Porto Alegre, 5 de abril de 2023 – Referência mundial na exportação de proteína animal, o
Brasil avança na conquista de novos mercados internacionais, mas também tem grande potencial para
melhorar o acesso comercial a países que já são consumidores. O presidente da Associação
Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, discutiu sobre como ganhar esses espaços,
biosseguridade e projeções para a avicultura nacional, durante o primeiro bloco do 23o Simpósio
Brasil Sul de Avicultura (SBSA), nesta terça-feira (4).
Santin salientou o momento desafiador para a avicultura mundial com a intensificação da
influenza aviária. “O Brasil continua livre da influenza aviária, enquanto todos os países
vizinhos têm. A biosseguridade e o trabalho que nossos veterinários têm feito junto das empresas
e do governo manteve nossos plantéis longe dessa doença. Temos que celebrar isso, pois é uma
vitória do Brasil não ter nenhum caso de influenza aviária. E caso a doença chegue aqui, nós
também já estamos preparados para segregar e erradicar o foco”.
Diante deste cenário sanitário global turbulento, o presidente da ABPA salientou que na
condição de livre de influenza, o Brasil deve aproveitar seu status para implementar novos acordos
comerciais. O país é o maior exportador mundial de carne de frango e o segundo maior produtor, com
35% do market share, e as projeções do setor mostram que é possível avançar.
“Não significa necessariamente abrir mercados novos, mas ganhar mais espaço. A India, por
exemplo, impõe taxas de importação de 100% sobre produtos de frango e de 30% sobre frangos
inteiros. Essas são barreiras difíceis e se um acordo fosse realizado para reduzir essas taxas,
poderia nos dar mais acesso a esse mercado, embora ele já esteja aberto”, disse.
O consumo de alimentos só aumenta e as expectativas do mundo estão voltadas para o Brasil.
Segundo dados apresentados pelo palestrante, enquanto países como Canadá, Estados Unidos e
Austrália têm projeções de aumentar a produção de alimentos para atender a demanda global em
9% e 10%, no Brasil esse índice sobe para 41%.
A carne de frango e os ovos, inclusive, apresentaram o maior aumento de consumo de proteína
animal no mundo, entre 2010 e 2022. Somente no ano passado, as exportações brasileiras da
proteína totalizaram 4,8 milhões de toneladas, conforme dados da ABPA, volume recorde que superou
em 4,6% o total exportado nos doze meses de 2021. Entre os principais destinos estão a China, os
Emirados Árabes Unidos, as Filipinas, a União Europeia e a Coreia do Sul. As informações são da
assessoria de imprensa do Simpósio Brasil Sul de Avicultura, que é promovido pelo Núcleo Oeste de
Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet).
Revisão:Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 17/06/2025 09:45