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CARNE SUINA: China terá necessidade adicional de 11 a 12 milhões de t – BRF

10 de maio de 2019
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Porto Alegre, 10 de maio de 2019 – A BRF disse que a China é extremamente
importante no quesito de carne suína e que a peste africana no qual o país vem
passando gerará um efeito da oferta e demanda da proteína, uma vez que
haverá uma necessidade adicional no país asiático de 11 a 12 milhões de
toneladas de carne.

“O número de cabeças de suínas tem reduzido 20% no ano contra ano,
gerando essa necessidade adicional. Isso é um número relevante que nenhuma
outra proteína poderá suprir. Terá no curto prazo um desequilíbrio de oferta
e demanda e, portanto, uma demanda de adequação”, afirmou o vice-presidente
global da companhia, Lorival Luz, durante teleconferência com analistas.

O executivo explicou que o frango custa 0,6 vezes o suíno. Segundo Luz, o
efeito de substituição de demanda em grande escala depende da renda da
população. “O déficit e o consumo estão na China. A renda per capita lá
hoje é inferior à do Brasil. Isso deve refletir na proteína mais barata por
conta do efeito de renda”.

O vice-presidente global ressaltou que existe um ciclo longo para
produção das matrizes, existe um tempo necessário para chegar no prazo ideal
de abate. “Isso pode levar uns três anos. É possível conseguir alguma coisa
em dois anos, mas suprimento em três anos. O ciclo do frango é mais curto, mas
precisa iniciar o ciclo genético com um prazo de um ano. O ajuste não se
dará pela oferta, vai se adequar pelo nível de preço no cenário atual”.

Por outro lado, Luz alerta sobre a possibilidade de excesso de oferta
futura e, por isso, a companhia analisa com muito cuidado qualquer movimento.
Quando houver a reviravolta na China também haverá impacto na oferta de grãos
e com isso a redução do consumo. A tendência é que se tenha impactado
positivo nos grãos, com a redução de preço por conta da redução da demanda
e oferta”.

“A empresa está atenta e olha isso com grande realismo. Em algum momento
isso se resolverá, pela China revertendo a febre, podendo ser com uma vacina
para conter a disseminação. Isso acontecendo a China volta a ter a produção
e volta o ciclo normal de oferta e demanda”.

Luz deixou claro ainda que os efeitos e as decisões tomadas hoje pela
empresa terão um impacto em dois ou três anos. “Temos que ter em perspectiva
o momento em que a China volta essa situação, por que pode ter excesso de
oferta”.

O executivo explicou que a indústria é cíclica e, por isso, a
necessidade de olhar o futuro com atenção. “A empresa está preparada e
adequada para resolver as necessidades nos mercados diante do desequilibro da
oferta e demanda”.

MERCADO DOMÉSTICO

Em relação ao mercado doméstico, a empresa disse que existe uma curva
sazonal do primeiro trimestre quando o mercado encolhe um pouco. “O movimento
que fizemos diante da menor pressão de estoques e o repasse de preços traz um
primeiro impacto. Mas a boa notícia é que toda a cadeia estava pressionada
pelo movimento de estoque”.

Como houve um movimento de todo o mercado, a empresa conseguiu manter o
market share, enquanto a elasticidade é impactada num primeiro momento, como,
por exemplo, linguiça, salsicha e mortadela.

“Estamos otimistas com relação ao mercado doméstico. Houve uma
acomodação e acreditamos que agora em diante vamos operar acima da curva”.

ESTRATÉGIA

Sobre a estratégia da BRF, tanto o presidente global, Pedro Parente,
quanto Luz afirmaram que a empresa está se preparando para os benefícios no
curto prazo vindo da China que deve acontecer no segundo semestre do ano.

“Estamos preparando os ajustes necessários. Não me preocupa muito o
tempo. A demanda que virá da China vai impactar a todos. Mesmo que assine um
acordo entre Estados Unidos e China e o país chinês elimine todas as barreiras
de importação faltará suíno no México e América Central. Podemos pegar a
venda direta para a china. As empresas vão atender os mercados. Dado o tamanho
do impacto todos serão beneficiados. Isso tem um prazo. Temos que ficar
atento”.

Luz ressaltou que mesmo diante de um cenário positivo, a prioridade é a
desalavancagem e uma geração melhor. “Tudo isso (caixa) será usado para isso
(desalavancagem) e claro que vamos olhar as oportunidades com o foco no Brasil
e o mercado Halal. De forma alguma vamos fugir das nossas prioridades”. Com
informações da assessoria de imprensa da CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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