Suinocultura

Carne suína marca recorde em volume e faturamento no RS

30 de junho de 2020
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O mês de maio encerrou com recorde e resultados positivos nas exportações de carne suína gaúcha. Neste período, o Rio Grande do Sul exportou cerca de 26,2 toneladas de proteína o que representou um faturamento de US$ 66,9 milhões, conforme dados do Agrostat, plataforma disponibilizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa.

Em comparação ao mês de maio de 2019, o Estado gaúcho aumentou suas exportações em 87,4% e o faturamento em 95,7% e bateu o seu recorde dos últimos quatro anos.

O presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul – ACSURS, Valdecir Luis Folador, destaca que o número é bem significativo para a cadeia produtiva. “Comparando com os anos anteriores, ficou muito expressivo e acima. Seguiu o volume nacional”, destaca

Folador diz que esse número se dá por conta do Rio Grande do Sul ser o terceiro maior produtor de carne suína do Brasil e ter diversas plantas habilitadas para a exportação da proteína animal.

Complementa, no entanto, que o aumento de volume exportado se deu por causa do baixo consumo interno. “Com menos consumo no mercado interno, a tendência é que um maior volume seja direcionado para as exportações”, justifica.

Os preços mais altos também favorecem a venda da carne suína para outros países. “É uma forma de ajustar a oferta e a demanda no mercado interno, já que a procura diminuiu, causada pelas medidas que restringem a circulação e a alta taxa de desemprego no país”, explica Folador.

Para os próximos meses, a expectativa é que os números sejam mantidos ou até maiores em comparação a maio.

Assim como no estado gaúcho, o Brasil também teve bons resultados nas exportações da proteína suína. No total, foram exportadas cerca de 100 toneladas de carne suína com o faturamento de US$ 226 milhões.

Sanidade

O Rio Grande do Sul já tem em sua tradição ser um Estado produtor e exportador de diversas proteínas animais e diferentes cereais, ambos reconhecidos pela alta qualidade.

Para os resultados continuarem positivos, Folador destaca que outro fator que deve ser lembrado e praticado pelos suinocultores gaúchos é a sanidade durante toda a produção. “É preciso prezar pela qualidade da carne suína gaúcha. Por conta disso é necessário manter a sanidade do rebanho de suínos. Fator fundamental para continuarmos exportando grandes volumes e mantendo um equilíbrio entre o mercado interno e externo”, frisa.

Preço pago ao produtor

Mesmo que os resultados estejam positivos nas exportações, o 1º vice-presidente da ACSURS, Mauro Antonio Gobbi, acredita que o preço pago pelo quilo do suíno aos suinocultores ainda é baixo.

“Se não fosse todo esse volume exportado, o preço estaria ainda pior para o produtor de suínos, já que o consumo no mercado interno reduziu. Apesar disso, ficamos um pouco indignados porque quem está exportando está ganhando dinheiro. Mas nós suinocultores independentes, estamos vendendo suínos para o mercado interno abaixo do custo de produção. Logo após o Coronavírus o suíno baixou 20% e os custos subiram 20%”, ressalta Gobbi.

Cotação semanal

Dados referentes a semana 05/07/2024

Suíno Independente kg vivo

R$ 7,25

Farelo de soja à vista tonelada

R$ 2.170,00

Casquinha de soja à vista tonelada

R$ 1.300,00

Milho Saca

R$ 64,00
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Preço base - Integração

Atualizado em: 05/07/2024 14:00

AURORA* - base suíno gordo

R$ 5,55

AURORA* - base suíno leitão

R$ 5,65

Cooperativa Majestade*

R$ 5,55

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 5,50

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 5,65

Alibem - base creche e term.

R$ 4,70

Alibem - base suíno leitão

R$ 5,55

BRF

R$ 5,35

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 4,52

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 5,60

JBS

R$ 5,30

Pamplona* base term.

R$ 5,55

Pamplona* base suíno leitão

R$ 5,65
* mais bonificação de carcaça Ver anteriores

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