Porto Alegre, 31 de julho de 2019 – As crescentes pressões de doenças
estão desafiando o mercado global. Especificamente, a febre suína africana
(ASF) continua a ameaçar o mercado global de suínos, não apenas causando uma
queda na produção dos países asiáticos, mas também adicionando incerteza ao
comércio e às perspectivas de produção em outras partes do mundo, segundo
informações de relatório trimestral divulgado pelo Rabobank.
Enquanto os preços da carne suína da China começaram a subir, as
respostas de produção no resto do mundo parecem cautelosas. Outros fatores,
incluindo o manejo da doença e o clima, estão dificultando a produção na
Europa e no Brasil. A retomada das negociações comerciais sino-americanas é
um avanço positivo, implicando uma chance para a China rever as tarifas sobre
as importações de carne suína dos EUA.
China
As perdas do rebanho de suínos por peste suína africana continuam a se
espalhar na China, com novos casos relatados principalmente no sul do país. Os
preços do suíno vivo finalmente estão subindo, indicando uma oferta restrita.
Enquanto os preços da carne fresca estão em movimento, os grandes estoques de
carne congelada continuam a pressionar os preços. As importações de carne
suína em maio aumentaram substancialmente, com mais embarques esperados para o
segundo semestre de 2019.
Estados Unidos
O Rabobank projeta que os Estados Unidos terão um crescimento contínuo da
produção no segundo semestre de 2019, que deve chegar a 5,5%, impulsionada
por um grande plantel e pela melhoria na produtividade. Enquanto as
exportações de carne suína estão avançando, devido ao melhor acesso dos
concorrentes aos principais destinos, a resolução dos termos comerciais com o
México e o Canadá deve impulsionar os negócios, assim como a retomada das
negociações comerciais com a China está sendo positiva. A escassez de
mão-de-obra continua sendo uma restrição importante no segundo semestre de
2019.
Europa
A produção ainda não está respondendo ao preço. A peste suína
africana na Europa Oriental continua pressionando, desestimulando a expansão. O
calor do verão está desacelerando o crescimento da produção, contribuindo
para melhores preços de mercado. As exportações aumentaram na maioria dos
Estados membros, impulsionadas principalmente pela demanda mais forte da China.
Brasil
As exportações do Brasil estão aumentando, impulsionadas pela demanda
chinesa e russa, embora os produtores de suínos continuem céticos a respeito
de avaliar se isso representa um retorno estrutural ao crescimento. Os preços
domésticos da carne suína estão subindo, já que as exportações estão
superando o crescimento da produção. De acordo com o Rabobank, se o consumo
interno melhorar no segundo semestre de 2019, poderá haver um suporte adicional
aos preços. As informações partem do Rabobank.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 15/08/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,57Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.665,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.400,00Milho Saca
R$ 68,75Preço base - Integração
Atualizado em: 19/08/2025 08:45