Porto Alegre, 19 de outubro de 2018 – Desde que foi notificada, no último
dia 27 de agosto, sobre a existência de um foco de peste suína no distrito de
Mulungu, em Forquilha, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará
(Adagri) vem tomando as medidas e adotando os procedimentos apropriados,
colocando todo o seu efetivo técnico para tratar do caso.
Segundo o presidente da Adagri, Jaime Jr, foi dado todo apoio logístico
para as medidas que a situação requer. “Logo que tomamos conhecimento da
denúncia, reunimos toda a direção e determinamos prioridade total para o
caso. Nomeei nosso diretor de Sanidade Animal, dr. Amorim Sobreira, para
coordenar as operações do plano de contingência.
Quando as provas laboratoriais demonstraram a existência da peste suína
clássica, cerca de 20 técnicos passaram a trabalhar diretamente no local,
fazendo inspeções, colhendo amostras e fornecendo orientação aos produtores
da área abrangida pela doença. Foram montadas barreiras sanitárias no
perímetro, e passaram por vigilância todas as propriedades que ficaram dentro
do raio de três quilômetros a partir do foco de infecção.
Segundo Amorim Sobreira, a principal preocupação é com o trânsito
desses animais, para que o vírus não se propague. “Apesar de não ser uma
zoonose, isto é, não acarretar problemas para a saúde de humanos, o vírus
causa alta mortalidade entre os suínos, principalmente na população mais
jovem”, disse. Nas propriedades infectadas, todos os animais, mesmo os que
não apresentam sintomas, são sacrificados.
Além dos 20 técnicos em serviço no local, toda a área administrativa da
Adagri está envolvida para dar suporte às ações. O Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) tem dado suporte, tanto com
recursos humanos como financeiros. As visitas de inspeção, que incluem as
feiras livres, ajudaram a detectar outros focos, que já foram confirmados: mais
um em Forquilha, outro em Groaíras e também em Santa Quitéria.
A principal dificuldade, segundo Sobreira, é a característica dos
produtores, que tratam porcos para sua própria subsistência ou pequena venda e
não tomam as devidas medidas de biosseguridade. “Nenhuma das propriedades
infectadas, por exemplo, tinha cadastro na Adagri como produtora de suíno”,
afirmou.
Além das ações locais, várias medidas de educação em saúde foram
tomadas, como entrevistas para rádio, TV e jornal, alertando sobre o problema e
orientando produtores a procurar a Adagri em caso de suspeita da doença. Para
isso, foi disponibilizado um canal, por meio de telefone: 0800-280-0410. Além
disso foram realizadas duas grandes reuniões. Uma delas, no dia 11 de outubro,
houve videoconferência com sala de situação em Brasília para o alinhamento
de ações entre o Mapa, a Adagri e a Secretaria da Agricultura, Pesca e
Aquicultura (Seapa).
O titular da Seapa, Euvaldo Bringel, deu todo apoio às ações,
acompanhando in loco o trabalho das equipes. “É importante que cada prefeito
ou secretário esteja atento a qualquer ocorrência em sua cidade. Se for
detectado algum sintoma devem entrar em contato imediatamente com a Adagri. É
importante também que os gestores apoiem na logística dessa ação. Diante do
trabalho que está sendo feito o Ceará tem total capacidade de sustar esse
vírus”, garantiu Euvaldo Bringel.
Os proprietários de granjas tecnificadas de suínos (que cumprem as normas
de biosseguridade, a fim de prevenir doenças no plantel) participaram de um
encontro promovido pela Adagri, Seapa e Mapa, no último dia 15/10, no
auditório da sede da Secretaria Federal de Agricultura, em Fortaleza. Receberam
as informações atualizadas e se colocaram à disposição para ajudar a
debelar os focos da peste. Com informações da assessoria de imprensa da
Adagri.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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