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CARNE SUINA: Estratégia e planejamento favorecem crescimento em MG

23 de setembro de 2016
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Porto Alegre, 23 de setembro de 2016 – Em Minas Gerais, 80% dos 1,4 mil
suinocultores atuam de forma independente. Isso faz com que os produtores do
estado precisem investir mais em planejamento de longo prazo para manter a
atividade. Com estoques de milho e fábricas de ração próprias, as granjas de
mineiras trabalham com custos elevados, mas conseguem preços melhores no
momento da venda, quando comparados aos valores praticados no Sul do Brasil. O
diagnóstico é da Expedição Suinocultura que percorreu 2,7 mil quilômetros
pelas regiões de Belo Horizonte e da Zona da Mata mineira.

O projeto é uma iniciativa do Núcleo de Agronegócio Gazeta do Povo e
está na estrada desde o início de agosto. A equipe de técnicos e jornalistas
já visitou os estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná –
principais produtores e exportadores de carne suína do país – e concluiu as
saídas de campo percorrendo as principais regiões produtoras de Minas Gerais.
Além da capital mineira, as regiões de Ponte Nova e Pará de Minas foram
contempladas no último roteiro. Juntos, os quatro estados respondem por 80% da
atividade no Brasil.

Segundo apuração da Expedição Suinocultura, o cenário mineiro é
bastante distinto do encontrado no Sul do Brasil. Enquanto os paranaenses,
catarinenses e gaúchos verticalizam a produção e trabalham de forma
integrada, os mineiros preferem o ciclo completo, mantendo as fases de
berçário, creche, recria e terminação na mesma propriedade. “Em Minas
Gerais, mais da metade da produção vêm dos pequenos produtores, aqueles com
menos de 500 matrizes”, explica o integrante da expedição, Gabriel Azevedo.

Manter o ciclo completo e a independência, no entanto, significa trabalhar
com custos mais altos, principalmente quando o assunto é ração. “Em Minas
Gerais, o gerenciamento e o escoamento da produção são distintos do resto do
país”, destaca Azevedo. Cada propriedade precisa desenvolver uma estratégia
de mercado e negociar insumos em separado. Na maioria das granjas visitadas, a
Expedição Suinocultura encontrou silos cheios e fábricas de ração
próprias. Para reduzir custos, muitos suinocultores optaram por estocar milho
quando a saca custava R$ 30 e para sobreviver ao período de alta, quando os
preços se aproximavam de R$ 60. O plano de ação de longo prazo permitiu,
inclusive, que alguns produtores aumentassem o número de matrizes, mesmo em um
período de dificuldade para o setor nacional. Outro ponto crucial para a
manutenção da atividade em Minas é o preço.

Negociação

A valorização do produto é resultado do trabalho desenvolvido pela
Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Há 35 anos, a
entidade criou e mantém a primeira Bolsa de Suínos do país. Toda
segunda-feira, representantes dos produtores e dos frigoríficos se reúnem em
Belo Horizonte para debater e acordar o valor pago por quilo do suíno vivo no
estado. A eficácia da negociação também é medida semanalmente, por meio da
plataforma Mercominas. “A Asemg faz um levantamento com o atacado, o varejo,
produtores e frigoríficos para verificar se os preços praticados ao longo da
semana respeitaram o acordo fechado na rodada anterior”, explica Azevedo.

Sobre a Expedição Suinocultura 2016

A Expedição Suinocultura é uma iniciativa do Núcleo de Agronegócio
Gazeta do Povo, que detém o know-how e a capilaridade da Expedição Safra,
realizada há dez temporadas. O projeto consiste em um diagnóstico
técnico-jornalístico da cadeia da carne suína no Brasil com roteiros pelos
principais estados produtores: Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e
Minas Gerais. Em sua primeira edição, a Expedição Suinocultura conta com o
apoio técnico e financeiro da Frimesa, do Banco Regional de Desenvolvimento do
Extremo Sul (BRDE), do Banco do Brasil, da Associação Paranaense de
Suinocultores (APS), da Suinosul e da Confraria do Leitão. Com informações da
assessoria de imprensa da Expedição Suinocultura.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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Cotação semanal

Dados referentes a semana 25/10/2024

Suíno Independente kg vivo

R$ 8,91

Farelo de soja à vista tonelada

R$ 2.060,00

Casquinha de soja à vista tonelada

R$ 1.200,00

Milho Saca

R$ 68,75
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Preço base - Integração

Atualizado em: 29/10/2024 16:00

AURORA* - base suíno gordo

R$ 6,35

AURORA* - base suíno leitão

R$ 6,45

Cooperativa Majestade*

R$ 6,35

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 6,35

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 6,45

Alibem - base creche e term.

R$ 5,25

Alibem - base suíno leitão

R$ 6,00

BRF

R$ 5,95

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 6,10

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 6,10

Pamplona* base term.

R$ 6,35

Pamplona* base suíno leitão

R$ 6,45
* mais bonificação de carcaça Ver anteriores

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