Porto Alegre, 3 de maio de 20199 – A Associação Brasileira de
Frigoríficos (ABRAFRIGO) está solicitando a Ministra da Agricultura, Tereza
Cristina, o cancelamento da teleconferência marcada para o próximo dia 6 com
representantes do governo chinês, e que daria sequência a negociação para a
habilitação de novas plantas de frigoríficos para exportar carne bovina para
aquele mercado.
Segundo a entidade, é preciso se esclarecer o surgimento de uma nova
exigência de que as plantas já sejam exportadores para a União Europeia para
que sejam habilitadas. “A entidade reafirma a sua absoluta confiança na
Ministra, bem como em todo o corpo técnico do Ministério da Agricultura, mas
entende que o equívoco que está sendo cometido pela Secretaria de Relações
Internacionais (SRI) não pode e nem deve seguir adiante”, diz Péricles
Salazar, Presidente Executivo da ABRAFRIGO. A exigência não consta no
protocolo assinando há quatro anos entre o governo chinês e o governo
brasileiro e que estabeleceu os parâmetros técnicos e sanitários para a
habilitação e também não há nenhum documento oficial chinês exigindo isso.
“Não se pode admitir que a Secretaria de Relações Internacionais (SRI)
do MAPA, devido a um simples telefonema, mude toda uma negociação que se
arrasta há meses”, argumenta Péricles Salazar, Presidente Executivo da
ABRAFRIGO.
“Com essa exigência a concentração da exportação para o mercado
chinês será espantosa. A JBS que hoje já é responsável por 75% das vendas
de carne bovina para a China vai passar a responder por 80%”, acrescenta o
Presidente da ABRAFRIGO. Segundo ele, com esta medida a SRI está reeditando a
política de “campeões nacionais” adotada nos governos Lula e Dilma e há
pelo menos quatro anos a União Europeia não faz novas habilitações de
frigoríficos brasileiros e há 15 anos não promove extensão territorial dos
estados exportadores.
“Então nós acreditamos que isso não é parâmetro para se afirmar que
os que exportam para a Europa sejam melhores ou piores do que os demais. Essa
linha de conduta fere frontalmente o protocolo técnico e sanitário vigente e
este assunto está sendo acompanhado pelo setor industrial pelos produtores
rurais, políticos e representantes dos estados produtores que vão ficar de
fora injustamente, diante do novo critério estabelecido em última hora pela
SRI”, explicou o dirigente. Com informações da assessoria de imprensa da
ABRAFRIGO.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 15/05/2025 09:30