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CARNE SUINA: Câmara dos Deputados discute medidas contra crise no setor

7 de julho de 2022
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Porto Alegre, 7 de julho de 2022 – A Comissão de Agricultura, Pecuária,
Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) da Câmara dos Deputados promoveu
audiência pública, na última terça-feira (5), para debater possíveis
soluções para reduzir os prejuízos financeiros na suinocultura nacional.

A discussão foi realizada a pedido da deputada Aline Sleutjes (PROS-PR),
duas semanas após a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS)
apresentar à bancada ruralista as dificuldades vivenciadas com o excedente de
carne suína no mercado interno. Em reunião com a Frente, o presidente da ABCS,
Marcelo Lopes, reforçou a necessidade de medidas emergenciais de apoio ao
setor.

De acordo com dados levantados pela ABCS, houve um aumento de 20% na
disponibilidade interna nos últimos cinco anos. O problema começou a se
agravar em 2021, mas em 2022 o cenário ficou ainda pior. Em média, os custos
de janeiro a maio de 2022 subiram 9%, enquanto o preço de venda caiu 32% em
relação ao mesmo período do ano passado.

O conselheiro de mercado da ABCS e presidente da Associação dos Criadores
de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS), Valdecir Folador, explicou na
audiência que o cenário atual prejudica especialmente o produtor independente,
que representa cerca de 25% do setor.

Folador citou os principais pleitos trabalhados pela ABCS nos últimos
meses, que são: aumentar para 50% o limite do custeio pecuário com dois anos
de prazo para pagamento e estender até junho de 2023 a medida publicada em maio
pela Resolução 5.017 do Conselho Monetário Nacional; prorrogação do prazo
de pagamento dos custeios pecuários em um ano e a inclusão da carne suína e
de seus derivados nos Programas Nacionais de Alimentação Escolar.

“Nós sabemos das dificuldades de orçamento e do esforço do governo
para atender a suinocultura, porém é preciso que o MAPA e o Ministério da
Economia compreendam que os limites de enquadramento do suinocultor nas linhas
do Plano Safra, como o PRONAMP, PRONAF e INOVAGRO não representam nossa
realidade. A suinocultura é uma atividade que demanda muito investimento e giro
de capital, por isso precisamos de limites maiores e diferenciados para
conseguirmos contratar o crédito disponibilizado no Plano Safra.”

O chefe da assessoria especial de estudos econômicos do Ministério da
Economia, Rogério Boueri, falou que o governo está disposto a tomar medidas
para ajudar o setor. “No Plano Safra 2022/2023 nós focamos em expandir o
volume de crédito para tentar corresponder ao aumento do custo de
produção”, exemplificou Boueri, ao falar das possíveis soluções para a
crise. “Quando o Plano Safra de fato começar a rodar, vamos avaliar novamente
as sugestões e demandas trazidas aqui e ver quais delas são possíveis de
viabilizar, assim como fizemos com o Plano Safra 2021/2022”, reforçou. As
informações são da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS).

Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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