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CARNES: Abate de bovinos cai e de frangos é recorde no 1o trimestre – IBGE

8 de junho de 2021
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Porto Alegre, 8 de junho de 2021 – O abate de bovinos no 1o trimestre de
2021 foi de 6,56 milhões de cabeças, o menor resultado desde o 1o trimestre de
2009. Esse índice representa uma queda de 10,6% em comparação ao 1o
trimestre de 2020, e de 10,9% contra o 4o tri de 2020, de acordo com dados do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mato Grosso continua
liderando o abate de bovinos, com 15,7% da participação nacional, seguido por
Mato Grosso do Sul (11,7%) e São Paulo (10,2%).

Os dados são da Estatística da Produção Pecuária, divulgada hoje (8)
pelo IBGE, que também mostra que foram abatidas 1,57 bilhão de cabeças de
frango, um novo recorde na série histórica iniciada em 1997. A pesquisa
registra que o abate de suínos foi de 12,62 milhões de cabeças no 1o
trimestre de 2021, o melhor resultado para este período desde o início da
série. “Houve uma continuidade da tendência observada em 2020: queda no abate
de bovinos e crescimento de suínos e frangos”, explica o supervisor da
pesquisa, Bernardo Viscardi.

Santa Catarina continua liderando o abate de suínos, com 28,9% da
participação nacional, seguido por Paraná (20,3%) e Rio Grande do Sul
(17,5%). Já o Paraná lidera amplamente o abate de frangos, com 33,1% da
participação nacional, seguido por Rio Grande Sul (13,9%) e Santa Catarina
(13,3%).

No que diz respeito ao abate de bovinos, o 1o trimestre de 2021 também
seguiu a mesma tendência de 2020 em relação ao abate de fêmeas, cujo total
para este período foi o menor desde 2003: 2,41 milhões de animais. “Ao mesmo
tempo, os preços médios da arroba bovina e do bezerro atingiram valores
máximos nas respectivas séries”, ressalva Viscardi. Mesmo com a queda, a
exportação segue aquecida, já que a Secretaria de Comércio Exterior (Secex)
do Ministério da Economia registrou o terceiro maior volume de carne bovina in
natura exportada para o período, com recorde para um mês de março (133,82 mil
toneladas).

No abate de suínos, que apresentou aumento de 5,7% em relação ao mesmo
período de 2020 e de 0,6% na comparação com o 4o trimestre de 2020, além do
recorde para um 1o trimestre, o mês de março atingiu a maior marca de um mês
da história da pesquisa. Viscardi explica que, além da exportação aquecida,
os preços do animal vivo e da carne suína no mercado interno sofreram
desvalorização ao longo do trimestre, aumentando sua competitividade em
relação às demais proteínas. “Nesse aspecto, há influência da restrição
orçamentária dos consumidores e das medidas restritivas adotadas para conter
a pandemia de Covid-19”, afirma o pesquisador.

A mesma explicação se aplica ao frango, cujo abate no 1o trimestre de
2021 foi 3,3% maior em relação ao mesmo período de 2020 e de 0,7% maior na
comparação com o 4o trimestre de 2020. “Como o desempenho das exportações
da carne de frango permaneceu em patamares apenas razoáveis nesse trimestre,
podemos considerar que boa parte desse aumento foi destinado ao consumo
interno”, diz Viscardi, lembrando que o preço da carne de frango é mais
favorável à grande parcela da população na comparação com as outras
proteínas concorrentes, principalmente a carne bovina.

Aquisição de leite e produção de ovos batem novos recordes

De acordo com a pesquisa, a aquisição do leite cru foi de 6,56 bilhões
de litros, um aumento de 1,8% em relação ao 1o trimestre de 2020, e redução
de 3,5% em comparação com o trimestre imediatamente anterior, período em que
regularmente há queda de produção em relação ao 4o tri de cada ano. Apesar
disso, o resultado representa a maior captação de leite acumulada em um 1o
trimestre, superando o recorde anterior, de 2020.

Já a produção de ovos de galinha foi de 978,25 milhões de dúzias, 0,3%
maior que o apurado no 1o trimestre de 2020 e 1,3% menor que o registrado no
trimestre imediatamente anterior. “Apesar da queda em relação ao último
período, o resultado foi recorde para um 1 trimestre”, aponta Viscardi.
Embora o setor continue sendo impactado pela alta dos custos de produção, a
demanda seguiu aquecida pelo preço acessível do ovo frente a outras
proteínas.

Na Pesquisa Trimestral do Couro, os curtumes declararam ter recebido 7,07
milhões de peças de couro no 1o trimestre, o que representa reduções de 6,6%
em relação ao adquirido no 1o trimestre de 2020 e de 8% contra o 4o trimestre
de 2020. Foi a menor obtenção de peças para o período desde 2002. Com
informações da assessoria de imprensa da IBGE.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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