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CARNES: Bovinos abatidos em MT estão emitindo menos gás metano – Imac

9 de fevereiro de 2022
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Porto Alegre, 9 de fevereiro de 2022 – O volume de gás metano (CH4)
emitido por bovinos abatidos em 2021 em Mato Grosso foi, em média, 10,4% menor
do que o volume emitido por animal abatido em 2011. Levantamento do Instituto
Mato-Grossense da Carne (Imac), com base nos dados sobre a idade média de abate
de bovinos do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), aponta
que, em 2021, o volume de gás metano emitido foi de 121 kg por animal abatido.
Em 2011, esse número era 135 kg.

O cálculo de emissão de gás metano considerou apenas os animais abatidos
nos dois anos, 2011 e 2021, e a emissão por animal/mês de 4,16 kg de CH4,
conforme o estudo Recuperação de Pastagens: Anais do 2o Simpósio de Pecuária
Integrada da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Em 2011,
5% dos animais abatidos em Mato Grosso tinham até 24 meses, 49% tinham de 24 a
36 meses e 46% tinham mais de 36 meses. Em 2021, de acordo com o Imea, 37% dos
abates foram de animais com menos de 24 meses, 42% eram animais com idade entre
24 e 36 meses e somente 22% do total abatido tinham mais do que 36 meses.

Com a redução do tempo de produção, o volume de gás metano por unidade
animal abatido também diminui. De acordo com o presidente do Imac, Caio
Penido, a cadeia produtiva da carne passa, ao longo dos últimos anos, por um
processo de melhorias contínuas, realizado por iniciativas dos produtores e das
indústrias com o apoio de políticas públicas. “Um exemplo de ações do
mercado que estimularam a redução de idade de abate foi o ‘boi china 30
meses. Ao impor uma condição de compra, a China estimulou indústrias e
produtores a diminuírem o tempo de produção para atender a demanda”.

Caio Penido destaca que neste levantamento foi considerada apenas a
redução de emissão de metano a partir da diminuição da idade média de
abate dos animais, sem levar em conta o uso de produtos que auxiliam na
redução da emissão de metano entérico pelo gado, como suplementos e
aditivos. “Hoje sabemos que existe uma quantidade grande de produtos
(aditivos) que podem auxiliar na redução de metano por fermentação entérica
no animal. Assim como também há outros fatores que podem influenciar nessa
conta, como sistemas produtivos e condições da pastagem. Fato é, estamos
produzindo mais carne, em menos tempo, emitindo menos gases de efeito estufa e
ainda sequestrando carbono em nossos pastos”, afirma o presidente do Imac,
Caio Penido.

A afirmação do presidente do Imac faz referência às inúmeras
tecnologias implantadas ao longo dos últimos anos pelo setor produtivo da
carne, como a recuperação de pastagens, os sistemas integrados, a
intensificação da produção com confinamento e semi-confinamento, entre
outras estratégias. O resultado disso é o ganho produtivo nas pastagens
mato-grossenses. A partir do cruzamento de dados sobre pastagem do Mapbiomas com
os dados de produção e rebanho do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato
Grosso (Indea), o Imac identificou aumento de 28% no volume (kg) de carcaça
produzido por hectare de pastagem.
Em 2011, Mato Grosso produziu 49 kg de carcaça / hectare de pastagem e no
ano passado este volume passou para 62,7. Vale destacar que os números
consideram o total de quilos de carcaças produzidas, e não do rebanho vivo.
“Atendemos duas demandas mundiais, de segurança alimentar e climática. Ao
intensificar nossa produção, estamos disponibilizando mais alimento e
melhorando o balanço de emissões de gases de efeito estufa por arroba
produzida”, afirma Penido.

Outro dado apresentado recentemente é com relação à integração
lavoura-pecuária (ILP). De acordo com a Embrapa Sistemas Integrados de
Lavoura-Pecuária-Silvicultura, o sistema de ILP em Mato Grosso passou de 1,1
milhão para 2,6 milhões de hectares entre os anos de 2013 e 2019.
Investimentos Contínuos – Os dados da cadeia produtiva da carne apresentados
resultam do trabalho de inúmeros agentes, públicos e privados, que investem em
pesquisas, tecnologias e monitoramento da produção de carne em Mato Grosso.

O presidente do Imac, Caio Penido, destaca que ao longo dos últimos anos,
o setor tem sido alvo constante de acusações para que assuma sozinho os custos
dos novos modelos produtivos. “É preciso reconhecer os avanços já
alcançados a partir dos esforços e investimentos de produtores, da indústria
da carne e de agentes públicos em busca de viabilizar a produção de alimentos
com a conservação da biodiversidade e a melhora no balanço da emissão dos
gases de efeito estufa por arrobas por produzida. Ainda temos como melhorar os
índices produtivos, sim, mas é preciso mais investimentos e esta conta é de
todos, inclusive dos consumidores”, defende Caio Penido. As informações
partem da assessoria de imprensa do Imac.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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