Porto Alegre, 12 de fevereiro de 2015 – Aconteceu, na última quinta-feira
(5), a primeira reunião da Câmara Técnica (Camatec) que vai discutir e
negociar os parâmetros de produção entre integrados do Rio Grande do Sul e a
integradora JBS. “É um novo formato de negociação”, explica o presidente
da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS), Valdecir
Luis Folador.
De acordo com o dirigente, a Camatec foi criada para serem discutidos
pontos não convergentes entre integrado e integradora e provém do Projeto de
Lei 6459/2013, que ainda aguarda aprovação. A Lei de Integração, como é
chamada, prevê que cada integradora e os produtores a ela integrados devem
constituir uma Comissão de Acompanhamento e Desenvolvimento da Integração e
de Solução de Controvérsias (Cadisc).
Formam a Cadisc, neste caso, os produtores integrados Jandir Pilotto,
Edenilson Daltoé, José Carlos Alban, Mário Rosado, Marco Schommer e Renato
Tecchio; o gerente de Fomento Suínos da JBS, Marcelo Pedretti, e o assistente
técnico Rangel Hertzog da Cunha. A empresa integradora contará com a
participação de um terceiro técnico, que não pode comparecer ao encontro.
As discussões da Camatec também terão o acompanhamento da Associação
Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), através do diretor executivo da
entidade, médico-veterinário Nilo de Sá. “É muito boa a iniciativa da JBS
junto à associação, que aceitou dar início às Camatecs mesmo que ainda não
exista a obrigatoriedade através de Lei”, ressalta Folador.
O primeiro encontro da Cadisc ocorreu na sede da ACSURS. A segunda reunião
da Camatec está prevista para acontecer em março, com data a ser definida. Os
temas a serem tratados serão a configuração atual da planilha de custos de
produção e a abertura da planilha que a JBS utiliza para o parâmetro de
remuneração aos integrados.
Temas abordados
A Lei de Integração prevê que a Cadisc, através de reunião da Câmara
Técnica, faça a elaboração de estudos e análises econômicas, sociais e
tecnológicas das cadeias produtivas ou de segmentos das cadeias; acompanhe e
avalie os padrões mínimos de qualidade exigidos para os insumos recebidos
pelos integrados e a evolução dos parâmetros de qualidade dos produtos
requeridos pela integradora; estabeleça o sistema de acompanhamento e
avaliação do cumprimento dos encargos e obrigações pelos contratantes;
promova estudos e avaliações dos aspectos jurídicos, sociais, econômicos,
sanitários e ambientais do contrato de integração; formule o Plano de
Modernização Tecnológica da Integração, estabelecendo o prazo necessário
para sua implantação e definindo a participação dos integrados e da
integradora no financiamento dos bens e ações previstas; sirva de fórum para
a conciliação e solução das controvérsias entre os produtores integrados e
a agroindústria integradora. Com informações da assessoria de comunicação
da ACSURS.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 17/06/2025 09:45