Porto Alegre, 19 de janeiro de 2016 – A segunda etapa de vacinação
contra a febre aftosa de 2015 alcançou o índice de 95,13%, quando são
imunizados apenas os bovinos e bubalinos com até 24 meses, mesmo com os
problemas enfrentados pela falta de chuva no território baiano. Foram vacinados
3.294.676 dos 3.463.267 animais vacináveis, que garantem a sanidade dos
10.783.715 bovídeos existentes, apresentando um crescimento de 3% no rebanho
total em um ano.
Entre as regiões que obtiveram melhores índices estão as de Salvador
(99,02%), que contempla os municípios de Candeias, Camaçari, Simões Filho,
Lauro de Freitas, Dias D’Ávila, Mata de São João, São Sebastião do Passé;
Itapetinga (98,43%); Irecê (98,20%); Teixeira de Freitas (97,22%) e Itaberaba
(96,83%), esta que sofreu com intensas queimadas devido à seca.
Os dados obtidos do confronto de informações entre as declarações
dos criadores e os relatórios das revendas de vacinas são de responsabilidade
da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), órgão vinculado à
Secretaria Estadual da Agricultura (Seagri), e “refletem o comprometimento dos
produtores para com o desenvolvimento sustentável da pecuária baiana, que tem
a sanidade animal como base para o desenvolvimento atividade”, destaca o
secretário da Agricultura, Vitor Bonfim, ressaltando que a pecuária continua
contribuindo fortemente com o Produto Interno Bruto (PIB). “Apesar das
dificuldades econômicas enfrentadas pelos setores produtivos do País, a
agropecuária vem respondendo satisfatoriamente com estabilidade do setor e na
manutenção de emprego e da renda”, completa.
O diretor de Defesa Sanitária Animal, Rui Leal, esclarece que, com o
índice acima do exigido de 90%, atrelado ao sistema de atendimento às
doenças, vigilância epidemiológica, fiscalização e informatização de
dados consolidados, a Bahia mantém o status de livre da Febre Aftosa com
Vacinação. “Em maio o nosso Estado completa 15 anos deste reconhecimento
internacional fornecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e a
ADAB continua trabalhando, por meio de políticas públicas, para cumprir com o
compromisso firmado junto à ministra da Agricultura, Kátia Abreu, para que
todos os países do continente Americano erradiquem a doença até 2020,
conforme consta no Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa
(Phefa)”, diz Leal. O impacto negativo de uma enfermidade como a febre aftosa
em um país como o Brasil é em torno de US$ 7 bilhões/ano.
Superando a seca
Mesmo com o período de estiagem, a campanha de vacinação contra a
febre aftosa não precisou ser prorrogada, na tentativa de auxiliar os criadores
na imunização, como fizeram alguns estados do nordeste também afetados pela
seca.
O coordenador do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da
Febre Aftosa, Antônio Lemos Maia, explica que, desde 2011, quando a escassez de
chuva teve início em mais de 200 municípios baianos, a ADAB promoveu uma
intensa reestruturação estratégica de vacinação e monitoramento dos
rebanhos localizados em regiões decretadas em Estado de Emergência com o
objetivo de diminuir os efeitos da seca e manter o índice vacinal acima de 90%.
“Além dos prejuízos econômicos dos criadores, uma série de problemas,
como a restrição alimentar dos animais, os baixos índices de chuvas,
desnutrição do rebanho e os altos custos de insumos, poderiam comprometer a
imunização contra a aftosa”, explica Maia.
Para o diretor-geral da Agência, Oziel Oliveira, a intenção é sempre
de salvaguardar a pecuária baiana, garantindo as condições necessárias para
que o criador pudesse cumprir com o seu papel sem prejuízos econômicos.
“Agradeço a sensibilidade dos governos Federal e Estadual perante a
situação de emergência vivida pelos produtores dos municípios afetados pela
seca, bem como a todos os servidores da ADAB que, direta ou indiretamente,
trabalharam com empenho e compromisso para a manutenção do Status de Livre de
Febre Aftosa com Vacinação”, agradece o diretor-geral.
Contudo, o rebanho existente baiano aumentou mais de 250 mil cabeças em
seis meses (maio a novembro), passando de 10.494.203 para 10.783.415 bovídeos,
e de 3% no rebanho total em um ano (novembro/14 a 2015). Os três municípios
com maior rebanho estão na coordenadoria regional de Teixeira de Freitas, no
extremo sul baiano: Itamaraju (183.962), Guaratinga (152.763) e Itanhém
(149.940). E por região, os maiores rebanhos estão no Extremo Sul e no Oeste:
as coordenadorias regionais de Teixeira de Freitas, Santa Maria da Vitória e
Barreiras, que unindo estas duas deixa a região Oeste com o maior rebanho do
Estado.
A Federação da Agricultura do Estado da Bahia (Faeb) apoia as ações
de Defesa sempre em prol do criador que começa o ano de 2016 com chuva. “Isso
é a retribuição do empenho dado para garantir a sanidade do patrimônio
pecuário, contribuindo positivamente para colocar a Bahia em posição de
destaque no cenário agropecuário nacional”, avalia o presidente da
instituição, João Martins.
A equipe técnica da ADAB já está planejando ações para a primeira
etapa de vacinação contra febre aftosa a ser realizada em maio deste ano,
quando todos os animais são vacinados, independente da faixa etária, buscando
o aprimoramento das atividades de defesa para o alcance de índices ainda mais
expressivos na Bahia. As informações partem da Assessoria de Comunicação da
Seagri da Bahia.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
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