Porto Alegre, 19 de março de 2021 – Há 5 anos, o consumo de carne suína
per capita no Brasil era de 14,47 kg por pessoa. Hoje, o consumo percorreu um
longo caminho e atingiu a marca de 16,86 kg, segundo dados referentes ao ano
passado e publicados na quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
Muito deste aumento se deve ao espaço que a proteína ganhou no carrinho de
compras dos supermercados durante o último semestre. Segundo uma pesquisa
realizada pela Horus, uma empresa de inteligência de mercado, através das
notas fiscais do varejo, em julho do ano passado a cada 100 compras no
supermercado, uma continha carne suína. Em 2021 este número dobrou e o índice
subiu para duas compras de carne suína a cada 100, caracterizando um aumento
de 80% no período de seis meses.
Outro fator de impacto tem sido o cenário econômico que abre espaço para
que a carne suína se apresente aos consumidores como a opção financeiramente
mais interessante de carne vermelha. A alta da carne bovina vem sendo observada
desde o ano passado e apontada por diversos especialistas que previam que a
medida que o preço da carne bovina subisse, o consumo diminuiria
significativamente, abrindo assim uma grande oportunidade para a proteína
suína se destacar na mesa dos brasileiros. Dados da Horus apontam que a carne
suína ganhou mais espaço até em relação a outros alimentos, como verduras e
legumes.
Essa tendência também já era esperada em decorrência da transferência
de renda executada pelo auxílio emergencial que aumentou consideravelmente o
poder de compra da população menos favorecida que com mais dinheiro no bolso
passou a investir mais na alimentação.
Em 2020, por causa do cenário de pandemia, o volume de itens consumidos
dentro dos domicílios de todas as faixas de renda cresceu 4% em relação a
2019. Entre as classes D e E, o avanço foi o dobro, chegando a 8%, segundo uma
pesquisa da consultoria Kantar. Presunto e apresuntados passaram a ser
consumidos por 8,5 milhões de famílias e outras 4,5 milhões foram às compras
de linguiça. Em média, o gasto com itens da cesta básica (como carnes) entre
beneficiários do auxílio cresceu em 16%.
Esses resultados são comemorados pela Associação Brasileira dos
Criadores de Suínos (ABCS), que encara os números como uma boa notícia. Para
Marcelo Lopes, presidente da Associação, os números refletem o trabalho
desenvolvido pela entidade em promover o consumo de carne suína e em aproveitar
as oportunidades oferecidas pelo mercado. “Comemoramos os resultados pois
trabalhamos todos os dias para alcançá-los. A carne suína se mostra mais uma
vez como a proteína animal que mais cresce no Brasil, e sabemos que ainda tem
muito espaço para crescer.”
A diretora de marketing e projetos, Lívia Machado completa dizendo que
“com uma análise feita em período total de pandemia, fica claro o
comportamento do consumidor em manter e ampliar o consumo das proteínas, e que
mesmo com a alta nas mesmas, ele segue e seguirá comprando.”
Aproveitando o bom momento e essa nova tendência de consumo a ABCS tem
trabalhado na criação de uma campanha de promoção da carne suína que será
realizada a níveis estaduais em parceria com açougues, buscando reforçar mais
ainda a competitividade em relação a preços e benefícios oferecidos e
atingindo um novo público. As informações partem da assessoria de imprensa da
ABCS.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 01/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,12Farelo de soja à vista tonelada
R$ 2.040,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 70,00Preço base - Integração
Atualizado em: 01/11/2024 16:00