Porto Alegre, 28 de abril de 2015 – Começa, nesta sexta-feira (1o), em
Minas Gerais, a primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a
Febre Aftosa. A expectativa do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) é de
que todo o rebanho, estimado em 23,5 milhões de bovinos e bubalinos, seja
imunizado em todo o estado, até o dia 31 de maio. A vacinação é a única
forma de proteger os animais contra a doença e deve ser feita duas vezes ao
ano, em maio e em novembro. Nesta primeira etapa, os animais de todas as idades
devem ser imunizados.
Minas Gerais é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal
(OIE) como área livre de febre aftosa com vacinação. Segundo o fiscal
agropecuário do IMA, Sérgio Luiz Lima Monteiro, a manutenção desse status é
fundamental para os produtores e toda a cadeia produtiva da carne, leite e
derivados. “Caso ocorra o aparecimento de focos da doença no país é
disparado um alerta internacional, que faz com que os países importadores
acionem as barreiras sanitárias e suspendam a compra de todos produtos de
origem animal (animais vivos e produtos processados)”, explica.
Para se ter uma ideia do impacto econômico que um rebanho doente pode
trazer ao estado, dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior (MDIC) e analisados pela Secretaria da Agricultura, mostram
que o conjunto de produtos cárneos (bovino, frango, suíno e peru) somou US$
974,6 milhões no ano passado, representando 12% do total de exportações do
agronegócio mineiro. No caso de um embargo internacional, os demais produtos da
pecuária também ficam prejudicados e não somente a bovinocultura.
O prejuízo para os pecuaristas não se restringe apenas ao bloqueio das
exportações e queda imediata de seu faturamento. No caso da doença atingir o
rebanho é necessário o sacrifício, tanto dos animais infectados como
daqueles que tiveram contato com os animais doentes.
O diretor-geral do IMA, Márcio Botelho, reforça a importância de se
manter o rebanho vacinado para a geração de divisas – por meio das
exportações de produtos cárneos – para a economia mineira e brasileira. “É
importante ressaltar também que ao longo dos anos os produtores têm garantido
a vacinação dos animais e, com isso, dão uma importante contribuição para
o agronegócio de Minas e do Brasil”, diz.
Procedimentos
Para adquirir a vacina basta o produtor se dirigir ao estabelecimento
autorizado para a venda do produto, munido de carteira de identidade e CPF.
Segundo o fiscal agropecuário Sérgio Monteiro, após a compra, a conservação
correta é fundamental para garantir a eficácia na imunização do rebanho.
“A vacina deve ser mantida em caixa de isopor com gelo, numa temperatura entre
três e oito graus centígrados. Durante a aplicação, cuidar para que todo
material esteja protegido na sombra”, orienta.
Para comprovar a imunização do rebanho é necessário preencher o
Formulário de Declaração de Vacinação, também conhecido como Carta Aviso
de Vacinação. “O pecuarista acessa o site do IMA (www.ima.mg.gov.br), faz o
lançamento das informações (número de bovinos e bubalinos existentes em sua
propriedade e os animais imunizados por idade e sexo), imprime e leva junto com
a nota fiscal das vacinas ao escritório do IMA da sua região”, explica o
fiscal agropecuário Sérgio Monteiro.
Nesta etapa, o preenchimento do Formulário de Declaração de
Vacinação é regulamentado por uma resolução conjunta das Secretarias de
Estado de Agricultura e de Fazenda, que dispõe sobre a atualização cadastral
do rebanho bovino. As informações do rebanho devem ser fornecidas ao IMA, no
período de 1 a 31 de maio, durante a primeira etapa da campanha de
vacinação. Se realizada dentro do prazo, a atualização cadastral não
acarretará ônus fiscal ao produtor.
É imprescindível também que o produtor atualize, nesse mesmo
formulário, informações pessoais e da propriedade, como endereço para
correspondência e telefones de contato. O Formulário de Declaração de
Vacinação não é exigido para a compra da vacina, apenas no momento da
comprovação. O IMA alerta para a importância e obrigatoriedade da
vacinação. O produtor que deixar de imunizar seu plantel, poderá ser
penalizado com multa de R$ 68,07 por animal não vacinado. As informações
partem da Assessoria de Comunicação Social da Secretaria de Estado de
Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
Copyright 2015 – Grupo CMA
Cotação semanal
Dados referentes a semana 08/08/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,28Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.630,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.400,00Milho Saca
R$ 69,00Preço base - Integração
Atualizado em: 07/08/2025 09:10