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CARNES: ABCS debate papel da política agrícola no crescimento do Brasil

20 de maio de 2021
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Porto Alegre, 20 de maio de 2021 – Durante a segunda edição do Seminário
de Mercado de Grãos, “caminhos para a redução nos custo de produção”
que ocorreu de forma online na última terça-feira (18), a Associação
Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) debateu o papel da política
agrícola no crescimento e na sustentabilidade da agropecuária brasileira ao
lado do Subsecretário do Ministério da Agropecuária, Pecuária e
Abastecimento (MAPA), José Angelo, e do Presidente da Câmara Setorial de
Crédito, Seguro e Comercialização do MAPA, Fernando Pimentel.

O Seminário foi conduzido pelos consultores da ABCS, Ana Paula Cenci e
Iuri Pinheiro Machado. Para contextualizar, Iuri explicou que: “Até pouco
tempo atrás a suinocultura esperava o crédito disponibilizado pelo Plano
Safra, sempre pleiteando juros baixos e prazos longos nas diferentes linhas de
crédito subvencionado. Mas hoje, em função de várias mudanças na economia e
do próprio governo, o cenário é diferente.” Sendo assim, os palestrantes
trouxeram as visões das instituições, analisaram o cenário atual e trouxeram
também alternativas para o segmento do agronegócio.

José Angelo abriu o painel falando sobre crédito privado para o
agronegócio, mas antes se preocupou em explicar a visão do MAPA no assunto,
que segundo ele são: desenvolver os mercados financeiros para o setor,
racionalizar o apoio e a presença do Estado no agronegócio, fomentar a
profissionalização, governança e sustentabilidade entre os produtores,
aumentar o funding para o agro, assim como a atividade econômica e a
arrecadação. Ele fez também uma análise no mercado de crédito para as
atividades empresariais, que para ele é caro, engessado e possui mercado de
capitais ainda iniciante, o que acarreta num excesso de controle, burocracia e
conservadorismo. Para Angelo, o que falta para o agro ter um mercado de
crédito a sua altura é: “Facilidade para operar com liberdade, simplicidade
e baixo custo. Risco quantificável, transparência e segurança jurídica.”

Em seguida, Fernando Pimentel assumiu para falar sobre o setor de grãos e
explicar o porquê a maioria das políticas públicas se direciona a esse meio.
“Hoje no Brasil mais de 50% dos recursos que chegam para a produção
agrícola não vem de bancos e fundos, pois o Brasil tem pouco seguro rural.
Menos de 12% da nossa área cultivada possui seguro rural, diferente de outros
países na América e na Europa.” Ele conta que o Estado vem trabalhando há
muito tempo no sentido de dar condições para a iniciativa privada, abrindo
espaço para financiadores e criando alternativas para trazer o mercado de
capitais e dos bancos para a agricultura e para o agronegócio. “Essa é uma
forte tendência. Algumas leis e legislações têm dado passos importantes
nesse sentido. O Estado Brasileiro quer descentralizar o crédito, pois ele não
tem recurso para carregar todo o crédito rural.

Os segmentos da economia agrícola vão ter que buscar as suas soluções,
e vocês enquanto suinocultura independente podem começar a olhar as estruturas
possíveis, começando a construir soluções financeiras alternativas, sendo
proativos e pensando em estruturas coletivas de captação de fundos. Tem que
começar a pelo menos ter outra alternativa ao auxílio estatal. O agronegócio
é atrativo, foi um segmento que reagiu bem a pandemia, a resiliência do agro
chama a atenção do mercado financeiro de capitais.”

Para concluir, ele explicou também o papel das legaltechs e das fintechs
como possíveis alternativas, e enumerou aspectos importantes para atuar no
mercado regulado, como o financeiro e de capitais. “É preciso construir uma
cultura de negócio, tem que ter governança, gestão de risco, credibilidade e
padronização e automação de processos e assessoria jurídica
especializada.” As informações partem da assessoria de imprensa da ABCS.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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