CARNE SUINA: Exportações podem bater recorde em 2017, diz ABCS

Porto Alegre, 9 de maio de 2017 – As exportações brasileiras de carne
suína apresentaram um bom desempenho no primeiro quadrimestre do ano, com
possibilidade de superar o recorde de 733 mil toneladas de 2016, segundo
avaliação do presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos
(ABCS), Marcelo Lopes, divulgada na segunda-feira (8).

O Brasil exportou 198 mil toneladas de carne suína in natura nos primeiros
quatro meses de 2017, 3% acima do registrado no mesmo período no ano passado.

Analistas do Rabobank já afirmaram em relatório neste ano que os
embarques internacionais serão essenciais para o desempenho do setor neste ano,
já que o consumo interno continua prejudicado pela recessão econômica no
país.

No ano passado, a alta nos preços de milho, utilizado para nutrição
animal, prejudicou a agroindústria de carne suína, que enfrentou redução das
margens de lucro diante da alta dos custos.

Neste ano, os custos de nutrição mostram desaceleração com expectativas
de que a safra de milho atinja produção recorde.

A aceleração das exportações de carne suína no início do ano chegou a
elevar os preços do suíno vivo e da carne a valores recordes no mercado
interno em meados de fevereiro. Atualmente, os preços permanecem em mais de 15%
superiores aos verificados no mesmo período do ano passado, embora representem
queda de 20% se comparados a fevereiro deste ano, segundo a ABCS.

“O que se tem observado em 2017 é a manutenção dos preços em
patamares superiores às médias históricas, que usualmente mostram constante
redução de dezembro a maio”, disse Lopes em nota.

“Para os produtores é o momento de recuperar as perdas sofridas no
passado e voltar a investir na constante busca por uma maior eficiência.”

Em dezembro de 2016, Lopes disse em entrevista à CarneTec que esperava que
as margens do setor voltassem aos patamares normais em 2017. As informações
partem do portal CarneTec.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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