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CARNES: Aurora amplia exportação para compensar queda de consumo interno

16 de agosto de 2016
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Porto Alegre, 16 de agosto de 2016 – A elevação dos custos de produção
e a queda no consumo doméstico impulsionaram a Cooperativa Central Aurora
Alimentos – terceiro grupo brasileiro da indústria alimentícia da carne –
a intensificar as operações no mercado externo.

No primeiro semestre deste ano, as exportações de carnes de aves e carnes
suínas da Aurora cresceram 36,7% em receitas, atingindo 1 bilhão 137,7
milhões de reais, contra 831,8 milhões do mesmo período do ano passado,
informa o presidente Mário Lanznaster.

Os volumes embarcados foram de 166.134 toneladas de produtos cárneos o que
equivale a uma média de 27.689 toneladas/mês.

Os produtos suínos incluíram pernil, paleta, lombo, carré, barriga,
cartilagem e costela, tendo como principais mercados Hong Kong, Rússia, Angola,
Américas, Cingapura, Eurásia, China e Estados Unidos. Os principais produtos
de aves exportados foram perna inteira desossada, meio peito, asa, pés, coxa,
moela, pele e cartilagem. Os maiores compradores foram Japão, China, Hong Kong,
África do Sul, Rússia, Chile, Europa, Cingapura e Oriente Médio.

O gerente geral de exportação Dilvo Casagranda expõe que o expressivo
crescimento das exportações da Aurora em 2016 está pautado na consolidação
da unidade de suínos de Joaçaba (SC) como exportadora, assim como no
direcionamento da produção da unidade de aves de Mandaguari (PR) para o
mercado externo. Além disso, foi otimizado o potencial exportador das demais
plantas industriais.

Apesar da evolução, as margens são pequenas. As dificuldades enfrentadas
em todo o primeiro semestre com o escoamento da produção no mercado
doméstico, direcionou esforços de todos os exportadores brasileiros, gerando
recordes de embarques, tanto em aves como em suínos. Esse imenso volume de
oferta comprometeu preços e rentabilidade da agroindústria.

A variação cambial, que foi positiva para o exportador no ano de 2015,
seguiu a rota contrária em 2016, com queda do dólar em relação ao real em
mais de 20%. Não foi possível a recuperação de preços em dólar/tonelada
embarcada por dois motivos: os mercados importadores limitaram-se aos volumes
habituais de compra e a oferta abundante pressionou para baixo a formação de
preços.

Casagranda mostra que é lenta e penosa a penetração da carne suína
brasileira nos novos mercados do Japão e Estados Unidas em razão de tratar-se
de um comércio consolidado por muitos anos de relações entre importadores e
exportadores. “Será necessário tempo e persistência para o Brasil
conquistar uma fatia nestes mercados”.

A China foi a grande surpresa, pois, devido a situação interna de
produção, atuou como importante importador de carne suína no primeiro
semestre. A expectativa é de que mantenha esse comportamento no segundo
semestre. O setor também aguarda a abertura de Coréia do Sul e México, como
resultado de intensas tratativas diplomáticas e governamentais.

AVES

O primeiro semestre foi totalmente dedicado à busca de todas as
possibilidades de negócios, a fim de escoar a grande produção brasileira de
aves.

O mau desempenho exigiu a diminuição pontual da produção e a
paralisação parcial e temporária de algumas indústrias – inclusive a
Aurora – medida que trará impacto no segundo semestre. A estratégia é
reduzir em 7% a produção de carne de aves, esperando equilibrar a oferta com a
atual demanda.

“Como terceira empresa brasileira de exportação de carne suína e de
aves, a Aurora também busca se adequar à realidade de mercado, aguardando que
os custos de produção retornem a sua média histórica e o cenário econômico
tenha melhoras efetivas, injetando ânimo, credibilidade emprego e renda para
todos,” expõe o presidente Lanznaster.

AURORA

A Cooperativa Central Aurora Alimentos obteve, em 2015, uma receita
operacional bruta da ordem de 7,7 bilhões de reais, resultado 12% superior ao
ano anterior. O resultado líquido do exercício foi de 246 milhões de reais ou
3,5% da receita global. As vendas no mercado interno responderam por 76% da
receita bruta (ou 5,8 bilhões de reais) e as exportações representaram 24% do
faturamento (ou 1,8 bilhão de reais). A Aurora tem capacidade de abate de 18
mil suínos por dia.

Em 2015, abateu e processou 4,5 milhões de suínos, um crescimento de 8,6%
em relação ao ano anterior. Sete unidades industriais contribuíram para esse
resultado: Chapecó, São Miguel do Oeste, São Gabriel do Oeste, Joaçaba,
Sarandi, Chapecó II e Erechim. Com capacidade de abate de quase 1 milhão de
aves por dia, a Aurora Alimentos ampliou em 8,3% o processamento de frango no
ano passado. As oito plantas receberam e processaram, no conjunto, 233,2
milhões de aves nas unidades avícolas de Maravilha, Quilombo, Erechim I,
Abelardo Luz, Guatambu, Xaxim, Mandaguari e Mais Frango (essa, arrendada). As
informações partem da assessoria de imprensa da Cooperativa Central Aurora
Alimentos.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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