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CARNES: ALA divulga carta com recomendações sobre Influenza Aviária

23 de setembro de 2015
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Porto Alegre, 23 de setembro de 2015 – A Associação Latino-americana de
Avicultura (ALA) divulgou hoje a Carta de Guayaquil, com uma posição
consolidada e uma série de recomendações que busca unificar as ações dos
países do continente latino-americano na luta e prevenção aos focos de
Influenza Aviária de alta patogenicidade.

A carta, elaborada a partir de debate iniciado junto à ALA pela
Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) durante o Congresso
Latino-americano de Avicultura (realizado na primeira quinzena de setembro, no
Equador), aborda questões relacionadas à Biosseguridade, Programas de Análise
de Risco, Vigilância Epidemiológica Ativa e Passiva e a Quarentena Sanitária
para visitantes das granjas.

A carta trata também da consolidação de programas nacionais de
regionalização e compartimentação e da criação de fundos de indenização.
“Os fundos de emergência são fundamentais para estimular os produtores a
notificarem as ocorrências. No caso do Brasil, a maioria dos estados produtores
já contam com fundos deste tipo. De outra parte, o estabelecimento de
compartimentos e a regionalização da produção permitem um rastreamento mais
preciso do sistema produtivo, tornando mais efetivo o combate a eventuais
focos”, destaca Ariel Mendes, Diretor de Produção da ABPA.

Um dos pontos mais importantes do documento é a criação de um grupo de
trabalho latino-americano, com o objetivo de construir uma estratégia
continental de contingência para a garantia de abastecimento de material
genético. O grupo é formado por representantes de quatro regiões
geográficas do continente: o México, a América Central e Caribe, a Região
Andina e os países do Mercosul.

“A construção de alternativas para o fornecimento de material genético
para os produtores é uma questão de segurança produtiva, em especial, para
os países que não contam com casas genéticas”, destaca o
presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra.

Durante o último encontro da ALA também foi criado um grupo de trabalho
do Mercosul, com o objetivo de estabelecer um plano estratégico comum para os
países da região. O grupo tem reunião programada para outubro, em Montevideo
(Uruguai). Acompanhe abaixo as informações da Carta de Guayaquil, divulgada
pela assessoria de imprensa da ABPA.

COMITÉ TÉCNICO CIENTIFICO (CTC)
ASSOCIAÇÃO LATINOAMERICANA DE AVICULTURA (ALA)
CARTA DE GUAYAQUIL
8 de setembro de 2015

Frente ao inexorável e preocupante avanço da Influenza Aviária de Alta
Patogenicidade na América do Norte e no mundo, e frente ao grave risco de um
possível desabastecimento mundial dos planteis de linhagens genéticas leves e
semi-pesadas de poedeiras e das linhas genéticas pesadas para produção
industrial de carne de frango e perus em âmbito global, o Comitê Técnico
Científico (CTC) da Associação Latinoamericana de Avicultura (ALA) faz as
seguintes recomendações aos produtores avícolas, à comunidade científica e
aos serviços veterinários oficiais dos países da América Latina:

1- Biosseguridade: proceder e ajudar a estabelecer uma metodologia para
auditorias com o objetivo de avaliar com critérios imparciais os objetivos e
sua forma de medição para qualificar os níveis de Biosseguridade das empresas
avícolas;

2- Programas de Análise de Risco: É de vital importância que o setor privado
avícola, em coordenação com os serviços veterinários oficiais de cada
país, leve a cabo estudos de Análise de Risco, contando com o apoio, se
necessário, de especialistas da APHIS/USDA, da OIE e de organismo como IICA,
OIRSA e OPS.

3- Vigilância Epidemiológica Ativa e Passiva: Cada país, através dos
Serviços Veterinários Oficiais, deverá implementar um programa de vigilância
epidemiológica ativa e passiva em aves comerciais, de fundo de quintal
(caipiras) e em aves silvestres migratórias em corredores de vôo e em zonas
úmidas.

4- Quarentena Sanitária para Pessoal de Serviço em trânsito nas Granjas:
Estabelecer o número de dias de quarentena de vazio sanitário para o pessoal
técnico de serviço externo que visitam as granjas. Os membros do CTC
propuseram: 5 dias de quarentena, de acordo com o lugar de precedência do
visitante (se país livre de IA, país com vacinação, país com focos, etc.).

5- Regionalização e Compartimentação: Avançar na implementação dos
conceitos e ações de Regionalização e Compartimentação, assim como em
documentos de entendimento entre os países da região que permitam seu uso,
principalmente para as exportações e importações de material genético (ovo
fértil, pintinhos e pintinhas de três dias). Anteriormente, serão
acompanhados da harmonização da legislação e da equivalência de exames de
diagnóstico oficial.

6- Indenização: Avançar em cada país para a necessidade de assegurar as
indenizações de perdas potenciais aos avicultores por danos causados por focos
de Influenza Aviária, especialmente, para estimular a notificação imediata
em caso de ocorrências de focos. Dar prioridade para que as associações de
avicultores de cada país criem com máxima brevidade possível seus próprios
fundos econômicos de reserva, o qual poderá ser complementado com prováveis
aportes realizados pelos governos dos países da América Latina. Estes fundos
devem contar com regras claras para o uso dos mesmos.

7- Grupo de Trabalho Eletrônico para um Plano de Contingência para o Seguro e
o Abastecimento de Material Genético: integrar um grupo eletrônico de trabalho
para estruturar um Plano de Contingência para o Seguro e o Abastecimento de
material genético, composto por um representante de cada uma das quatro
regiões geográficas (México, América Central e Caribe, Região Andina e
Mercosul) do CTC da ALA.

Miguel A. Márquez
Coordinador del CTC/ALA

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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