Porto Alegre, 13 de junho de 2019 – Dez dias após a suspensão das
exportações de carne bovina para a China, o Ministério de Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou a autorização para o retorno das
vendas nesta quinta-feira (13). Para o Instituto Mato-Grossense da Carne (IMAC),
a rápida atuação do governo foi essencial para evitar a suspensão de outros
mercados e o rápido retorno da China às compras.
A China é segundo maior comprador da carne bovina de Mato Grosso e comprou
o equivalente a US$ 50 milhões este ano. Juntamente com Hong Kong representam
26% do mercado internacional da carne do Estado e a demanda por proteína é
crescente em decorrência da peste suína que atingem o continente asiático.
O presidente do IMAC, Guilherme Linares Nolasco, explica que a iniciativa
do Mapa em suspender a exportação foi essencial devido a um protocolo
bilateral entre os países. “Parar as exportações naquele momento foi uma
ação legalmente necessária e dá credibilidade e segurança jurídica para a
relação comercial. A rápida atuação do Ministério nos garantiu o retorno
ao mercado e as vendas devem ser regularizadas em breve”.
Uma vez restabelecida a relação comercial, a expectativa do IMAC é que o
processo de habilitação de novas plantas frigoríficas para exportação seja
retomado. “Volta a ser prioridade o credenciamento de novas indústrias para
atender a demanda chinesa pela nossa carne”, afirma Guilherme Nolasco.
Confira a nota oficial do Mapa:
A China vai retomar as importações de carne bovina do Brasil que estavam
suspensas desde o dia 3 de junho, por conta da notificação de caso atípico de
Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), detectado em Mato Grosso.
A China é o único país, entre os importadores do Brasil, que tem
protocolo sanitário que exige a suspensão temporária das importações de
carne quando detectado caso atípico de EEB. A ministra da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, recebeu a notícia da reabertura do
mercado chinês nesta madrugada. A ministra reafirmou que vai continuar
negociando um novo protocolo com as autoridades sanitárias chinesas.
A doença foi constatada em uma vaca de corte, com idade de 17 anos. Todo o
material de risco específico para EEB foi removido do animal durante o abate
de emergência e incinerado no próprio matadouro. Outros produtos derivados do
animal foram identificados, localizados e apreendidos preventivamente, não
havendo ingresso de nenhum produto na cadeia alimentar humana ou de ruminantes.
Não havia, portanto, risco para a população.
A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) encerrou no último dia
três, o pedido de informações complementares do Brasil sobre o caso, o que
mostrou que não há risco sanitário. As exportações de carne bovina
continuaram normalmente para os demais países. Com informações da assessoria
de imprensa do IMAC.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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