safras

CARNES: ABCS acompanha caso de Peste Suína Africana na República Dominicana

5 de agosto de 2021
Compartilhe

Porto Alegre, 5 de agosto de 2021 – A última semana tem sido de atenção
após a confirmação de focos de Peste Suína Africana (PSA) em rebanhos de
suínos nas províncias de Sanchez Ramirez e Montecristi, localizadas na
República Dominicana, no último dia 28 de julho. A notícia ligou o alerta de
países produtores de toda a América, entre eles o Brasil, que se destaca como
o quarto maior produtor mundial e é reconhecido pela Organização Mundial de
Saúde Animal (OIE) como livre da doença desde 1984.

A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) vem acompanhando
a questão junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(MAPA), órgãos estaduais de Defesa Agropecuária e setor privado da
suinocultura, que têm desenvolvido e reforçado ações que evitem o ingresso
da PSA no Brasil.

O Caso de PSA na República Dominicana foi relatado e confirmado pelo
Serviço Veterinário Oficial (Ministério da Agricultura da República
Dominicana) após resultados de testes realizados pelo Laboratório de
diagnósticos de doenças em animais (USDA – Plum Island), e sendo avaliadas
389 amostras coletadas de suínos referentes a criações de subsistência.
Atualmente o país possui um rebanho de aproximadamente 1.8 milhão de suínos,
sendo que as províncias afetadas possuem 19.600 animais, onde foram confirmadas
até o momento 273 casos da doença em criações não tecnificadas, com um
total de 842 suínos sacrificados.
Após a confirmação do diagnóstico para PSA, o Governo Dominicano, por
meio de seu Ministério, acionou o Comitê Nacional de Emergência para Doenças
Exóticas de Animais Domésticos, que instaurou algumas ações imediatas como
forma de garantir a produção nacional de suínos. Sendo algumas delas:
01 – Proibição de trânsito (entrada e saída) de suínos vivos e abatidos
nas províncias afetadas;
02 – Estabelecimento estratégico de pontos de controle em ambas as
províncias com o apoio dos militares, visando a ampliação da vigilância e
estabelecimento de barreiras;
03 – Realização de investigações epidemiológicas.
04 – Outra medida que está sendo discutida é a instauração de um fundo
para custear as ações de emergência sanitária na região.

No entanto, essa semana a situação se agravou, com relatos de ocorrência
da PSA pelas autoridades, que detectaram a presença da doença em 11
províncias da República Dominicana, e com suspeitas também no Haiti. No
entanto, ainda não oficializado perante a OIE. E com isso aumentando as
ameaças de disseminação no país e ao Brasil, requerendo que todos os países
das américas estejam alertas a presença detecção da PSA na República
Dominicana. Vale reforçar que o vírus da Peste Suína Clássica está presente
na República Dominicana e a vacinação é praticada há mais 20 anos.

Atualização Brasil

Assim que houve a confirmação da doença nas Américas, no dia 29 de julho, em
uma reunião em conjunto com o setor, o MAPA reforçou que a PSA entrará no
Plano Integrado de Vigilância de Doenças de Suínos, que redefinirá os
componentes do sistema como vigilância sorológica baseada em risco,
inspeções em estabelecimentos de criação, investigação dos casos
suspeitos, inspeção em abatedouros e vigilância sorológica em suínos
asselvajados. Essas ações são em prol do compromisso em manter e melhorar a
vigilância dessa importante doença, visando proteger a suinocultura nacional.

O presidente da ABCS, Marcelo Lopes, alerta para que todos os produtores e
demais profissionais ligados à suinocultura redobrem as medidas de
biosseguridade nas granjas, e mantenham a vigilância quanto aos sinais
clínicos suspeitos da doença. Com isso, enfatiza para que as granjas e as
agroindústrias realizem treinamentos de todas as equipes. Para Lopes,
“precisamos estar atentos e, sob qualquer suspeita, entrar em contato com o
SVO mais próximo para rapidamente atuarmos”. Ainda, solicita que os
produtores busquem evitar a entrada de visitantes e redobrem as barreiras
físicas (cercas) nas granjas quanto ao risco de adentrar suídeos asselvajados.

A diretora da ABCS, Charli Ludtke, falou sobre a importância de buscar
informações sobre a doença: “A ABCS disponibiliza uma série de materiais
técnicos digitais que podem ser replicados nas capacitações em granjas e
indústrias. Temos excelentes materiais disponíveis, elaborados pelo Serviço
Veterinário Oficial e pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA),
de forma a unir esforços para resguardar o rebanho nacional”, explica.

PSA e as medidas de prevenção

A Peste Suína Africana (PSA) é uma doença viral fatal dos suínos, que
acomete tanto os domésticos como suídeos asselvajados, sem predileção por
idade, sexo, raça ou tipo de exploração econômica. É uma doença altamente
contagiosa que não tem vacina e nem tratamento, e pode gerar graves problemas
no rebanho e grandes perdas econômicas.

A prevenção para a introdução da PSA em países livres da doença
depende da adoção de medidas de biosseguridade para evitar a introdução do
vírus, ou de produtos infectados nas zonas livres.

Dentre as medidas de biosseguridade em granjas, temos:
* Evitar visitas nas unidades de produção, pois todo o visitante pode ser um
risco a introdução de patógenos, e, caso haja visitas, realizar o vazio
sanitário e todas as demais medidas de biosseguridade recomendadas pela unidade
de produção
* Isolamento e quarentena dos suínos importados.
* Evitar a entrada de pessoas recém-chegadas ao país (pelo menos 72 horas).
* Descarte apropriado de restos de alimentos oriundos de áreas infectadas
(incineração ou esterilização).
* Nos criatórios não tecnificados, em hipótese alguma deve-se usar resíduos
proveniente de aterros sanitários. Restos de comida de restaurantes, ou mesmo
domésticos, também devem ser evitados, especialmente se não forem submetidos
a cozimento.
* Barreiras físicas impedindo a entrada de outros animais (cães, gatos,
animais silvestres e asselvajados e outros) no perímetro da granja, bem como
insetos e roedores nos galpões.
* Controle de moscas e carrapatos.
* Desinfetar e controlar a entrada de equipamentos, implementos, materiais e
suprimentos, na entrada da granja.
* Realizar capacitações orientando os funcionários e a implementação de
medidas de biosseguridade na granja.

São medidas que devem ser reforçadas para viajantes:
* Reforço na inspeção de bagagens de passageiros com intuito de verificar a
vinda de alimentos e outros materiais, não autorizados que podem ser potenciais
veiculadores desta doença, atividade onde se insere o emprego dos cães
detectores do MAPA.
* Proibição da entrada de carne (in natura ou industrializada) no país por
meio das bagagens;
* Fiscalização do descarte adequado de resíduos alimentares provenientes de
bordo de aeronaves comerciais e navios, quando procedentes de países infectados
por essa doença.
* Descarte de forma correta, roupas e calçados usados durante as visitas
internacionais, pois mesmo a lavagem não garante que os acessórios fiquem
livres dos patógenos.

Estados Unidos

Os Estados Unidos também tomaram medidas de prevenção para evitar que a
doença ultrapasse fronteiras e adentre outros territórios. Em decorrência
disso, a entrada de suínos e produtos derivados de suínos da República
Dominicana está atualmente proibida em decorrência das restrições existentes
contra a PSC. Outra linha de ação é através do Departamento de Segurança
Interna e Proteção de Fronteiras (CBP), que está aumentando as inspeções de
voos da República Dominicana para garantir que os viajantes não tragam
produtos proibidos (de origem animal) para os Estados Unidos. A CBP também
garantirá que os restos de comida de bordo desses aviões sejam descartados de
maneira adequada para evitar a transmissão da PSA. As informações partem da
assessoria de imprensa da ABCS.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Copyright 2021 – Grupo CMA

Cotação semanal

Dados referentes a semana 19/04/2024

Suíno Independente kg vivo

R$ 6,04

Farelo de soja à vista tonelada

R$ 1.950,00

Casquinha de soja à vista tonelada

R$ 950,00

Milho Saca

R$ 58,00
Ver anteriores

Preço base - Integração

Atualizado em: 25/04/2024 14:00

AURORA* - base suíno gordo

R$ 5,40

AURORA* - base suíno leitão

R$ 5,50

Cooperativa Majestade*

R$ 5,30

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 5,40

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 5,50

Alibem - base creche e term.

R$ 4,40

Alibem - base suíno leitão

R$ 5,25

BRF

R$ 5,35

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 4,40

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 5,45

JBS

R$ 5,30

Pamplona* base term.

R$ 5,30

Pamplona* base suíno leitão

R$ 5,40
* mais bonificação de carcaça Ver anteriores

Parceiros da Suinocultura Gaúcha

Parceria