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CARNES: Brasil precisa aprimorar prevenção à Influenza – CNA

27 de agosto de 2015
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Porto Alegre, 27 de agosto de 2015 – Os avicultores brasileiros devem
ficar atentos às medidas de biosseguridade, evitando assim uma possível
contaminação de doenças conhecidas no mundo, tais como a Influenza Aviária
(IA) e Newcastle, que vêm causando graves problemas socioeconômicos em
diversos países, como Estados Unidos, China, Canadá, entre outros. Essa é a
posição da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) durante
audiência pública na Comissão de Agricultura (CAPADR) da Câmara dos
Deputados, em Brasília.

A reunião, que ocorreu na terça-feira (26/08), discutiu as medidas
de prevenção de doenças infecciosas na avicultura brasileira, apresentadas
pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), através das
Instruções Normativas (IN) 56/2007 e 59/2009.

De acordo com a consultora em sanidade agropecuária da CNA, Tania Lyra,
os avicultores brasileiros e o serviço de vigilância oficial estão em uma
corrida contra o relógio. “Atualmente, a América do Sul é o único
continente que o vírus da IA ainda não chegou. Contudo, a rota das aves
migratórias que vêm do continente norte-americano, a vasta fronteira com
países que não levam questões sanitárias tão a sério quanto o Brasil, e a
presença natural das aves silvestres no meio ambiente, tornam o risco
eminente”, explicou.

A consultora acrescentou que a disseminação da doença nas granjas de
produção comercial pode gerar uma pandemia com perdas irreversíveis da
produção brasileira, barreiras sanitárias às nossas exportações e
redução do consumo no mercado doméstico, por aversão do consumidor. “Dessa
forma, por mais que o vírus chegue ao país via aves silvestres, a proteção
das granjas, com medidas de biosseguridade respaldadas para impedir sua entrada
na produção, certamente trará conforto e segurança para o mercado doméstico
e internacional”, ressaltou Tania Lyra.

Para a consultora da CNA, é preciso seriedade no trabalho preventivo a
ser realizado pelos avicultores para mitigar riscos às enfermidades, como a
Influenza Aviária (IA) e Newcastle; além da importância das entidades e
órgãos na elaboração de condições técnicas viáveis para que todos os
avicultores tenham possibilidade de atender aos requisitos necessários de
proteção.
Entre os problemas apontados pelas entidades presentes na audiência
pública, destaca-se a exigência da distância mínima no raio de três
quilômetros que os aviários devem ter em relação aos núcleos de produção
de ovos férteis. Atualmente, tanto a distância quanto as alternativas à
distância dispostas na instrução normativa são consideradas inexequíveis
por muitos produtores, principalmente na região Sul. Outra questão refere-se
às dificuldades de adequação das instalações (barracões), especialmente
por pequenos avicultores com estruturas mais antigas, além de boa parte das
granjas de postura, que apresentam outras características de maior
especificidade.
Hoje, 90% da produção avícola é integrada a uma agroindústria, por
isso Tania Lyra ressaltou o papel fundamental da integradora para viabilizar as
adequações estruturais das granjas aos seus integrados, seja por adiantamento
financeiro do pagamento dos lotes a serem produzidos, seja pelo incentivo aos
integrados para buscarem novas linhas de crédito, como o Programa de Incentivo
à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (INOVAGRO) do Banco de
Desenvolvimento Nacional (BNDES), por exemplo.

“É necessário maior investimento no serviço de vigilância dos
estados e torna-se relevante a participação dos fundos emergenciais
sanitários para atender ao plano de contingência que está sendo formado”,
observou. Referente ao requisito de 3 km de distância de proteção preventiva,
a CNA solicitou ao MAPA uma discussão mais ampla, com maior participação do
setor produtivo, para encontrar alternativas aos avicultores situados nas zonas
de proteção.

Também participaram da audiência representantes da defesa
agropecuária do MAPA, Confederação Nacional de Municípios (CNM),
Confederação Nacional de Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), Associação
Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Associação Gaúcha de Avicultura
(ASGAV) e parlamentares. As informações partem da Assessoria de Comunicação
da CNA.

Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras

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