Porto Alegre, 20 de abril de 2018 – O Banco do Brasil (BB) atendeu a um
pedido da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da
Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) e prorrogou as parcelas
de custeio e investimento vencidas ou que irão vencer até 31 de dezembro deste
ano para produtores rurais, cooperativas e agroindústrias que desenvolvem as
atividades de avicultura e suinocultura.
A medida anunciada na quinta (19) prevê a prorrogação das operações de
custeio por um prazo de dois anos e as de investimento para um ano adicional ao
final do contrato para cada parcela adiada. Esse último critério também vale
para as parcelas de custeio já prorrogadas.
“O anúncio trará um fôlego para o setor nesse atual momento de crise.
O produtor vai conseguir gerir melhor o seu dinheiro e cobrir outros custos,
como aquisição de insumos e pagamento de trabalhadores”, explicou o assessor
técnico da Comissão Nacional de Aves e Suínos da CNA, Victor Ayres.
De acordo com ele, esse tipo de medida em que o produtor solicita
prorrogação já é previsto no Plano Safra, mas as análises caso a caso são
lentas. Com a atuação da CNA, ABCS e entidades privadas, o Banco do Brasil
simplificará o processo.
“Agora o produtor não precisa esperar o banco analisar a situação
financeira dele para conceder a prorrogação. Basta ele ir à agência e fazer
o pedido do benefício”, disse Victor.
A CNA produziu um Comunicado Técnico explicando os detalhes da medida.
Segundo o texto, para formalizar a negociações, os produtores devem procurar o
responsável pela sua conta nas agências do Banco do Brasil e protocolar o
pedido de renegociação em duas vias, mantendo a via com carimbo ou assinatura
de recebimento do gerente sob a sua guarda.
“O produtor também não precisa apresentar laudo técnico e o cálculo
de capacidade de pagamento”.
Os setores da suinocultura e avicultura têm sofrido com o aumento dos
custos de produção, a queda de preços no mercado interno, além de embargos
como o da Rússia à carne suína e da União Europeia à carne de frango.
Diante disso, a CNA vem discutindo com os ministérios da Fazenda e da
Agricultura outras medidas de amparo a esses setores.
A entidade já pediu leilões no formato de Valor de Escoamento de Produto
(VEP) de milho para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, a reestruturação
da venda de milho balcão para 40 toneladas mensais por cadastro e o retorno da
linha de crédito de custeio para a retenção de matrizes suínas. Com
informações da assessoria de comunicação da CNA/Senar.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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R$ 1.835,00Casquinha de soja à vista tonelada
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Atualizado em: 13/05/2025 09:50