscalização especialmente nos aeroportos
para impedir o ingresso de patologias no Brasil. Também pediu a construção da
Rodovia Norte-Sul para o transporte de milho do centro-oeste brasileiro.

O gerente da unidade, Antônio Wanzuit Júnior, depois de realçar todos os
diferenciais da planta – que atende os mais rigorosos requisitos dos principais
mercados mundiais – pediu à ministra agilidade na adequação da legislação
e na aprovação dos projetos para acompanhar a melhoria dos processos e a
evolução tecnológica. “Somente assim nos manteremos viáveis, competitivos e
eficientes”.

INOVAÇÃO

A ministra Tereza Cristina destacou o exemplo da Aurora e a importância da
cooperativa na geração de renda e no desenvolvimento das regiões. Anunciou
uma inovação no sistema de inspeção que dará maior liberdade com
responsabilidade para as indústrias frigoríficas que ficarão sujeitas a
auditoria – um modelo adotado em outros países.

“Nós temos um bom sistema de sanidade hoje, mas o segmento das proteínas
é tão grande no Brasil e exige tanto cuidado que nós vamos construir,
juntos, o melhor sistema sanitário, de credibilidade de inspeção sanitária,
do mundo. E nós vamos dividir isso com vocês, faremos isso em conjunto.
Sabemos que nós não temos pernas, hoje, para atender todo o potencial que o
Brasil tem para fazer alimentos de qualidade, por isso vamos trabalhar em
conjunto. Vocês (indústria) vão fazer e o Ministério vai auditar a qualidade
e dar credibilidade.”

A ministra assinalou que a assistência técnica é a “palavra mágica”
para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro, especialmente para os
pequenos produtores. “Não podemos ter empresas de excelência, que trabalham
com a mais alta tecnologia e ter o pequeno agricultor, aquele assentado, ele
precisa receber essa assistência técnica para ter renda, ter qualidade de
vida, ter dignidade e a liberdade para fazer o que ele quer com a sua
propriedade”, disse.

Para Tereza Cristina, o Brasil tem uma oportunidade de ouro para mostrar a
importância do seu agronegócio para o mundo todo. “Me dá muito orgulho poder
sair do nosso país e ir lá fora e poder contar o que temos de bom. Tem muitos
maus brasileiros que gostam de falar mal do nosso País, mas eu tenho orgulho,
porque estou falando a verdade. Temos problemas, mas temos muito mais sucesso
que fracasso no Brasil”, disse.

Sobre a ferrovia, prometeu levar o pleito ao ministro da Infraestrutura,
Tarcísio Gomes de Freitas, que “está trabalhando para desamarrar esses nós e
receber investimentos externos e internos para que essas obras estruturantes,
tão necessárias para nossa agropecuária e outros segmentos produtivos possam
sair do papel”.

Durante a solenidade, a ministra Tereza Cristina recebeu da diretoria da
Aurora uma réplica da Praça da Cooperação, inaugurada em abril deste ano
para assinalar os 50 anos de fundação da cooperativa. O conjunto é uma
criação dos artistas Xiko Bracht e Digo Cardoso.

INTERNACIONALIZAÇÃO

Tereza Cristina aproveitou a inauguração do Frigorífico da Aurora
Alimentos em Chapecó para assinar acordo de cooperação técnica com o
presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) Márcio Lopes de
Freitas para promover a intercooperação e a internacionalização da
produção de cooperativas brasileiras, no âmbito do Programa Brasil Mais
Cooperativo.

O Ministério se compromete, junto com a OCB, a favorecer a troca de
conhecimento, de experiências e de boas práticas entre cooperativas,
considerando as realidades regionais, e a estimular a formação de redes
produtivas, beneficiadoras e de comercialização. A intercooperação visa
qualificar a gestão de cooperativas em diversas regiões do país, enquanto a
internacionalização trata da abertura de mercados para as cooperativas
brasileiras.

O objetivo é ampliar e mercado não só para as grandes, mas também para
as médias e pequenas cooperativas. “O cooperativismo é um dos melhores
sistemas que eu conheço. É justo, traz igualdade social, enfim, é um sistema
que temos que replicar”, disse a ministra.

Ao final, foi descerrada a placa inaugural e, em seguida, o bispo diocesano
de Chapecó dom Odelir José Magri e o pastor da Igreja O Brasil para Cristo
Altair Boita procederam a benção das instalações.

O MAIOR DO BRASIL

O Frigorífico Aurora Chapecó (FACH 1) recebeu Investimentos da ordem de
R$ 268 milhões que permitiram dobrar sua capacidade de 5.000 para 10.000
cabeças por dia, empregando cerca de 5,5 mil trabalhadores e gerando 221
produtos cárneos.

O FACH 1 é a única indústria brasileira que exporta carne suína in
natura para os Estados Unidos. Também está habilitada para importantes
mercados, como China, Hong Kong, Japão, Coreia do Sul e Chile, totalizando
cerca de 20 países.

A unidade começou a operar em 1992, empregando 432 pessoas para produzir
cortes in natura de carnes suínas. Nesses 27 anos recebeu várias ampliações.
A mais recente consiste nas obras de duplicação que iniciaram em julho de
2018 e foram inauguradas em outubro de 2019.

O total de recursos aplicados no projeto global de ampliação de abates e
industrializados na unidade FACH 1 foi de aproximadamente R$ 268 milhões, sendo
20% de capital próprio e 80% de capital financiado.

O FACH I está organizado nos setores de administração, manutenção,
produção, qualidade e logística. Os investimentos atingiram os setores de
abate e áreas relacionadas (ampliação do abate, sala de cortes, miúdos,
beneficiamento de tripas), industrializados (linguiças frescais, salsichas,
mortadelas e bisteca) e áreas de apoio (estacionamento, restaurante, lagoas de
tratamento, caldeira, sala de máquinas entre outras). As áreas que
concentraram os maiores investimentos foram as linhas de abate e
industrializados.

Em face dos investimentos, o número de trabalhadores diretos da unidade
sobe dos atuais 3.000 para 5.480 empregados diretos.

O incremento de produção se dará nas linhas de produtos já existentes:
cortes congelados, linguiças frescais, salsichas, bisteca e mortadela.

Os principais reflexos se manifestam na duplicação da capacidade
industrial instalada. O abate passa de 5.230 suínos/dia para 10.527
cabeças/dia, com incremento de 101,3%. O processamento mensal cresce na mesma
proporção, de 109.830 suínos para 221.072 animais.

A operacionalização da capacidade ampliada inicia em outubro e atinge sua
plenitude – de 10.527 suínos por dia – no primeiro semestre de 2020. Nesse
estágio, o conglomerado Aurora Alimentos estará abatendo 25.000 cabeças por
dia.

A unidade vem incorporando importantes avanços tecnológicos, como o abate
humanitário com o uso do gás CO2, a robotização da paletização de
industrializados, a automação no processo de embalagem de linguiças frescais
e a automação e robotização no cozimento de mortadela. As informações
partem da assessoria de imprensa da Aurora Alimentos.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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