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CARNE SUINA: IBGE indica que produção continua crescendo em 2022

24 de agosto de 2022
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Porto Alegre, 24 de agosto de 2022 – O IBGE publicou dados preliminares de abate referentes ao
segundo trimestre de 2022. Apesar da crise, a produção de suínos do Brasil continuou crescendo no
primeiro semestre de 2022. O segundo trimestre teve produção recorde de 1,3 milhão de toneladas
de carcaças, 6,78% a mais que o mesmo período do ano passado e 4,53% superior ao abate do primeiro
trimestre de 2022. Quando se compara os volumes do primeiro semestre de 2022 com o mesmo período do
ano passado o crescimento foi de 6,4%, porém, só foi 1,5% maior que o segundo semestre de 2021.
Mantidas as médias dos 6 primeiros meses para o restante do ano, o país deve fechar 2022 com quase
5,1 milhões de toneladas (4% a mais que 2021).

As exportações de carne suína in natura ainda estão inferiores aos volumes do ano passado. A
China que no ano passado representou mais da metade das exportações, no acumulado de janeiro a
julho de 2022 não chega a 40%, representando uma redução de 127 mil toneladas nos embarques para
o gigante asiático neste período em relação ao ano passado. Com alguns países como Filipinas,
Singapura e Argentina comprando mais, no total a redução do volume embarcado pelo Brasil foi de
apenas 47 mil (-7,94%) toneladas entre janeiro e julho de 2022. Há sinais de aumento das
exportações para os próximos meses com a reação paulatina dos preços do suíno na China. O
mês de agosto, com média diária de embarques acima de 4,8 mil toneladas na primeira quinzena,
deve ultrapassar facilmente a barreira das 90 mil toneladas de carne suína in natura exportada,
marca que não superamos desde setembro de 2021.

No balanço de produção e exportação a disponibilidade interna de carne suína aumentou
consideravelmente em 2022, determinando maior consumo per capita projetado para este ano, que deve
se aproximar dos 20kg por habitante.

Em todos os meses do primeiro semestre de 2022, houve aumento de disponibilidade interna em
relação ao mesmo período de 2021, totalizando um aumento de 195,6 mil toneladas no período
(10,34%). A título de comparação, em todo o ano de 2021, o excedente despejado no mercado interno
em relação ao ano anterior foi de 295 mil toneladas.

Com todo este excedente de oferta, especialmente nos meses de maio e junho, quando a
disponibilidade interna se manteve acima de 360 mil toneladas mensais, era de se esperar
estagnação e até mesmo queda no preço pago ao produtor, porém não foi o que aconteceu, pelo
contrário, desde junho os preços têm reagido em todas as praças e as carcaças em agosto
finalmente ultrapassaram a marca de R$ 10 por quilo. Esta reação dos preços mesmo em meio à
maior oferta de carne suína é um indicativo claro de que a demanda no Brasil voltou a aumentar
consistentemente.

Em função dos custos ainda elevados, esse aumento ainda não permite margens positivas para
todos os produtores, mas demonstra uma tendência de recuperação paulatina do setor,
principalmente porque nos aproximamos do final do ano quando a procura pela carne suína sempre
aumenta.

A colheita da segunda safra de milho se encaminha para o final, e mesmo com volumes recordes de
produção, os preços deste cereal têm se mantido estáveis. As exportações de milho estão a
pleno vapor, puxadas pelo câmbio favorável e pela expectativa de alta demanda externa que oscila
conforme se desenvolve a safra norte-americana, com clima relativamente seco e incerteza quanto ao
volume de quebra que, somado aos problemas da Ucrânia, outro grande exportador, colocam o Brasil
como potencial fornecedor de milho para suprir a demanda eventualmente não atendida pelos demais
exportadores.

Com a crise de oferta e custos do setor desde o início do ano passado esperava-se a redução
da produção de suínos em 2022. Segundo a análise do presidente da ABCS, Marcelo Lopes, “os dados
de abate do primeiro semestre demonstram que esta redução não se materializou, pelo contrário,
houve um aumento da produção e da disponibilidade interna, e mesmo assim, o preço pago ao
produtor está reagindo, mostrando que o consumo de carne suína no Brasil está efetivamente
mudando de patamar. Apesar da boa disponibilidade de milho, não há viés de queda expressiva nos
custos de produção, mas o produtor já vislumbra margens positivas à medida que o fim do ano se
aproxima e as demandas interna e externa da nossa carne suína aumentam”, conclui. Com informações
da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS).

Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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Pamplona* base suíno leitão

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