Porto Alegre, 13 de janeiro de 2022 – Durante passagem por Chapecó para
acompanhar os problemas ocasionados pela estiagem, a ministra da Agricultura,
Tereza Cristina, recebeu do presidente da Associação Catarinense de Criadores
de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, uma pauta de demandas da
suinocultura.
A atividade, que é um dos setores mais importantes da economia de Santa
Catarina, está atravessando por dificuldades, uma vez que o custo de produção
está muito além da margem de lucro. A situação se agrava para os produtores
independentes, que arcam com todas as despesas na produção.
Conforme levantamento feito pela ACCS, em 2021 o suinocultor teve uma perda
aproximada de R$ 110 por animal comercializado. “Solicitamos que o Governo
Federal repactue as dívidas dos suinocultores e coloque à disposição uma
linha de crédito específica de retenção de matrizes para que possamos
atravessar esse momento de dificuldade. Precisamos de alternativas urgentes para
que a produção de carne suína volte a ter viabilidade”, enfatiza o
presidente da ACCS, Losivanio Luiz de Lorenzi.
A ministra garantiu que vai levar os pleitos da entidade para a cúpula
econômica do governo Jair Bolsonaro. “Os suinocultores catarinenses fazem um
trabalho formidável pelo nosso país. Sabemos das dificuldades que estão
atravessando. Nós viemos ouvir as reivindicações, levar adiante para o
governo e em breve apresentar alternativas do que pode ser feito. Queremos que
vocês tenham condições de produzir, gerar renda e aumentar seus negócios”,
ressalta Tereza Cristina.
PLEITOS APRESENTADOS PELA ACCS
– Uma linha de Crédito Especial para o Produtor Independente (sem
integração), com prazo de 15 anos, carência de 2 anos e com taxa de juros
subsidiada, assim como a concessão de limite de crédito de 2,5 milhões de
reais por beneficiário;
– Repactuação das dívidas de Custeio e Investimentos já contratados, com
menor taxa de Juros e Prazos mais longos;
– Compra de Carne Suína para serem fornecidos em Programas Federais como o
Bolsa Família, fornecimento nas refeições dos Presídios, fornecimento na
merenda escolar das escolas, etc. O problema da suinocultura hoje é a super
oferta de suínos no mercado, sendo que se diminuir a oferta a carne tem espaço
para subir, pois a carne bovina está com preços bem elevados;
– Disponibilidade de Milho da Conab a preços mais acessíveis para o produtor
independente (sem integração), sem a exigência da Declaração de Aptidão ao
Pronaf – DAP, para poder diminuir os custos atuais que hoje estão em torno de
R$ 8,00/kg e o preço recebido gira em torno de R$ 4,50/kg.
As informações partem da assessoria de imprensa da ACCS.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 19/12/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,59Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.930,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.000,00Milho Saca
R$ 68,50Preço base - Integração
Atualizado em: 19/12/2025 08:45