Porto Alegre, 20 de abril de 2023 – A retração dos preços pagos ao suinocultor iniciada em
março persiste no mês de abril. Porém, ao contrário do frango e da carne bovina, que
experimentam queda mais acentuada este ano, o preço do suíno ainda supera os patamares do início
de 2022.
As exportações de carne suína in natura têm superado os volumes de 2022 com recorde
histórico para o período. Em relação aos 3 primeiros meses do ano passado, o aumento já acumula
mais de 32 mil toneladas (+15,04%), destacando que o crescimento dos embarques para a China é ainda
mais expressivo, com aumento de quase 23 mil toneladas no período (+28%).
Neste primeiro trimestre a China representou 42,7% dos volumes exportados pelo Brasil, contra
38,3% do mesmo período do ano passado, confirmando uma retomada do crescimento das importações do
gigante asiático. Isoladamente no mês de março/23, a China representou somente 36% dos nossos
embarques, um indicativo de que a busca de novos mercados tem compensado as oscilações da demanda
chinesa.
Ao se analisar a evolução de nossas exportações por destino em comparação com os anos
anteriores, observa-se que o movimento de expansão de novos mercados ocorrido em 2022 não está
acontecendo no primeiro trimestre de 2023, onde somente o Chile aumentou suas compras
significativamente. Entre os países não especificados na referida tabela, estão a Rússia, que
ano passado importou mais de 7 mil toneladas neste período, e a Tailândia que comprou 4 mil. Ambas
somadas neste início de ano não chegam sequer a 1 mil toneladas.
Dados parciais do mês de abril/23 indicam a continuidade do crescimento dos embarques totais de
carne suína in natura, com uma média diária (até dia 14/04/23) de quase 5.500 toneladas
exportadas, contra 4.143 toneladas diárias em março/23 e 4.300 toneladas/dia em abril de 2022.
Com relação aos insumos a CONAB publicou no último dia 13, o sétimo levantamento da safra
2022/23 sem alterações significativas nas projeções de colheita recorde de milho e confirmando a
supersafra de soja em fase final de colheita. Milho e soja apresentam as cotações mais baixas dos
últimos dois anos, sendo que a segunda safra brasileira de milho ainda se encontra em fase de
desenvolvimento. Esta redução dos principais insumos da suinocultura resultou em queda nos custos.
A tão esperada recuperação do preço de venda do suíno, que chegou a se manifestar no mês
de fevereiro ainda não se consolidou. Porém, as exportações em crescimento e as perspectivas de
contínua redução de custo dos insumos ao longo dos próximos meses garantem um cenário bem
melhor que dos últimos dois anos. “A crise foi muito longa e profunda, deixando como sequela o alto
nível de endividamento dos produtores, um mercado doméstico estagnado e juros elevados. Não há a
curto prazo, expectativa de recuperação da saúde financeira do setor. Resta aguardar o
tradicional crescimento da demanda que ocorre com a chegada dos meses mais frios e, dentro do
possível, aproveitar as oportunidades de baixa no mercado de insumos”, explica o presidente da
ABCS, Marcelo Lopes. As informações partem da assessoria de imprensa da ABCS.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 13/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.750,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 66,75Preço base - Integração
Atualizado em: 17/06/2025 09:45