Porto Alegre, 10 de dezembro de 2018 – Grande produtor de carnes, Santa
Catarina amplia sua presença internacional e já responde por mais da metade
das exportações nacionais de carne suína. Em novembro, de toda carne suína
exportada pelo Brasil, 56% tiveram origem no estado. A preferência
internacional pelo produto catarinense é explicada pela excelência sanitária
dos rebanhos e pela atenção especial dada à sanidade agropecuária em Santa
Catarina.
Único estado brasileiro livre de febre aftosa sem vacinação, Santa
Catarina construiu uma imagem internacional e conquistou o acesso aos mercados
mais competitivos do mundo. “O agronegócio de Santa Catarina está muito
conectado com o mercado global. Os mercados internacionais dão preferência aos
produtos catarinenses pela qualidade, segurança sanitária e organização da
cadeia produtiva. Hoje, Santa Catarina consegue atender contratos em qualquer
lugar do mundo”, ressalta o secretário da Agricultura e da Pesca, Airton
Spies.
Em novembro, Santa Catarina embarcou 32,1 mil toneladas de carne suína –
um aumento de 61% em relação ao mesmo mês de 2017. O faturamento com as
exportações chegou a US$ 58,2 milhões – 33,6% de crescimento. Os valores
representam 56% da quantidade e do valor obtido nas exportações nacionais de
carne suína.
O incremento nas exportações catarinenses pode ser explicado porque
grande parte dos compradores aumentou o volume importado em novembro. A China
– maior importador da carne suína produzida no estado – adquiriu 9,6 mil
toneladas do produto, 295,5% a mais do que em novembro de 2017. O mesmo
aconteceu com o Chile, Hong Kong, Argentina e Angola, por exemplo.
Acumulado do ano
Maior produtor nacional de carne suína, Santa Catarina já exportou um
terço da produção esperada para 2018. De janeiro a novembro, foram 297 mil
toneladas exportadas, com uma receita de US$ 554,2 milhões. O estado já
responde por 51,2% do total exportado pelo país em 2018.
A China vem se consolidando como o principal destino da carne suína
catarinense. Ao longo do ano foram 104,8 mil toneladas enviadas ao país
asiático – um aumento de 188,5% em relação ao mesmo período de 2017. Os
embarques para o país asiático representam um faturamento de US$ 200,5
milhões – 36,2% das receitas oriundas das exportações catarinenses do
produto em 2018.
De acordo com o engenheiro agrônomo do Centro de Socioeconomia e
Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), Alexandre Giehl, as perspectivas são
bastante positivas para o próximo ano, tanto em função do fim do embargo
russo, quanto pela possibilidade de aumento ainda mais significativo das
importações chinesas.
Competitividade
A sanidade agropecuária se tornou o grande diferencial de Santa Catarina.
Com um déficit no abastecimento de grãos de quatro milhões de toneladas por
ano, o estado se mantém competitivo pela excelência sanitária dos seus
rebanhos.
“Nós perdemos competitividade ao trazer milho de longe para abastecer
nossa cadeia produtiva de carnes, o que aumenta os custos da produção, porém
pela qualidade e garantias sanitárias nós temos a preferência do mercado
internacional. Santa Catarina conquistou o acesso aos mercados Premium como
Japão, Estados Unidos e Coreia do Sul”, destaca Airton Spies.
Os números foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior e analisados pelo Centro de Socioeconomia e
Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa). As informações partem da assessoria de
imprensa da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 05/06/2025 09:30