Porto Alegre, 1 de junho de 2016 – A Associação Catarinense de Criadores
de Suínos (ACCS) trabalha diuturnamente para aliviar a crise no setor, que
amarga os altos custos de produção e a baixa remuneração pelo quilo do
suíno. Durante a semana, o presidente Losivanio Luiz de Lorenzi encaminhou um
ofício para as principais lideranças políticas solicitando uma audiência com
o Ministro da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, e com
o Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
O objetivo do encontro com o ministro é reivindicar, mais uma vez, a
isenção do Pis/Cofins na importação do milho dos países do Mercosul, além
da remoção de mais cereal através da Companhia Nacional de Abastecimento
(Conab) – benefícios garantidos pela ex-ministra Kátia Abreu em audiência com
lideranças políticas catarinenses no dia 6 de abril, mas que até o momento
não foram cumpridos.
Na época, foi assegurado que os suinocultores poderiam ampliar a
aquisição do milho subsidiado de seis toneladas para 15 toneladas. Contudo,
conforme o documento da ACCS, além da medida não se tornar realidade, os
produtores encontram diversas dificuldades para fazer o cadastro na Conab para
adquirir as seis toneladas.
Outro compromisso assumido pela ex-ministra e que centenas de suinocultores
aguardam com grande expectativa é a ampliação da linha de crédito para
retenção de matrizes de 1,2 milhão para 2,4 milhões e que os animais sirvam
como garantia do financiamento.
Pedido ao governo de SC
A ACCS solicita que o Governo de Santa Catarina permaneça com a alíquota
de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em 6% por pelo
menos mais 60 dias. A medida visa garantir mais competitividade à proteína
catarinense perante os estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso, que
estarão com o imposto reduzido até 2017.
Crise anunciada
O presidente da ACCS já havia alertado em 2015 que este ano seria de
dificuldades para os suinocultores por conta do crescimento desordenado da
produção. “Agora estão todos querendo que a ACCS faça um milagre para
resolver o problema. O produtor precisa participar das atividades da entidade,
não apenas nos momentos de crises”, analisa Losivanio.
Trabalho diuturno
Para buscar alternativas em benefício da classe, a ACCS esteve em 2016
três vezes na Casa Civil, duas vezes no Ministério da Agricultura, participou
de uma audiência pública no Senado Federal, além de realizar diversas
reuniões com os deputados estaduais e com representantes do Governo do Estado.
“Nós não conseguimos nada de concreto devido a situação política que
o país enfrenta. A ACCS consegue abrir os caminhos com as lideranças
políticas, mas por conta do atual cenário de crise nacional, a entidade não
consegue levar o que é prometido nas audiências. Não somos omissos e somos a
única entidade do setor que está trabalhando em prol do setor com tanta
ênfase”, ressalta o presidente.
Aquisição de milho do Paraguai
No decorrer da semana passada, o presidente da ACCS esteve no Paraguai para
conhecer algumas regiões produtoras de milho e negociar a compra do cereal
através da Cooperativa Agroindustrial dos Suinocultores Catarinenses (Coasc).
“Ainda estamos acertando algumas burocracias, mas acredito que a partir de 20
de junho a gente consiga importar milho pela cooperativa, que será
comercializado aos nossos associados”, afirma Losivanio.
Oferta de milho deve melhorar
O presidente da ACCS diz que recebe a ligação de várias trades para
vender milho. “Isso mostra que nós temos um bom estoque de milho no país.
Precisamos ter cautela e acredito que em meados de junho o milho seja vendido
abaixo dos R$ 45,00. Dependendo do volume que a gente conseguir importar do
Paraguai, Argentina e dos Estados Unidos com a isenção do Pis/Cofins, a gente
vai conseguir ter o cereal abaixo dos R$ 40,00”. As informações partem da
assessoria de imprensa da ACCS.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
Copyright 2016 – Grupo CMA
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 28/11/2024 10:30