Porto Alegre, 19 de outubro de 2018 – Em reunião do Conselho Técnico
Operacional da Suinocultura (CTOS) do Fundo de Desenvolvimento e Defesa
Sanitária Animal (Fundesa), realizada na manhã desta quinta-feira (18) em
Porto Alegre, definiu-se a retomada das atividades do Comitê Estadual de
Sanidade Suína. O grupo foi criado em 1997 e estava parado há algum tempo. A
reativação do Comitê foi demanda levantada durante auditoria do Ministério
da Agricultura realizada no final do ano passado. Entre as atribuições do
grupo estão auxiliar na divulgação de campanhas de educação sanitária,
acompanhar o desenvolvimento de atividades técnicas e contribuir para a
elaboração e implementação de programas de sanidade.
Entidade integrante do Fundesa, a Associação de Criadores de Suínos do
Rio Grande do Sul – ACSURS participou através da atuação do presidente,
Valdecir Luis Folador, do diretor executivo, Fernando Gimenez, e do médico
veterinário Everson Walter, que é o representante titular da ACSURS no Comitê
Estadual de Sanidade Suína.
Professor da Faculdade de Veterinária do Rio Grande do Sul, David
Barcellos foi eleito coordenador do Comitê. Já a auditora fiscal federal
agropecuária Rafaela Coqueiro de Sá, do Mapa, será a vice-coordenadora e a
coordenadora do Programa de Sanidade Suídea da Secretaria da Agricultura,
Juliane Webster Galvani, será a secretária geral. A primeira reunião do
Comitê deve ser realizada nos próximos dias.
Para Barcellos, um dos principais assuntos a ser debatido é a ocorrência
de enfermidades como Síndrome Respiratória Reprodutiva Suína (PRRS) e
Diarreia Suína Epidêmica (PED). As duas doenças ainda não foram registradas
no Brasil, “mas estão aqui do lado, no Uruguai”, alertou o coordenador.
Segundo ele, a PRRS tem potencial para causar prejuízo de quase R$ 1 bilhão
por ano no Brasil, diante do tamanho da suinocultura brasileira. “Trabalhar
com conscientização do produtor, para que encare medidas de biosseguridade com
muita responsabilidade é fundamental para evitar a entrada das doenças, bem
com como ter planos de emergência fortemente consolidados para uma atuação
rápida do Serviço Veterinário Oficial”, completa.
O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, afirma que o Conselho Técnico
Operacional da Suinocultura (CTOS) vem trabalhando constantemente na
divulgação de medidas de biosseguridade. “Temos, o Comitê e o CTOS, que
continua na prevenção e no fortalecimento das estruturas de controle do
Serviço Veterinário Oficial, com orientações claras para o enfrentamento de
uma eventual ocorrência das doenças”.
De olho nos dejetos
Com a ocorrência e disseminação da Peste Suína Africana em vários
países, o Serviço Veterinário Oficial no Rio Grande do Sul está trabalhando
para manter o Estado livre da doença. O último caso registrado no país, no
final dos anos 1970, aconteceu pelo consumo – pelos suínos – de restos de
alimentos de voos provenientes de áreas contaminadas. Por isso, o Ministério
da Agricultura está verificando se o descarte destes alimentos está sendo
feito da forma correta e se os produtos estão recebendo um tratamento prévio.
Já a Secretaria da Agricultura emitiu esta semana uma Ordem de Serviço para
que mais de 400 aterros e lixões sejam verificados para a detecção da
presença de animais se alimentando. Em caso positivo, existem medidas a serem
tomadas, como o imediato recolhimento dos animais e destinação para o abate
sanitário. As informações partem das assessorias de imprensa do Fundesa e da
ACSURS.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 09/05/2025
Suíno Independente kg vivo
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R$ 1.835,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 71,75Preço base - Integração
Atualizado em: 08/05/2025 09:40