Porto Alegre, 1 de outubro de 2015 – As regras da Organização Mundial de
Saúde Animal, (OIE), sobre Bem-Estar Animal (BEA), fazem parte do relatório
Standard, que contempla as situações e práticas reconhecidas pela
Organização na produção de bovinos de corte. O documento aborda transporte,
manejo, abate humanitário e sacrifico dos animais, além de destacar a
importância do monitoramento, registro e controle das ocorrências
incompatíveis com o BEA nas propriedades rurais.
Apesar da complexidade do assunto, o Brasil não precisa se preocupar
muito. Segundo a médica veterinária e Fiscal Federal Agropecuária, Lizie
Buss, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a cadeia
da carne bovina brasileira tem atendido as regras sem nenhum problema. “Já
cumprimos grande parte das exigências. Mas temos algumas evoluções a fazer,
principalmente na questão de normatizações com comprovações
científicas”, disse e solicitou a participação da Câmara Setorial na
análise e divulgação do Standard no Brasil.
De acordo com a consultora de Defesa Agropecuária da Confederação de
Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Tânia Lyra, o nosso País tem muita
documentação científica de qualidade e publicada, falta apenas ter mais
publicidade. “Temos que mostrar tudo que temos. Nossa condição ambiental e
produtiva nos favorece”, afirmou. No entanto, observou que é preciso
identificar cada vez mais pesquisas brasileiras que confirmem nossas teses de
boas práticas.
O presidente da Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte da CNA,
Antônio Pitangui de Salvo, compartilha da mesma opinião da consultora e
ressalta que o manejo dos animais no Brasil é realizado com práticas que
inibem os maus tratos. Pitangui também falou sobre a inclusão do tema BEA nas
próximas reuniões, para que os membros manifestem as condições brasileiras
de produção de bovinos de corte. O debate ocorreu durante a 41 Reunião da
Câmara Setorial da Carne bovina do MAPA, realizada na terça-feira (29/09), em
Brasília.
Durante a reunião, também ficou acertado que a Dra Tânia Lyra,
consultora de sanidade da CNA, coordenará um Grupo de Trabalho responsável por
receber, compilar, analisar e encaminhar as considerações dos membros da
Câmara sobre a Consulta Pública de Revisão do Programa Nacional de Controle e
Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal e a Classificação das
Unidades da Federação de acordo com o grau de risco para estas doenças.
Outro tema abordado foi assistência técnica e gerencial com gestão e
meritocracia realizada pelo SENAR. A iniciativa passa a contribuir com a
sociedade levando orientações acompanhadas por técnicos preparados a
produtores de diversas cadeias, inclusive para bovinocultura de corte. Sobre a
metodologia, os técnicos serão responsáveis por até 30 propriedades passando
4 horas mensais em cada uma delas analisando dados preenchidos no Caderno do
Produtor e recomendando técnicas para melhor produtividade e incremento de
renda. As informações partem da assessoria de comunicação da CNA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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